O Dia Internacional da Mulher Trabalhadora foi declarado pela primeira vez como sendo o dia 8 de março no ano de 1917, na União Soviética. O dia escolhido foi uma homenagem a uma greve de tecelãs que ocorreu na cidade Russa de Petrogrado. Nessa data, milhares de trabalhadoras pararam a produção para lutar contra o regime monarquista, contra os 3 anos de guerra mundial que já se estendiam e contra a falta generalizada de suprimentos devido ao esforço de guerra.
A importância das mulheres na luta pelo socialismo
A primeira proposta de um dia internacional da mulher data de 1910 e foi feita pela comunista alemã Clara Zetkin, que foi amiga e colaboradora próxima de Rosa Luxemburgo. Zetkin acreditava ser impossível chegar ao socialismo sem organizar e mobilizar as trabalhadoras do mundo e isto está diretamente ligado ao papel que elas cumprem na produção capitalista. Além de serem super-exploradas nas empresas, devido à ideologia machista dominante, as mulheres ainda estão presas ao trabalho doméstico, que não é remunerado no capitalismo (apesar de ser socialmente necessário). Essa é a principal base para a dependência econômica que leva à reprodução do machismo. Assim, a maioria da mulheres acaba enfrentando uma dupla jornada de trabalho, dentro e fora do lar. Por isso, a luta contra essas condições e a capacidade das mulheres trabalhadoras deve ser entendida, antes de tudo, como um motor propulsor de grandes transformações sociais, como a história já demonstrou diversas vezes.
A luta deve ser cotidiana!
Apesar disso, o modo como as organizações de esquerda em geral tratam a questão da mulher é totalmente periférica. Dizer que uma questão é específica não significa discutir o assunto em ocasiões específicas (ou “dias de festa”, como tratam o 8 de março). Pelo contrário, significa discutir e lutar contra a exploração da mulher com atenção particular em TODAS as oportunidades e ocasiões. Significa não manter o assunto em fóruns fechados específicos, mas incorporá-las ao cotidiano das manifestações da classe trabalhadora, discutindo a questão nas assembléias gerais. Nós, do Coletivo Lênin, temos certeza de que construir um mundo melhor é impossível sem abordar no dia-a-dia essa questão fundamental, que é a opressão e exploração das mulheres trabalhadoras. Por isso, este é um dia para fazer algo mais além de homenageá-las. É um dia para estar presente em todas as lutas defendendo as bandeiras contra aqueles que reproduzem essa sociedade de exploração e opressão, um dia de dar um passo à frente nas lutas para criar um mundo socialista. E também, um dia para lembrar (seguindo o exemplo de grandes revolucionários) de que essa é a nossa tarefa, não no dia 8 de março, mas em cada dia do ano.
Por um 8 de Março classista e de luta!
QUEM SOMOS NÓS
- Coletivo Lênin
- Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.
terça-feira, 9 de março de 2010
Dia Internacional da Mulher Trabalhadora
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