Desde 18 de dezembro passado, quando a polícia matou um estudante que trabalhava como verdureiro para pagar a universidade, as massas da Tunísia (que também têm que aturar a mesma violência policial todos os dias) estão se confrontando com governo e suas forças armadas.
Até agora, o ditador do país acabou de ser deposto pelo movimento. Zine Ben Ali havia sido o segundo presidente do país desde a sua independência (1956), e ele mesmo já representava uma reação democrática contra o movimento que derrubou o primeiro, Habib Bourguiba, chefe do partido nacionalista burguês Neo-Destour, em 1987.
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/01/16/tunisia-anunciara-novo-governo-na-2a-feira-diz-premie-923515229.asp
A solução de fundo para os problemas sociais da Tunísia depende da formação de comitês de trabalhadores, para organizar uma greve geral que impeça que a luta seja desviada para o campo parlamentar. Só assim, é possível lutar por um governo direto dos trabalhadores tunisinos, através da bases das duas centrais sindicais do país (UGTT e UGTA). Os trabalhadores tunisinos devem exigir que as centrais criem esses comitês, e criá-los sempre que houver condições políticas. As direções nacionalistas e fundamentalistas querem aproveitar as mobilizações para se colocarem no governo e reprimirem as massas logo em seguida, como aconteceu dezenas de vezes na África e nos países árabes.
Para lutar por uma solução radical, é preciso lutar dentro dos sindicatos pela formação de um partido dos trabalhadores, com um programa de luta pela revolução socialista.
Pelo fim da polícia! Os trabalhadores devem organizados devem garantir sua própria segurança!
Salário mínimo calculado pelas assembléias de trabalhadores!
Por um Partido Revolucionário para lutar pelo governo direto dos trabalhadores!
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