terça-feira, 21 de abril de 2009

DESEMPREGO! (abril/2009)


O desemprego, historicamente, se configura como uma das armas da burguesia para manter a situação de exploração em que os trabalhadores se encontram, com baixos salários, perda de direitos trabalhistas, péssimas condições de trabalho e altas cargas horárias de trabalho.

As crescentes altas do desemprego, durante a intensa crise econômico por que passamos, geram uma grande insegurança nos trabalhadores, principalmente para os negros, mulheres e imigrantes, que são os primeiros a serem demitidos.

Nesse tipo de conjuntura, é recorrente o recuo das conquistas, através de acordos de férias coletivas e redução de carga horária junto com os salários.

A forma que a burguesia usa no mundo inteiro para reduzir o custo da crise econômica é atacando os trabalhadores com acordos patronais feitos em aliança com as principais centrais, cujas direções preferem colaborar com os patrões do que lutar ao lado dos trabalhadores.

Aqui no Brasil, temos o exemplo da CUT, que dirigiu a maior onda de greves da história do país, no final dos anos 1980. Agora, querem trocar a manutenção dos empregos por isenções fiscais para os empresários.

Ao mesmo tempo, a Força Sindical, dirigida pelo PDT, tem a cara de pau de falar abertamente que aceita reduzir os salários em troca dos empregos, como tem feito em várias categorias.

E a CONLUTAS, que enche a boca para dizer que é a mais radical de todas, tem exigido nas campanhas salariais “que o governo edite uma Medida Provisória que garanta a estabilidade no emprego a todos os trabalhadores”. Ou seja, implorar as coisas a Lula, que eles falam que ainda é pior do que FHC!

Isso é o contrário de uma estratégia de classe, que deve se basear na luta pela redução da jornada de trabalho até acabar o desemprego, e no controle das empresas falidas pelos próprios trabalhadores, organizadas em conjunto com movimentos de desempregados e sindicatos.

O desemprego é inseparável do capitalismo. Não passa de ilusão a idéia de que é possível combater o desemprego em massa sem lutar contra o conjunto do sistema. Assim, as nossas palavras de ordem anticapitalistas só podem se realizar sob um governo direto dos trabalhadores, baseado em suas assembléias de luta.

E como criar este governo? Intervindo nas lutas de classe com uma perspectiva comunista internacionalista, para organizar a vanguarda em um Partido Revolucionário dos Trabalhadores, seção brasileira da Quarta Internacional refundada, que será o instrumento para a tomada do poder.

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