sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Mubarak e o vice renunciam: cuidado com o exército!

Para essa primeira vitória do povo egípcio não virar uma derrota, é preciso impedir o plano do exército governar o país até as eleições gerais. Isso seria uma manobra para acabar com as mobilizações.

Para dar um conteúdo revolucionário e de classe à luta contra a ditadura, os trabalhadores egípcios devem criar comitês de bairro e por local de trabalho, para organizar o movimento e sua autodefesa.

Só esses comitês podem encabeçar a luta pela assembleia constituinte revolucionária, com representantes revogáveis e recebendo salário igual ao de um operário qualificado, e com as eleições para a constituinte sendo supervisionadas pelos mesmos comitês.

Para que essas palavras de ordem deixem de ser só um pedaço de papel (ou tela de computador), é necessário o instrumento para lutar por elas: o partido revolucionário dos trabalhadores, com maioria de mulheres, para lutar por uma saída socialista que se espalhe pelos outros países árabes.


Pressionado pelo povo, Mubarak renuncia ao poder no Egito

Sex, 11 Fev, 02h37
Por Redação Yahoo! Brasil

Um dia após anunciar o "fico" em pronunciamento à TV estatal, o presidente do Egito, Hosni Mubark, renunciou ao cargo nesta sexta-feira. Ele estava havia 30 anos no cargo. A renúncia foi anunciada pelo vice-presidente Omar Suleiman, que também deixou o governo.


  • O governo será exercido por um conselho das Forças Armadas. Segundo uma fonte da Agência Reuters, o ministro da Defesa, Mohamed Hussein Tantawi, vai chefiar o Conselho Militar. De acordo com a rede de televisão Al Arabiya, Conselho Militar vai demitir o gabinete e suspender as duas casas do Parlamento. A TV acrescentou que o Conselho Militar vai administrar o país com o chefe da Suprema Corte Constitucional.
    Mubarak tentava uma saída honrosa, mas não resistiu à pressão da população, há mais de duas semanas aglomerada na praça Tahir, no Cairo, e em diversas outras cidades do país. Relatos dão conta de que 14 milhões de egípcios saíram às ruas nesta sexta-feira exigindo a renúncia de Mubarak.

  • Logo após o anúncio, os milhares de manifestantes festejaram agitando bandeiras, gritando, rindo e se abraçando. "O povo derrubou o regime", gritava a multidão na Praça Tahrir, de acordo com relato da agência Reuters.
    Em pronunciamento na TV, Suleiman disse que o presidente "decidiu deixar o cargo de presidente da República".
    O vice acrescentou que Mubarak passou o poder ao Supremo Conselho Militar para administrar a nação durante "as difíceis circunstâncias que o país está atravessando".
    Veja algumas imagens dos protestos na Praça Tahir, no Cairo:
    Cronologia do conflito
    A onda de protestos contra o ditador egípcio Hosni Mubarak no Egito eclodiu no dia 25 de janeiro. As manifestações que pedem o fim da permanência do líder no poder - que já dura 30 anos - ecoavam os protestos que haviam derrubado o líder da Tunísia duas semanas antes.
    Só nos primeiros dois dias de protestos, cerca de 500 manifestantes foram presos. Segundo a ONG Human Rights Watch, 297 pessoas morreram nessas quase três semanas de conflito.
    No dia 28, Mubarak demitiu todo o seu gabinete e começou a formar um novo governo. As mudanças não aplacaram os manifestantes, que continuaram a pedir a renúncia do presidente.
    No dia primeiro de fevereiro pelo menos um milhão de pessoas foi às ruas, em cenas nunca vistas antes na história moderna do país, exigindo em uníssono a renúncia de Mubarak. Só na cidade do Cairo ao menos 500.000 pessoas concentraram-se na praça central Tahrir para a chamada "marcha do milhão", convocada pela oposição. Em Alexandria, a segunda maior cidade do país, de 400.000 a 500.000 pessoas foram para as ruas neste dia.
    Há uma semana, Mubarak disse que gostaria de renunciar, mas que teme o caos no país caso deixe o poder. "Estou cheio. Depois de 62 anos no serviço público, eu tive o suficiente. Quero sair", afirmou à jornalista Christiane Amanpour, da rede norte-americana ABC.
    Na última sexta-feira o oposicionista e ganhador do Prêmio Nobel da Paz Mohamed ElBaradei disse que poderia concorrer nas eleições presidenciais do Egito se o povo assim o pedisse, rejeitando a notícia veiculada por um jornal austríaco de que não disputaria o cargo.
    Durante a crise o governo interrompeu o acesso à internet e o sinal de telefones celulares para tentar atrapalhar os planos dos manifestantes.
    Com informações da Agência Reuters

    Um comentário:

    1. Essa mistura de brasil com Egito , como já dizia o e o tchan, com nossa miscegenação entre baianos árabes e israelistas e palestinos todos chupando lambendo enenema de traveco transcende o imperialismo yankee q apoiava mubarak. Tudo Soh foi possível xingando muito no twitter por pura falta de sacanagem opressoram. Agora os povos arAbes podem se libertar , soltar a franga e queimar a bandeira do imperialismo e a rosca

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