QUEM SOMOS NÓS

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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Greve Geral no Egito

Por Paulo Araújo

Depois da derrubada da ditadura na Tunísia, em todo o mundo árabe as massas seguiram o exemplo e foram à luta. No Egito, Hosni Mubarak, presidente alinhado com os EUA que governa o país desde 1981 está sofrendo a pressão de uma greve geral convocada para hoje, e uma passeata de prováveis um milhão de pessoas amanhã.
Reafirmamos que é necessário construir um partido revolucionário dos trabalhadores egípcios, com maioria de mulheres (o setor mais oprimido da classe), para dar uma orientação socialista à derrubada de Mubarak. Sem isso, toda a luta vai ser canalizada por setores dissidentes do governo (ou pelos fundamentalistas), que vão apenas "reciclar" a ditadura (como aconteceu no Brasil com o governo Sarney).
Um partido comunista no Egito deveria ligar a luta pela democracia e por uma Assembleia Constituinte revolucionária com a formação de comitês de bairro e por local de trabalho, para garantir o armamento do povo (as forças armadas egípcias já estão divididas), e preparar um futuro governo direto dos trabalhadores, fruto da derrubada do presidente.
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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Liberdade imediata e incondicional para Cezare Battisti!

[Reproduzimos abaixo nota publicada pela Liga Comunista (recente racha da Liga Bolchevique Internacionalista), organização a que cedemos no blog para publicar textos enquanto os camaradas não puderam organizar seu site.]


“Os comunistas não ocultam suas opiniões e objetivos. Declaram abertamente que seus fins só serão alcançados com a derrubada violenta da ordem social existente. Que as classes dominantes tremam diante de uma revolução comunista. Os proletários não têm nada a perder nela a não ser seus grilhões. Tem um mundo a conquistar.”
Manifesto do Partido Comunista escrito por Marx e Engels à Liga dos Comunistas, 1848

Cesare Battisti é hoje o principal preso político do Estado brasileiro. Neste momento, todo o imperialismo europeu faz um esforço concentrado para arrastá-lo do Brasil à Itália do mafioso de extrema-direita Berlusconi, odiado pela grande maioria do povo italiano, para que lá Battisti seja condenado a DUAS prisões perpétuas com privação da luz solar.
Desde 2007, quando o ex-guerrilheiro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) foi preso pela polícia brasileira e pela Interpol, os distintos governos do PT, de Lula a Dilma, vêm fazendo um malabarismo para atender às pressões do imperialismo e ao mesmo tempo não se responsabilizarem pelo crime de “Lesa Humanidade” que será seu julgamento a partir da extradição, para usar as palavras de Carlos Alberto Lungarzo, membro da Anistia Internacional. Por isso o governo brasileiro opõe-se a libertar Battisti e joga a “batata quente” da decisão final para a quadrilha arqui-reacionária encastelada no STF que executará o “trabalho sujo” de extraditar Battisti. Como explica Lungarzo, “este julgamento está colocando o Brasil no risco de cometer, deliberadamente, um crime de Lesa Humanidade, que seria o primeiro desde o caso de Olga Benário, há 73 anos.” (Os cenários invisíveis do Caso Battisti).
A burguesia é clara e diz porque Battisti deve ser condenado. Porque deve pagar exemplarmente com sua vida pela luta que travou. Obviamente isto nada tem a ver com os assassinatos a ele imputados sob a base de confissões arrancadas sob tortura, provas falsas, procurações falsas, advogados de defesa falsos,
declarações falsas, todo um monstruoso processo falso. E para quê? Com a palavra a própria justiça da “Cosa Nostra”: A sentença proferida em seu julgamento, e também pelo Primeiro Tribunal do Júri de Apelação de Milão em 1988, qualificam todos os tipos penais em que teria incorrido Battisti como integrantes de "um só projeto criminoso, instigado publicamente para a prática dos crimes de associação subversiva constituída em quadrilha armada, de insurreição armada contra os poderes do Estado, de guerra civil e de qualquer maneira, por terem [ Battisti e seus camaradas do PAC] feito propaganda no território nacional para a subversão violenta do sistema econômico e social do próprio País”. Primeiro Tribunal do Júri de Apelação de Milão. Sentença 17/90 – nº 86/89 e 50/85 do Registro Geral, de 13/12/1988. Item 49 (antes 50).
Em resumo: para o imperialismo Battisti precisa ser condenado por ter lutado pela revolução em seu país há mais de 30 anos!
A despeito da política do PAC conduzir ou não à revolução social, defendemos Battisti contra aqueles que querem condená-lo por lutar pela insurreição proletária. Por isso, independente de concordarmos ou não com as idéias de Battisti hoje, nós da Liga Comunista, que lutamos pela revolução social no Brasil e no mundo através da “subversão violenta do sistema econômico e social” injusto, verdadeiramente assassino, que condena à escravidão assalariada milhões de pessoas e à morte pela fome de centenas de milhares de crianças, reivindicamos a liberdade imediata e incondicional de Cesare Battisti.
Liga Comunista


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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Internacional Comunista: todas as resoluções dos primeiros quatro congressos, em português!

Reproduzimos aqui o link do grupo Fração Trotskista (Vanguarda Proletária), de Fortaleza. Temos várias divergências com eles, com sua reivindicação da maioria das posições do POR boliviano, mas colocar esse material na Internet é uma grande contribuição à formação de milhares de militantes no Brasil afora. Mais à frente, nós do Coletivo Lênin vamos tentar separar as resoluções e publicá-las de maneira mais organizada no nosso site.

LINK

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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Haiti, um ano após o terremoto que devastou o país

Por L. Torres

No último dia 22 o governo Dilma renovou a ocupação militar do Haiti, enviando mais 130 soldados. Grupos como esse são enviados a cada seis meses para “renovar” os contingentes da ocupação. Muito provavelmente essa reciclagem das tropas é uma forma de evitar a corrupção dos soldados ou mesmo a deserção, uma vez que o Haiti se encontra ainda completamente envolto pelo caos desde o terremoto que devastou o país em 2010.
Se antes a vida dos trabalhadores haitianos já era extremamente difícil, tendo que enfrentar forte repressão caso se levantassem contra suas condições extremamente precárias decorrente de uma exploração sobrehumana da mão de obra, após o terremoto o quadro piorou absurdamente.
Com o Haiti completamente devastado, é uma tarefa imprescindível que organizações operárias de todo o mundo enviem brigadas de solidariedade classista para ajudar a reconstruir o país e, claro, disputar a consciência dos trabalhadores haitianos para a necessidade de enfrentar o exército da ONU chefiado pelas tropas brasileiras e tomar o poder em suas mãos, através da criação de assembleias de bairro e local de trabalho.
Em uma luta como essa, é sem dúvida de extrema importância a solidariedade das organizações operárias brasileiras, que devem auxiliar na derrota das tropas, e não simplesmente defender sua retirada do país (que, se algum dia acontecer, será apenas para ser substituída por tropas de outros lugares, como ocorreu logo após o terremoto de 2010, com o envio maciço de soldados norte-americanos).
Encaramos que o socialismo é a única saída para a reconstrução do Haiti e uma vida decente para os herdeiros da única revolução de escravos bem sucedida nas Américas!
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domingo, 23 de janeiro de 2011

Tunísia: trabalhadores tentam derrubar o primeiro-ministro

Protesto na capital da Tunísia pede saída de premiê

Domingo, 23 Janeiro
Pubicado pelo Estadão Online

Manifestantes contra o governo, vindos da região rural do centro da Tunísia, marcharam pela capital do país, Túnis, hoje. O protesto eleva a pressão pela renúncia do primeiro-ministro Mohammed Ghannouchi.

"O povo veio para derrubar o governo", gritavam centenas de manifestantes, durante a marcha no centro da capital. Algumas pessoas levavam fotos de algumas pessoas mortas pelas forças de segurança durante os protestos das semanas anteriores, que culminaram com a queda do presidente Zine El Abidine Ben Ali, em 14 de janeiro. Ben Ali estava havia 23 anos no poder.
O novo governo de transição lançou medidas sem precedentes de liberdades democráticas, mas ainda é liderado pelo mesmo premiê, Ghannouchi, e outras velhas figuras do regime de Ben Ali mantiveram seus postos.

A marcha é apoiada pelo Sindicato Geral dos Trabalhadores Tunisianos, conhecido pelo acrônimo francês UGTT. O sindicato teve importante papel nos protestos contra Ben Ali e se recusou a reconhecer o novo governo.

Ontem, milhares de pessoas participaram de protestos pacíficos contra o governo em Túnis. Assembleias públicas com mais de três pessoas estão oficialmente proibidas no país, sob estado de emergência. Além disso, há um toque de recolher em vigor durante as noites.

O toque de recolher foi relaxado em escolas e universidades, que estavam fechadas desde 10 de janeiro. Elas devem ser reabertas nesta semana.

Ghannouchi é o primeiro-ministro da Tunísia desde 1999. Ele prometeu deixar a política após as primeiras eleições democráticas no país do norte africano desde sua independência da França, em 1956. As informações são da Dow Jones.
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domingo, 16 de janeiro de 2011

VIVA O "JANEIRO QUENTE" DO MST!

Lutar com o MST contra o latifúndio! Nenhuma confiança no governo Dilma! Viva a revolução agrária!

LINKS sobre o "Janeiro Quente"

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/01/15/mst-invade-pelo-menos-23-fazendas-em-sp-923514504.asp

http://www.folhadaregiao.com.br/Materia.php?id=268814
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Insurreição popular na Tunísia!

Desde 18 de dezembro passado, quando a polícia matou um estudante que trabalhava como verdureiro para pagar a universidade, as massas da Tunísia (que também têm que aturar a mesma violência policial todos os dias) estão se confrontando com governo e suas forças armadas.

Até agora, o ditador do país acabou de ser deposto pelo movimento. Zine Ben Ali havia sido o segundo presidente do país desde a sua independência (1956), e ele mesmo já representava uma reação democrática contra o movimento que derrubou o primeiro, Habib Bourguiba, chefe do partido nacionalista burguês Neo-Destour, em 1987.

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/01/16/tunisia-anunciara-novo-governo-na-2a-feira-diz-premie-923515229.asp

A solução de fundo para os problemas sociais da Tunísia depende da formação de comitês de trabalhadores, para organizar uma greve geral que impeça que a luta seja desviada para o campo parlamentar. Só assim, é possível lutar por um governo direto dos trabalhadores tunisinos, através da bases das duas centrais sindicais do país (UGTT e UGTA). Os trabalhadores tunisinos devem exigir que as centrais criem esses comitês, e criá-los sempre que houver condições políticas. As direções nacionalistas e fundamentalistas querem aproveitar as mobilizações para se colocarem no governo e reprimirem as massas logo em seguida, como aconteceu dezenas de vezes na África e nos países árabes.

Para lutar por uma solução radical, é preciso lutar dentro dos sindicatos pela formação de um partido dos trabalhadores, com um programa de luta pela revolução socialista.

Pelo fim da polícia! Os trabalhadores devem organizados devem garantir sua própria segurança!

Salário mínimo calculado pelas assembléias de trabalhadores!

Por um Partido Revolucionário para lutar pelo governo direto dos trabalhadores!
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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Italianos pedem extradição de Battisti em protesto

Por L. Torres

Cesare Battisti, ex-militante do grupo guerrilheiro Proletari Armadi per il Comunismo (PAC - em parte um racha do mais conhecido Brigate Rosse/Brigadas Vermelhas), é acusado pelo governo italiano de assassinatos e roubos cometidos durante os anos setenta. Após passar alguns anos refugiado na França, teve que fugir novamente em 2004, após o governo de Chirac ter decidido extraditá-lo. Em 2007 foi encontrado no Rio de Janeiro. Desde então arrasta-se uma longa novela envolvendo figuras dos governos italinao e brasileiro em batalhas diplomáticas/judiciais para extraditá-lo e ele ser "levado à justiça".

Como um dos últimos atos de seu governo, Lula decidiu adicionar mais um capítulo a tal novela, decidindo de uma vez que Battisti não será extraditado. A decisão, entretanto, ainda precisa passar pelo STF e o govenro italiano decidiu fazer pressão retirando seu embaixador do Brasil.

Para completar o quadro, hoje ocorreu uma manifestação em Roma, em frente a embaixada brasileira, exigindo a extradição e inclusive trazendo a público o filho de uma das supsotas "vítimas" da Battisti:


Nós comunistas não defendemos os métodos de guerrilha do PAC e da Brigadas Vermelhas, que muito se assemelham aos diversos grupos que pipocaram no Brasil ao longo dos anos 60 e 70, ou seja, de realizar atos isolados que em nada cooperam para a disputa da consciência da classe trabalhadora e em grande parte tentam substituí-la pela pura e simples força de vontade dos militantes. Apesar disso, achamos mais do que necessário defendermos a liberdade de tais militantes, que combateram regimes burgueses autoritários visando a melhoria da vida dos trabalhadores.

É necessário realizar contra-atos na Itália para calar a boca da direita que sustenta o Governo do mafioso Berlusconi e fortalecer a campanha no Brasil pela libertação de Cesare, sem depositar confiança alguma no governo de Dilma e nos burocratas vendidos do PT de Lula, o amigão dos patrões.
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