No último dia 20 de outubro, o militante do "trotskista" Partido Obrero argentino (partido-mãe do CRFI) e dirigente estudantil, Mariano Ferreyra, foi assassinado enquanto participava de uma manifestação realizada por cerca de 100 ferroviários, que protestavam contra a introdução da terceirização no setor, paralizando uma das vias da Ferrocarril Roca.
Segundo relatos divulgados por diversos órgãos da imprensa operária e mesmo por alguns jornais da grande mídia, os policiais que faziam um cordão de isolamenteo permitiram a passagem de pessoas ligadas à direção pelega do sindicato, a União Ferroviária, além de militantes da Juventude Peronista e policiais à paisana, que teriam atacado os manifestante com barras de ferro, pedaços de pau e até mesmo disparos de revólver.
Além de terem assassinado Mariano, os lacaios da patronal deixaram diversos outros militantes e ativistas feridos, alguns destes em grave estado.
Em resposta a tal brutalidade, que reflete em escala local a face dura da luta de classes, diversas organizações, incluindo a segunda maior central sindical do país (CTA), realizaram um grande ato no centro de Buenos Aires no dia 22, em repúdio ao ocorrido.
Nos do Coletivo Lenin nos solidarizamos com aqueles feridos e mortos em confrontos como esse, bem como com seus familiares. Apoiamos com todo ardor ações como a do dia 22, que demonstram a força e capacidade de mobilização da classe trabalhadora. Porém, é necessário ir além.
Desde a deflagração da crise econômica de 2008, os governos e a burguesia vêm endurecendo os
ataques aos trabalhadores, como forma de compensar suas perdas. É nesse cenário que temos que compreender a terceirização dos ferroviários na Argentina, bem como no Brasil a privtização dos correios (ECT) e o projeto de reforma da previdência. Assim, em determinados locais não podemos esperar outra resposta às mobilizações da classe senão a violência reacionária da burguesia e de seus lacaios, a qual devemos estar prontos para enfrentar, realizando piquetes e manifestações que contem com comitês de auto-defesa criados e coordenados pelas organizações classe (sindicatos, assembléias comunitárias, etc.). A história da classe trabalhadora demonstra que apenas se armando contra a reação poderemos avançar em nossas lutas.
- Toda solidariedade aos caídos na guerra das classes e a seus familiares!
- Todo apoio às demonstrações de força da classe trabalhadora!
- Pela contrução de comitês de auto-defesa armada para garantir a segurança dos ativistas!
- Pela deflagração de uma greve geral dos trabalhadores argentinos que demonstre a força da classe!
- Pela realização de atos de solidariedade internacional no Brasil!
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