Por Paulo Araújo
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Depois da derrubada da ditadura na Tunísia, em todo o mundo árabe as massas seguiram o exemplo e foram à luta. No Egito, Hosni Mubarak, presidente alinhado com os EUA que governa o país desde 1981 está sofrendo a pressão de uma greve geral convocada para hoje, e uma passeata de prováveis um milhão de pessoas amanhã.
Reafirmamos que é necessário construir um partido revolucionário dos trabalhadores egípcios, com maioria de mulheres (o setor mais oprimido da classe), para dar uma orientação socialista à derrubada de Mubarak. Sem isso, toda a luta vai ser canalizada por setores dissidentes do governo (ou pelos fundamentalistas), que vão apenas "reciclar" a ditadura (como aconteceu no Brasil com o governo Sarney).
Um partido comunista no Egito deveria ligar a luta pela democracia e por uma Assembleia Constituinte revolucionária com a formação de comitês de bairro e por local de trabalho, para garantir o armamento do povo (as forças armadas egípcias já estão divididas), e preparar um futuro governo direto dos trabalhadores, fruto da derrubada do presidente.