Isso serve apenas como uma medida paliativa que não ataca a causa desse problema: a própria existência do vestibular que, junto com o fim da precarização do ensino básico público, uma polÃtica decente de assitência estudantil, o combate ao preconceito sofrido por essas minorias, e uma polÃtica eficiente para a inserção futura no mercado de trabalho, acabaria com a elitização das universidades públicas. Apenas 15% dos jovens estão fazendo faculdade, e destes, apenas um quarto estão nas universidades públicas; ou seja, de todos os jovens, apenas 1 em cada 30 está numa universidade pública.
O acesso à s universidades deve ser gratuito e universal! Todos devem poder completar os seus estudos primários e secundários com a formação universitária gratuita e de qualidade na sua área de interesse! A educação não é importante apenas para o desenvolvimento profissional dos estudantes, ela serve também para garantir uma formação cultural ampla, o crescimento intelectual, a consciência polÃtica, ou seja, um desenvolvimento integral do ser humano.
Segue o panfleto da Juventude em Luta/RJ
Não deveria haver nenhuma forma de restrição à educação de nÃvel superior. Nenhuma prova que possa deixar de fora aqueles que, por conta de uma suposta formação básica deficitária ou insuficiente, não teriam condições de dar continuidade aos seus estudos. Em muitos paÃses já existe o livre acesso à s universidades.
Aqui mesmo na América Latina, onde o Brasil é uma espécie de paÃs modelo de desenvolvimento, temos paÃses como Cuba, BolÃvia e Argentina, onde a prioridade é facilitar o acesso à educação superior, e não excluir mais ainda setores da sociedade com uma prova difÃcil e mal preparada.
Esse tipo de avaliação, além de não avaliar a verdadeira capacidade do aluno, serve a um interesse econômico do governo, que não investe em um ensino publico básico de qualidade, deixando isto ao encargo das escolas particulares. E são os alunos destas instituições que acabam ocupando a maior parte das vagas das universidades públicas. Enquanto os alunos que dependeram a vida inteira do ensino público, na esperança de ter uma melhor qualidade de vida, acabam sendo obrigados a trabalhar para pagar seus estudos em universidades particulares, em sua maioria desvalorizadas no mercado de trabalho, tendo assim uma rotina extremamente sacrificante.
O sistema de cotas, por exemplo, visa amenizar essa desigualdade, democratizando o acesso à s universidades públicas, garantindo um número mÃnimo de vagas aos setores mais explorados da sociedade.
O livre acesso, diferentemente do que se poderia imaginar, não rebaixaria a qualidade dos profissionais da área, nem desvalorizaria a profissão. Para isso, a estrutura da universidade deve ser alterada, com melhoria das condições de ensino e dos recursos disponÃveis à educação, dando conta do novo contingente de alunos interessados. Isso só pode acontecer quando a universidade se encontrar sob o controle dos estudantes e trabalhadores que fazem parte dela. O que implicaria o controle das verbas destinadas à educação por esta mesma população.
Por isso, nós da Juventude em Luta defendemos:
- Fim do vestibular! Livre acesso já!
- Todo apoio às cotas!
- Estatização das universidades particulares!
- Controle de todas as universidades pelos estudantes e trabalhadores!
- Melhoria das polÃticas de assistência estudantil: equiparação das bolsas ao salário mÃnimo, aumento do número de bolsas; passe livre; bandejão, creche e alojamento gratuitos para todos os estudantes que precisarem!
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