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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Militante ameaçado de morte no Rio

O advogado André de Paula, 60 anos, militante da FIST (Frente Internacionalista dos Sem-Teto) sofre grave ameaça de morte nesse momento. Devido a denúncias feitas em meios de ampla divulgação, como o programa Fantástico da Rede Globo, sobre a atuação de milícias no Rio de Janeiro, com envolvimento inclusive de parlamentares, o advogado está ameaçado de morte e impossibilitado de circular em algumas áreas do Rio, como em Campo Grande.


Recentemente o militante sofreu dois assaltos de forma inquietante, próximo à ocupações nas quais costuma circular constantemente, e entre outras coisas foram levados documentos, petições e sua agenda, com nome de clientes e companheiros integrantes do movimento popular.


Já foi solicitado junto ao Ministério da Justiça sua inclusão no serviço de proteção à testemunha, sendo-lhe, porém, negado este direito. O Coletivo Lenin repudia este descaso com o militante por parte de uma instituição Federal que diz servir à elucidação de crimes, como os denunciados pelo advogado. Assim, denunciamos a não inclusão do advogado André de Paula nesse serviço de proteção do Estado, e avaliamos ser muito estranho esse fato, o que nos leva a questionar que tipo de relação possa haver entre a milícia denunciada por André e o próprio Ministério da Justiça. Se o MJ estivesse realmente interessado em combater a milícia, seria o primeiro a garantir a vida da testemunha André de Paula. Isso, então, nos deixa claro a farsa do judiciário, que ao não proteger testemunhas que denunciam ações como as da milícia, acaba protegendo os criminosos, o que conseqüentemente nos leva a comprovar que, como qualquer instituição do Estado capitalista, estará sempre do lado mais forte contra o mais fraco.


Por último, também não podemos deixar de falar da postura lamentável do “companheiro” Marcelo Freixo, Deputado Estadual do PSOL pelo Rio de Janeiro, que utilizando sua máquina burocrática como parlamentar, tenta obter os “louros” dessa denúncia para si por interesses eleitoreiros, e por esse motivo ignorou a necessidade de chamar o advogado para depor na CPI das milícias. E além disso, visando reeleger Marcelo Freixo, o PSOL, acobertado por parte do PT e ONGs aliadas (“companheiros” do movimento social), durante a preparação do Fórum Social Urbano tentou de todas as formas impedir a participação do André de Paula na mesa de tema sobre denúncias da criminalização dos movimentos sociais.


E fazemos esta denúncia não por querer garantir “louros” ao companheiro André, e sim porque, ao contrário do nobre deputado, ele não pode ter seguranças armados e colete a prova de balas, e a única forma de garantir a segurança do militante referido é denunciar as ameaças sofridas em todos os fóruns do movimento social. Enquanto militantes classistas, nós do Coletivo Lenin defendemos que a solidariedade de classe deve ser posta acima de toda e qualquer diferença política e, portanto, declaramos nosso total repúdio às ações de Freixo e sua trupe que acima descrevemos. Companheiros, revolução não se faz passando o rodo! A segurança e a vida de um militante está acima de toda e qualquer polêmica política!


Por tudo isso, pedimos que os leitores divulguem esse texto e chamamos a todos os militantes de esquerda a não votarem em Marcelo Freixo, e, ainda, a enviar cartas , e-mails e outras formas de manifestação ao Ministério da Justiça exigindo a inclusão imediata do advogado e militante no serviço de proteção a testemunha. Cada militante é responsável pela vida de outro militante, até porque todos e cada um podem ser os próximos a receber ameaça de morte.

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