"Se um negro reage, é chamado de extremista. Como se devesse ficar passivo e amar seu inimigo mesmo que seja atacado. Mas se ele se levanta e tenta se defender então ele é chamado de extremista. Quando o povo negro der um passo decidido e considerar seu direito quando a sua liberdade é ameaçada, usar qualquer meio para se libertar ou para deter a injustiça, ele não vai ficar isolado. Eu vivo nos EUA, onde existem 22 milhões de negros contra 160 milhões de brancos. Não estou preocupado em usar o que for necessário para que os negros se defendam, por que então teremos mais brancos do nosso lado do que agora com esse método de armar o inimigo. E se eu estiver errado, então vocês são racistas.
"Os negros são tolos por se deixar ser surrados sem se defender. Os negros são tolos. Eles deveriam ter o direito de se defender. Se um cão morde um negro, ele deve matar o cão. Seja ele um cão de caça, de polícia, etc. Se um cão ataca um negro que só quer o que o governo diz que é dele, então o negro deve matar esse cão. Ou o cão de duas pernas, que joga o cão contra ele."
Malcon X, "Por todos os meios necessários"
http://br.noticias. yahoo.com/ s/02092009/ 25/manchetes- pm-detem- 21-pessoas- protesto. html
PM detém 21 pessoas durante protesto em Heliópolis
Qua, 02 Set, 04h00
As ruas no entorno do palco onde, no início da noite de ontem (1), foi realizado mais um protesto de moradores da Favela Heliópolis, na zona sul de São Paulo, a maior da cidade, estão, desde o início da madrugada desta quarta-feira, sob a segurança de um efetivo de 45 policiais militares, da 1ª Companhia e da Força Tática do 46º Batalhão.
A onde de manifestações começou na madrugada de ontem, depois que uma estudante de 17 anos foi morta com um tiro na cabeça durante um perseguição de Guardas Civis Municipais de São Caetano do Sul a dois suspeitos de roubar um carro, na noite de segunda-feira.
O protesto, seguido de confronto entre policiais militares e a população, durou até as 21 horas e deixou um saldo de pelo menos 21 suspeitos detidos e um policial ferido, com traumatismo craniano, segundo o capitão Maurício de Araújo, da Polícia Militar. Os manifestantes danificaram duas viaturas da PM e duas dos bombeiros e incendiaram três ônibus e dois micro-ônibus. Os policiais apreenderam ainda um coquetel molotov. O policial permanece internado no pronto-socorro de Heliópolis.
Moradores da favela de Heliópolis, na zona sul de São Paulo, colocaram fogo em ao menos dois veículos e três ônibus no início da noite desta terça-feira durante protesto um dia depois da morte de uma estudante de 17 anos, vítima de uma bala perdida. Policiais Militares e a Tropa de Choque foram enviados ao local para tentar conter a manifestação que ainda ocorria por volta das 22h45. Houve confronto, com bombas e balas de borracha atiradas contra os moradores. Os bombeiros, acionados para controlar os focos de incêndio, foram recebidos a pedradas e a polícia bloqueou os acessos à favela.
Veja imagens do protesto de ontem
Este é o segundo protesto no local. Revoltados, os moradores fizeram outro protesto violento ontem (veja vídeo ao lado). A polícia foi chamada e também houve confronto com os manifestantes.
A PM não soube informar quantos moradores participam do protesto de hoje. Um policial ficou ferido, mas não foi divulgado seu estado de saúde.
A estudante morta com uma bala perdida estava voltando para casa na segunda-feira (31) após sair da escola, e foi atingida durante um tiroteio entre guardas civis metropolitanos de São Caetano do Sul e supostos criminosos. Ela teria tentado se esconder atrás de um carro, sem sucesso. A jovem tinha uma filha de 1 ano e 8 meses.
As armas dos guardas foram apreendidas para exame no Instituto de Criminalística.
Disparo
O supervisor da Guarda Civil Metropolitana (GCM), Adenízio Nascimento, disse hoje que é "ainda é muito cedo para dar qualquer resposta" sobre de qual arma partiu o disparo que matou a estudante. Os manifestantes alegam que o tiro que acertou a jovem foi disparado por um guarda civil.
Os guardas civis metropolitanos perseguiam um veículo roubado pouco antes em São Caetano do Sul, no ABC paulista, ocupado por um casal. De acordo com Nascimento, a perseguição começou no Jardim São José, quando os suspeitos fugiram ao perceber a presença das viaturas, e seguiram rumo a Heliópolis. Conforme o guarda, os ocupantes do carro atiraram várias vezes contra os guardas civis, que revidaram.
Durante a perseguição, o automóvel chegou a bater contra um dos quatro carros da polícia que os perseguiam. Neste momento, de acordo com Nascimento, o suspeito desceu do carro e atirou contra uma delas, que foi atingida por dois disparos na traseira. Já em Heliópolis, o homem desceu do veículo e correu, seguido por GCMs. "Ao entrarem em varredura (na rua), os guardas viram essa parte (a garota) no chão, alvejada", afirmou Nascimento. Já a mulher foi detida dentro do carro, sem reagir.
A garota, que tem uma filha de 1 ano e 8 meses, foi baleada no pescoço e socorrida no Pronto-Socorro de Heliópolis. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu em seguida. A bala ficou alojada no pescoço e a perícia deve apontar de qual arma partiu o tiro. De acordo com Nascimento, o guarda que pode ter disparado o tiro fatal -que por enquanto não teve o nome divulgado- deve ficar afastado das suas funções até que o caso seja esclarecido. As armas dos guardas envolvidos serão apreendidas e encaminhadas à perícia.
Suspeita detida
A suspeita detida dentro do automóvel foi reconhecida pela vítima como uma das autoras do roubo. A dona do carro, uma estudante universitária, foi roubada quando chegava em casa, voltando da faculdade. Nenhuma arma foi encontrada com a mulher detida, mas a Polícia Civil deve solicitar um exame residuográfico para checar se encontra resíduos de pólvora nas mãos dela, que deve ficar presa por roubo. O caso foi registrado no 95º Distrito Policial (DP), de Heliópolis.
O primeiro protesto
Depois da morte da garota, os moradores das imediações organizaram um protesto. Eles fizeram barricadas com madeira e pneus incendiados e iniciaram um tumulto. Aos gritos de "assassinos" , os manifestantes jogaram pedras contra o carro do casal e contra os policiais civis e militares que estavam no local. A Guarda Civil Metropolitana já não estava mais lá. Agentes do Grupo de Operações Especiais (GOE) e do Grupo de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), auxiliados por policiais militares, usaram bombas de efeito moral e tiros de borracha para dispersar os manifestantes.
Indignação
O garçom Iraildo Carlos da Silva, de 32 anos, se mostrou indignado com a morte da garota. "Nós, os moradores aqui, só queremos justiça." A jovem foi baleada na porta da casa dele. Silva disse ter ficado assustado com o barulho de tiros e, quando saiu, viu a garota já caída na rua. "Estava uma barulheira, acho que ela se assustou e se escondeu atrás de um carro, e eles confundiram ela com o suspeito", avaliou. Segundo ele, a garota voltava da escola e tinha um caderno nas mãos.
Conforme os moradores, houve demora no socorro da vítima. Na versão deles, os GCMs apenas socorreram a estudante depois da ordem de um policial militar, que chegou ao local. Os guardas teriam pegado a jovem pelos braços e pernas e jogado dentro da viatura. A GCM afirma que a garota chegou com vida ao hospital e nega os maus-tratos durante o socorro. Os manifestantes ainda afirmaram que o homem em fuga não estava armado. Durante o protesto, a vizinhança afirmou que os GCMs já atiravam desde o momento em que entraram na rua.
*Com informações da Agência Estado e do canal BandNews
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- Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
PM mata em Heliópolis, São Paulo!
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