QUEM SOMOS NÓS

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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Informes sobre as demissões em São Paulo (Erwin Wolf)

segunda-feira, 30 de março de 2015
Informes sindicais no Estado de São Paulo


Abaixo vão os informes passados pelo camarada metalúrgico Erwin Wolf, que integra o nosso comitê paritário através da Liga Comunista, referentes às lutas dos trabalhadores em São Paulo agora em fins de março.

São Bernardo do Campo

Burocracia do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC faz acordo com a Ford de São Bernardo do Campo, trocando (abrindo mão) aumento salarial por abono (PRL) e promessa de estabilidade até 2017. A empresa abriu PDV.

Santo André

A Pirelli foi vendida para o grupo chinês ChemChina (China National Chemical Corp). A operação envolve a quantia de US$ 7,7 bilhões, cerca de R$ 24,6% bilhões. Anteriormente, havia sido anunciada a venda de apenas 26% da empresa, mas, pelo montante acima, a venda deve ser total. "O pessoal está apreensivo, pois ninguém sabe o que vai acontecer depois que a venda se concretizar. O grande medo é que a tecnologia e a produção sejam transferidas para a China, onde a mão de obra é muito mais barata do que a daqui", conforme declaração do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Borracheiros da Grande São Paulo e Região, Márcio Ferreira, ao Diário do Grande ABC do dia 27/03.

São Paulo

80% dos cobradores das cooperativas, responsáveis pelo micro-ônibus, já foram demitidos na Capital, em razão de Lei alterada a pedido do prefeito Haddad do PT.

Os motoristas estão sendo obrigados a dirigir e cobrar, porque no final do mês é muito usado o dinheiro, uma vez que o vale-transporte acaba. Isso é muito perigoso, pode ocasionar acidentes, em razão do estresse do motorista ao exercer dupla função. Tivemos experiência nesse sentido quando trabalhamos no Sindicatos do Motorista dos ABC. Na época, final da década de 70, tentaram demitir os cobradores nas viagens intermunicipais, o que teria uma grande repercussão no ABC, porque este é formado por 7 (sete) cidades, sendo que é comum você morar em uma e trabalhar em outra. Mas a luta dos trabalhadores barrou a tentativa. 

No dia 23 de março os trabalhadores do Setor de transportes protestaram contra as demissões.

Isso vai acontecer também com os cobradores do ônibus maiores, porque a Prefeitura subsidia com 1 bilhão de reais ao ano. No ano passado a quantia subsidiada foi superior: 1,7 bilhão de reais. Agora a Prefeitura quer cortar o subsídio. Então, provavelmente os cobradores dos ônibus maiores serão demitidos.


http://espacomarxista.blogspot.com.br/2015/03/informes-sindicais-no-estado-de-sao.html?m=1
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segunda-feira, 23 de março de 2015

Adesão do Coletivo Socialistas Livres (MG) ao Comitê Paritário!

Carta de apresentação das posições do Comitê Paritário  e ingresso dos Socialistas Livres no CP(depois FCT)!

Publicado em 22 de março de 2015 por socialistalivre


O Comitê Paritário se constrói como uma aliança internacional de trabalhadores comunistas sob a perspectiva da reconstrução da IV Internacional e da revolução permanente. O CP tem como órgão principal da divulgação das ideias comuns ou individuais de seus membros o jornal Folha do Trabalhador e possui também nos blogs e Facebooks de cada um de seus membros meios de difusão de suas concepções políticas.

Constituído pela Liga Comunista, Coletivo Lenin, Resistência Popular Revolucionária e Espaço Marxista, o CP possui seis meses de existência. Internacionalmente, o CP nasce ligado ao Comitê de Ligação pela IV Internacional, tendência internacional já composta pela LC, o Socialist Fight britânico e a Tendência Militante Bolchevique argentina com que as outras organizações do CP passam a estabelecer relações fraternais.

As origens políticas distintas, livres de todo traço sectário, puderam enriquecer a elaboração do conjunto das organizações conduzindo-nos a uma compreensão comum da realidade, ou seja, a um programa comum, e, consequentemente, das nossas tarefas do momento. Nossos documentos comuns apontam para as seguintes elaborações matriciais:

1) No segundo turno das eleições presidenciais defendemos o voto em Dilma para derrotar Aécio e a direita golpista manipulados pelo imperialismo e fizemos a crítica ao voto nulo sectário da esquerda (PSTU, PCO, PSOL, PCB, etc.). O voto na candidatura de Dilma no segundo turno não implicou em qualquer acordo com o programa burguês desta candidatura, nem qualquer apaziguamento de nosso combate contra seu governo neoliberal. O giro à direita no governo Dilma, produto da pressão golpista, já havia sido previsto por nós ainda durante a campanha. Nossa defesa heterodoxa do voto em Dilma segue a nossa política geral de combate ao golpismo pró-imperialista e se inspira na política dos bolcheviques de “apoiar a burguesia contra o tzarismo (na segunda fase das eleições ou nos empates eleitorais, por exemplo) e sem interromper a luta ideológica e política mais intransigente contra o partido camponês revolucionário-burguês, os “social-revolucionários”, que eram denunciados como democratas pequeno-burgueses que falsamente se apresentavam como socialistas.” (Lenin, “Nenhum Compromisso?” em Esquerdismo: Doença Infantil do Comunismo, 1920).

2) A atual articulação golpista no Brasil é movida diretamente pelo imperialismo, no Brasil, como na Venezuela e Argentina, a exemplo dos golpes já impostos em outros países da América Latina, como Honduras e Paraguai). As experiências recentes “bem sucedidas” ou parciais na Líbia, Síria, Ucrânia, demonstram que o imperialismo não se furta de recorrer ao armamento de mercenários, bandos fascistas e massacres sangrentos para impor seus objetivos. Trata-se de um contra-ataque para recuperar o terreno perdido após a crise de 2008 para o bloco capitalista Eurásico, nucleado a partir da expansão comercial da China e da Rússia. Trata-se de uma nova guerra fria que atravessa todos os atuais conflitos de envergaduras mundiais, como a reorientação da tática dos EUA em relação a Cuba, tentando simultaneamente cooptar a burocracia dirigente do Estado operário com o fim do bloqueio e acelerar a restauração capitalista.

3) Mesmo que a primeiro momento o Golpe de Estado não se apresente na forma de um golpe militar, mas como um ‘golpe parlamentar’, um impeachment articulado entre o Legislativo e o Judiciário para estrangular uma Dilma cada vez mais isolada, qualquer que seja sua forma inicial, o resultado do processo será de maior repressão militar e policial contra a esquerda em geral e a população trabalhadora e oprimida nacional, para derrotar qualquer foco de resistência à recolonização imperialista do Brasil.

A escalada golpista manipulada pelo imperialismo cresceu e agora adquire estatura de realizar manifestações de massas, ainda que careça de uma frente golpista consumada, ainda que os defensores da volta da ditadura sejam minoria, que uma parte nem sequer defenda o impeachment e que nem o PSDB, principal partido da oposição tenha um nome de consenso para as próximas eleições. Não importa que os defensores da “nova política” e “contra a corrupção” acabem por substituir o PT pelo PMDB, o partido que se perpetua no governo federal desde o fim da ditadura militar e logo, o melhor representante da velha política burguesa e o mais corrupto dos partidos brasileiros. Os golpistas mudam de candidato a substituto de Dilma na operação golpista a toda hora, Barbosa, Marina, Aécio, Temer, …? mas o que importa é que o golpista de plantão sirva aos interesses do imperialismo e debilite os BRICS.

Diante desta ameaça, é necessário construir uma ampla frente única antifascista com o PT e PCdoB e as organizações de massas que estes partidos dirigem (CUT, CTB, MST, UNE, CMP, etc.) com objetivos práticos de organização comum de manifestações e do combate à direita, sem que isto signifique defender politicamente o governo Dilma ou o PT. Esta frente não implica em qualquer tipo de renúncia ao combate contra o governo burguês do PT. Apenas alteramos a forma de combate para demonstrar que a reação se fortaleceu porque o governo do PT lhe pavimentou o caminho. Não estabelecemos com os nossos aliados circunstanciais “programas” comuns, organismos permanentes, nem renunciamos a criticá-los. Exigimos todo esforço necessário dos grandes aparatos que dirigem as organizações de massas para mobilizar ao conjunto da população trabalhadora, eliminar toda repressão estatal contra as massas (UPPs, PF, Força Nacional de Segurança, etc.) e inclusive organizar a autodefesa dos trabalhadores contra a direita.

De nossa parte lutaremos para que determinada frente não seja apenas formal, de palavras, em ações separadas, não seja uma frente única diletante, como se verificou no dia 13 de março, quando a frente pelas reformas populares implodiu logo em sua primeira prova prática porque MTST, PSOL e cia. deserdaram do ato unitário para não parecerem “governistas”;

3) O combate a política anti-operária do atual governo Dilma que quanto mais acossado pelas pressões da direita e do imperialismo mais ataca os direitos elementares da classe trabalhadora, superando neste quesito qualquer outro governo petista. Ao capitular ao programa político que seus eleitores derrotaram nas urnas para assegurar sua estabilidade política, ou seja, sua governabilidade, Dilma se isola de seus eleitores, da força política que garantiu a sua vitória contra a direita golpista e da única que poderia esmagar a direita golpista;

Notamos que as posições do Coletivo Socialistas Livres acerca da conjuntura nacional são muito próximas das do CP, o que aponta para uma compreensão comum da realidade e das tarefas dos revolucionários na luta de classes do momento. Neste sentido, seria um equívoco não desenvolver uma atividade mais orgânica a partir de uma frente única baseada nas posições políticas publicadas que tivermos em comum.

A principal diferença entre o CP e o CSL, reside na questão do Centralismo, o qual o CSL se opõe. Uma vez que o atual estágio de construção do CP se caracteriza por ser um Comitê não centralizado, esta diferença situa-se no campo teórico, ao qual buscaremos superar a partir da experiência comum e da confiança mútua.

Por: Socialistas Livres (CP)


https://socialistalivre.wordpress.com/2015/03/22/carta-de-apresentacao-das-posicoes-do-comite-paritario-e-ingresso-dos-socialistas-livres-no-cp/
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terça-feira, 17 de março de 2015

Pela frente única contra o fascismo! (Espaço Marxista)

Reproduzimos a nota do blog Espaço Marxista:
http://espacomarxista.blogspot.com.br/2015/03/pela-frente-unica-contra-o-fascismo.html?m=1


Pela frente única contra o fascismo!


Eis que a direita ocupou as ruas neste domingo, 15/ 03, atendendo às convocatórias da grande mídia e dos grupos de seu campo- integralistas, "Revoltados on line", "Movimento Brasil Livre", Clube Militar et caterva-, com as pautas mais reacionárias da agenda brasileira: do impeachment do governo petista à volta dos militares, tudo permeado pelos bordões de "Brasil não é Cuba (ou Venezuela)" e "Nossa bandeira nunca será vermelha" (sic). Quem teve a abnegação masoquista de assistir ao dominical "Fantástico", pôde perceber a euforia com que as manifestações pelo Brasil eram noticiadas.

Conforme consignamos em nossa ruptura com o PCB (aqui), o mandato de Dilma Rousseff tem presenciado a escalada de uma onda reacionária, que, integrada que é à própria reação imperialista mundial (típica do momento de crise do capitalismo e da ausência da contra-hegemonia soviética), vai ganhando mais e mais espaço na sociedade brasileira, o que justificou, por parte da oposição de esquerda, o voto crítico no PT no segundo turno de 2014 como forma de retardar tal escalada reacionária. Apesar de quase derrotado no pleito, o PT não aprendeu a lição e manteve sua política, ainda mais rebaixada, de conciliacionismo e de contrarreformas, se distanciando de seu cada vez mais evanescente lastro social. Assim, em meio a facadas nas costas por parte dos (mui) amigos do PMDB (como na imposição de Eduardo Cunha), de denúncias do caso "Lava jato" e da vontade expressa do tucanato de sangrar Dilma, o governo petista observa a direita ocupando em peso as ruas das capitais brasileiras, e isso ainda no terceiro mês de seu segundo mandato.

Fica evidente que o conciliacionismo de classes proposto pelo PT chega aos estertores, com a pequena burguesia assustada com a ascensão dos estratos populares beneficiados pelas políticas compensatórias dos últimos anos, e, racista e elitista que é, temendo sua identificação com os mesmos, e com a grande burguesia interessada em um representante do capital "puro sangue", que possa acelerar o ritmo das contrarreformas já em vigor, inclusive com a privatização das grandes empresas nacionais remanescentes (Petrobras, Correios, CEF etc.). Mantenho minha caracterização do PT como partido burguês com influência de massas, conforme esmiuçado aqui e aqui. Salta aos olhos que mesmo essa influência, esse contato, esse lastro social, ainda que nas mãos de um partido não-revolucionário, causa ojeriza e narizes torcidos na elite e nos aspirantes à elite.

O ascenso reacionário parece ter um alvo óbvio, que é o partido no poder, o PT, mas é mais óbvio ainda que essa reação se volta contra toda e qualquer coisa que tenha o menor verniz progressista. Como nas "Jornadas de junho" de 2013, capítulo desse atual momento, envergar uma peça de vestuário de cor vermelha é motivo suficiente para o xingamento, a coação, a ameaça e a agressão física. Os "anos de chumbo" são endeusados, o golpe militar é pregado sem o menor pudor, e, como em uma nova guerra fria, os comunistas tornam-se novamente comedores de criancinhas a entregar o país aos cubanos e venezuelanos.

Esse cenário, que tende a se agravar, exige a união de todos os movimentos sociais e progressistas, em uma frente única antifascista que possa resistir à escalada reacionária. É evidente que dada a agudização do momento, tal frente deve albergar (ou melhor, é preciso que albergue) organizações e movimentos "governistas", dado que são essas organizações e movimentos -MST, CUT, UNE-, ainda que engessadas burocraticamente pelo petismo, as únicas que têm força para colocar a massa nas ruas, ao contrário dos pequenos grupos sectários sem a menor inserção social. Mais que isso: estando o PT ameaçado de golpe pela direita, há que cerrar fileiras com o PT. Temos por princípio repudiar a política de escolha do "mal menor", conforme gizado nas considerações sobre o PT nos links disponibilizados acima. Mas aqui, contudo, trata-se de outra coisa: a necessidade elementar de resistência diante da ameaça fascista. Nesse sentido, emblocar com o PT não consiste em defender o PT, e sim em defender a classe trabalhadora brasileira que seria lançada em um retrocesso histórico com a ruptura da ordem democrático-burguesa de 1988.

Dilma derrubada pelos trabalhadores é um grande passo para o socialismo, mas Dilma derrubada pela extrema-direita é a contrarrevolução que triunfa, parafraseando Trotsky. Os esquerdistas, contudo, não compreendem o momento e insistem em se portar como vanguarda da classe sem que a classe sequer tome conhecimento de sua existência. Serão os primeiros a tombar caso o ovo da serpente ecloda.
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domingo, 15 de março de 2015

Os dois pesos e as duas medidas da mídia e da polícia.

Não sou contra a liberdade. Pelo contrário. Sou plenamente a favor. O problema é que existe um nítido tendencialismo, por exemplo, na imprensa. E o que é pior, um tendencialismo velado. Quando existe uma cobertura de um protesto da direita, como a que pudemos assistir hoje pela televisão, podemos perceber, com grande clareza, que as emissoras não transmitem notícias e informação, elas criam as notícias e as informações. O que pretendo fazer, espero que tenha ficado claro a partir destes  comentários iniciais, é um comentário sobre a cobertura do ato e a atitude da polícia e não sobre o ato em si.
            Foi feita uma ampla cobertura do protesto de dia 15/03/15, com claro exagero do número de manifestantes presentes. Números que foram exagerados também pela polícia em diversos estados. Não pude deixar de comparar com a cobertura de atos da esquerda. A cobertura destes atos, quando conseguimos acompanhá-las pela televisão (pois muitas vezes elas não ganham espaços nos noticiários), o número de manifestantes é subavaliado. Além disso, pude ver várias faixas levadas pelas manifestações. Sinceramente, fiquei muito preocupada quando vi os dizeres “MAR DE LAMA”. Lembram-se dessa? Aquela campanha contra Getúlio Vargas... Foi o que preparou o terreno para, dez anos depois, instaurar-se a ditadura militar... Quando os protestos são de esquerda, essas faixas raramente entram em foco. E os dizeres não são repetidos pelo repórter. Dizeres do tipo: “tarifa zero”, “fim do vestibular, acesso AS universidade para todos os estudantes”, “diminuição da carga horária, sem diminuição do salário para combater o desemprego”, “salário igual para trabalho igual”. Uma pena... Um país melhor, acredito eu, seria um no qual todos os trabalhadores tivessem empregos, as empresas de ônibus fossem controladas pelos trabalhadores e a tarifa fosse gratuita, todos os estudantes tivessem acesso à universidade pública e de qualidade, a terceirização não existisse, não houvesse nenhum tipo de preconceito – racismo, preconceito de gênero e orientação sexual, machismo, dentre outros – e, principalmente, um país no qual todos fossem, de fato, livres e no qual todas as pessoas tivesses acesso ao que necessitam para viver. Enfim, certamente não seria o país da ditadura militar, ou, para ser um pouco mais otimista, o país da hegemonia política dos partidos da direita, que manifestações como a de hoje defendem.
            Não ouvi falar sobre o impacto no trânsito dessas manifestações. E os pobres cidadãos que queriam sair para almoçar com suas famílias no domingo? Para deixar a ironia de lado, e os trabalhadores que estavam indo ou voltando do trabalho NO DOMINGO? Sim, porque você pode não trabalhar domingo, mas tem gente que trabalha. Não estou dizendo que as manifestações não devem atrapalhar o trânsito, isso é inevitável, estou dizendo que, magicamente, a manifestação da direita não atrapalhou! Mas o dos caminhoneiros, que aconteceu no mesmo dia, atrapalhou e muito, segundo os noticiários.

            Fiquei surpresa com a polícia também. Nossos caros coxinhas desobedeceram à proibição de não invadir o espelho d’água em Brasília e jogaram água nos pés dos policiais que permaneceram imóveis. Incrível. Cadê o spray de pimenta? As balas de borrachas? O que fizeram com as balas de borracha? Os cassetetes? Esqueceram em casa? Não. Os cassetetes, as balas de borracha, os sprays de pimenta tem nomes escritos neles. Nomes de pobres, de pretos, de moradores de ocupações, de índios, de militantes de esquerda... Estão destinados. Servem para ferir e matar uma parte da população... Se isso é liberdade, eles estão precisando de um dicionário novo, para não falar de uma nova consciência. 
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segunda-feira, 9 de março de 2015

UNIR TODOS OS TRABALHADORES NO DIA 13 (Nota do Comitê Paritário)

Direita se unifica em torno do golpista 15M e direção do MTST segue PSOL, PSTU, PCB na dispersão de forças diante da imperativa necessidade de construir a resistência unificada no dia 13 de março



No encontro da "Frente pelas reformas populares", convocado pelo MTST, no dia 7 de Março, ficou clara a aposta da direção do MTST, e do MES-Juntos, corrente do PSOL, na equivocada tática de criar um ato da “terceira via” no dia 11, em alternativa ao ato dia 13, convocado pela CUT contra à direita, e ao ato do dia 15, convocados pela direita.

Para nós do Comitê Paritário, o que justifica a existência desta frente é unir forças de esquerda para combater a direita e sua escalada golpista. A principal medida desta escalada será a organização de um dia nacional de protesto da coxinhada. Por isso, essa proposta da direção do MTST, entidade que convocou a frente desde dezembro, em canalizar forças para um ato no dia 11, é um erro gravíssimo para a classe trabalhadora na atual conjuntura em que a direita levanta a cabeça para convocar um ato nacional golpista contra Dilma no dia 15 de Março.

Como alertando desde 2014, existe uma movimentação golpista em todos os países da América Latina que compõem aliança comercial e política com o bloco Russo-Chinês. Os imperialismos dos EUA e Europeu estão na ofensiva pela retomada das zonas de influência e territórios perdidos na crise de 2008-2009 para o Bloco Eurásico; e, para retomar suas posições comerciais e impedir a ascensão política e econômica da China, vem apostando em fabricar Golpes de Estado e guerras civis, como visto na Ucrânia, Oriente Médio, Paraguai e Honduras. Nesse contexto, o Golpe no Brasil seria uma forma de retomar o espaço geopolítico na América Latina.

Ao mesmo tempo, a burguesia industrial paulista e os bancos privados se encontram num velho dilema econômico que se agravou como efeito da crise postergada no Brasil: a tendência da queda da taxa de lucros da burguesia nacional e financeira, após varias fusões efetivadas desde a crise internacional até agora. A única forma que a burguesia pode encontrar para continuar crescendo ou tentar reverter a queda da taxa de lucro é através de uma política de terra arrasada contra os trabalhadores, ou seja, arrocho salarial, redução e liquidação de direitos trabalhistas, cortes de pensões, fim de programas sociais, e a inviabilização ao máximo do impostos sobre grandes fortunas.

Na realidade, essa proposta de organizar um ato dia 11, “nem 13, nem 15”, supostamente para delimitar-se do governismo e da direita, negligencia o perigo real do golpe de Estado e capitula à opinião publica fabricada pela mídia pro-imperialista. Trata-se de uma política objetivamente divisionista, onde a direção do MTST se coloca no mesmo nível das direções pequeno burguesas do PSOL, PSTU e PCB, embora seja a força política com maior capacidade de mobilização popular urbana, a direção do MTST apostou no divisionismo das forças antigolpistas em prol de um suposto “terceiro campo”, quando se faz necessário que sua brava coluna de trabalhadores sem-teto componha em peso o ato do dia 13 contra os golpistas e em defesa dos direitos da classe trabalhadora.

A história cobrará o erro da direção do MTST, assim como dos partidos da esquerda pequeno-burguesa como o PSOL, PSTU, PCB (provando este último que não aprendeu nada com a desastrosa política deste partido diante do golpe de 1964), pois sua disposição de luta para derrotar a direita é mera fraseologia pela unidade, quando na prática, objetivamente esvaziam um ato unitário contra a direita.
Quando o que é preciso unir forças contra a direita e atropelar a política burguesa e conciliadora e do PT a fim de evitar o pior para os trabalhadores, a terceira via defende a luta contra o golpismo de modo diletante, sem ser consequente

Um ato no dia 13 ou vários atos políticos, ainda que unificados, não dispersarão, por si, a escalada golpista. Com cerca de 100 mil pessoas, em um Brasil bem menos populoso e com uma mídia golpista infinitamente menor que a atual, o “comício da Central do Brasil” de 1964 foi completamente impotente para deter o Golpe de Estado. Para derrotar a escalada golpista, a direita precisa ser enxotada das ruas pelas massas organizadas em comitês de autodefesa que demonstrem através da constituição de uma muralha proletária que os golpistas não passarão. Neste processo, as massas precisam desarmar política, midiática e militarmente aos golpistas com seus próprios métodos e passando por cima de suas direções tradicionais. Todavia, esta situação expressara um acumulo de experiência, forças e organização corresponde a um estagio mais avançado da guerra atual.

Um ato político, um comício, expressa uma medição de forças nas ruas. Daí a importância de concentrarmos no ato do dia 13. Dispersar forças, neste momento, em nome de uma suposta preservação da independência política frente ao governismo, esvazia o lado da resistência antigolpista em favor da mobilização da direita, que será amplificada pela mídia pró-imperialista.

Por outro lado, a mais ampla unidade da massa dos trabalhadores do campo e da cidade, sem terras e sem tetos, estudantes e proletários, estabelecera uma resistência não apenas a direita burguesa, mas também a esquerda burguesa, dificulta as manobras burguesas e conciliadoras da direção petista e ao ataque aos nossos direitos desferidos por Dilma para agradar aos golpistas, e contribuirá para a maturação das condições políticas para que as massas passem por cima da resistência própria política burguesa de Lula.

Não deve-se criar a ilusão que o PT e o PCdoB têm forças para evitar o golpe ou impedir que Dilma faça novas concessões à direita ou que a mesma sucumba ao golpe. Só com a classe trabalhadora comprando a briga poderemos vencer a burguesia e a classe média golpistas, e também combater de verdade as políticas de arrocho e austeridade já iniciadas no governo Dilma e que se intensificarão num futuro governo golpista do PMDB-PSDB.

Vivemos um momento chave na história do Brasil, onde ou a classe trabalhara avança em sua organização e ação, ou a burguesia golpista, apoiada pela pequena-burguesia, destruirá o nosso futuro com um subsequente estabelecimento de um regime bonapartista. O primeiro passo para combater os golpistas e os imperialistas é convocar toda a classe trabalhadora para o dia 13 de Março.
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O Folha do Trabalhador agora também é novo órgão de imprensa do Coletivo Lenin

Desde de sua Fundação em 2008, o Coletivo Lenin já passou por muitas fazes em sua imprensa, herdando o Hora de Lutar do antigo Coletivo Comunista Internacionalista, e depois passando a ter a Revista Teórica Revolução Permanente, que em 2011 passa a ser o órgão de imprensa oficial, aposentando o antigo Hora de Lutar.

Hoje o Coletivo Lenin se encontra num novo patamar organizativo, impulsionado pelas condições politicas conturbadas do momento histórico em que vivemos. Depois de muitas experiencias frustradas, caminhamos pela primeira vez para uma verdadeira fusão ao instituir o jornal Folha do Trabalhador, junto com a Liga Comunista, a Resistência Popular Revolucionária, o blog Espaço Marxista e militantes independentes, como órgão de imprensa comum de nossas organizações.

O FdT, orgão de Imprensa até então dos camaradas da Liga Comunista,  chega ao nº 22 e cinco anos de existência, se torna agora jornal do Comitê Paritário, uma aliança internacional de organizações e militantes trabalhadores comunistas, composta pela Liga Comunista, Coletivo Lenin, Resistência Popular Revolucionária, Espaço Marxista e também pelo Comitê de Ligação pela IV Internacional, do qual fazem parte o Socialist Fight (Luta Socialista), da Grã Bretanha, e a Tendência Militante Bolchevique, da Argentina.

Adquira, leia, divulgue o Folha do Trabalhador! Um jornal feito por e para os trabalhadores a serviço da luta por sua emancipação política revolucionária e internacional! O FdT resgata o caráter de um jornal militante, a serviço do combate ao imperialismo e ao capitalismo e, portanto, da necessidade da organização política independente da população trabalhadora para a defesa de seus interesses imediatos, seus direitos, salários e empregos, e o combate estratégico pela revolução social. Nesta edição, tem destaque a luta contra a escalada da direita por impor um Golpe de Estado no Brasil, a seca no Sudeste, as últimas lutas do movimento operários e popular, bem como as lutas dos trabalhadores em Cuba, Grécia, Argentina e Ucrânia.


Sumário

EDITORIAL
Nova fase do Folha do Trabalhador

QUEM SOMOS
O Comitê Paritário

APRENDENDO COM OS MESTRES
Em que consiste a autoridade de uma direção revolucionária?
V.I. LENIN


LUTA PELA FRENTE ÚNICA ANTI-GOLPISTA

Declaração da Frente pelas Reformas Populares

Ressalvas do Comitê Paritário ao documento da Frente pelas Reformas Populares


OPINIÃO

Um colapso induzido para privatizar a água
HUMBERTO RODRIGUES

A crise política no Sudoeste de Minas
MOVIMENTO ACORDA GUAXUPÉ

O caminho do impeachment
MÁRIO MEDINA

De quem é a crise?
LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA


AVANÇA O GOLPE PARLAMENTAR:

Unir os trabalhadores nas ruas contra o Golpe de Estado do Congresso Nacional

A volta da direita será pior para os trabalhadores

Vitória da direita na Câmara: Escalada golpista e a caçada aos direitos políticos dos trabalhadores


MOVIMENTO OPERÁRIO

Resistência e avanços políticos operários em meio a ofensiva dos patrões e seus governos em 2015
ERWIN WOLF

Reaparecem as greves de solidariedade de classe
ERWIN WOLF

Greve da Volkswagen de São Bernardo do Campo, lições e padrões que marcam a luta de classes do ano
ERVIN WOLF E HUMBERTO RODRIGUES

Contra as demissões e contra os pelegos da CUT e da Força Sindical em São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul
ERWIN WOLF

METALÚRGICOS
Lutar para garantir nossos empregos, sem renunciar aos nossos direitos e salários!
ANTONIO JUNIOR

LUTA POR MORADIA NO RIO DE JANEIRO
O 9O Congresso da FIST
ANDRÉ DE PAULA

CIÊNCIA E MATÉRIA
Comprovado: o universo sempre existiu, mas o Big Bang, não
LEON CARLOS - TMB - ARGENTINA


POESIA E LUTA

Convocatória
MARÍLIA MACHADO

Haiti: Duzentos anos de dor
MARÍLIA MACHADO

Prelúdio para Jamal
MARÍLIA MACHADO

Poema curto e ainda sem nome
JESUS PINEDA


ARGENTINA
Golpismo pró-imperialista na Argentina
LEON CARLOS - TMB – ARGENTINA


GRÉCIA

Syriza: O populismo pequeno burguês gerindo o Estado capitalista, em meio a nova Guerra Fria
COMITÊ DE LIGAÇÃO PELA IV INTERNACIONAL

Adeus às ilusões
BETH MONTEIRO


CUBA

O novo acordo EUA-Cuba e a luta em defesa do poder dos trabalhadores

O fim do bloqueio, o curso restauracionista e a revogação das medidas especiais

O contraditório papel do bloqueio na preservação do Estado proletário cubano

A Excepcionalidade Cubana


UCRÂNIA - O “ACORDO DE MINSK” E A QUEDA DE DEBALTSEVE
O império contra ataca

COMITÊ DE LIGAÇÃO PELA IV INTERNACIONAL
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quinta-feira, 5 de março de 2015

Milícias cristãs e a marcha à teocracia

Reproduzimos o ótimo texto do companheiro Tejo sobre a ascensão do fundamentalismo cristão no Brasil
http://espacomarxista.blogspot.com.br/2015/03/milicias-cristas-e-marcha-teocracia.html?m=1
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Barrar a privatização dos correios!

Reproduzimos aqui o texto do novo blog do companheiro Tejo

http://espacomarxista.blogspot.com.br/2015/03/barrar-privatizacao-dos-correios.html?m=1

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