segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Haiti, um ano após o terremoto que devastou o país

Por L. Torres

No último dia 22 o governo Dilma renovou a ocupação militar do Haiti, enviando mais 130 soldados. Grupos como esse são enviados a cada seis meses para “renovar” os contingentes da ocupação. Muito provavelmente essa reciclagem das tropas é uma forma de evitar a corrupção dos soldados ou mesmo a deserção, uma vez que o Haiti se encontra ainda completamente envolto pelo caos desde o terremoto que devastou o país em 2010.
Se antes a vida dos trabalhadores haitianos já era extremamente difícil, tendo que enfrentar forte repressão caso se levantassem contra suas condições extremamente precárias decorrente de uma exploração sobrehumana da mão de obra, após o terremoto o quadro piorou absurdamente.
Com o Haiti completamente devastado, é uma tarefa imprescindível que organizações operárias de todo o mundo enviem brigadas de solidariedade classista para ajudar a reconstruir o país e, claro, disputar a consciência dos trabalhadores haitianos para a necessidade de enfrentar o exército da ONU chefiado pelas tropas brasileiras e tomar o poder em suas mãos, através da criação de assembleias de bairro e local de trabalho.
Em uma luta como essa, é sem dúvida de extrema importância a solidariedade das organizações operárias brasileiras, que devem auxiliar na derrota das tropas, e não simplesmente defender sua retirada do país (que, se algum dia acontecer, será apenas para ser substituída por tropas de outros lugares, como ocorreu logo após o terremoto de 2010, com o envio maciço de soldados norte-americanos).
Encaramos que o socialismo é a única saída para a reconstrução do Haiti e uma vida decente para os herdeiros da única revolução de escravos bem sucedida nas Américas!

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