O Coletivo Lênin expressa total solidariedade aos companheiros do PCO, reafirma o grande acerto político do PCO em defender a dissolução da polícia, que é um dos motivos para o nosso apoio crítico às candidaturas do partido nestas eleições (apesar das nossas divergências), e levanta novamente a necessidade da formação de autodefesas negras contra ataques racistas, como o que aconteceu.
Fonte: PCO
"Dissolve a PM agora, sua negra vagabunda"
A candidata do PCO ao governo de Minas Gerais,
Cleide Donária, foi agredida de maneira covarde por levantar a bandeira
da extinção da Polícia Militar
Sem mais, ele aplicou um forte soco na altura do estômago da Cleide e a derrubou no chão, enquanto gritava com raiva e cuspia em cima da candidata que acabou ficando paralisada pela dor e a surpresa da agressão. O agressor, que saiu das proximidades de uma casa de shows, fez questão de mostrar que portava uma arma enquanto gritava “Cadê o seu partidinho de merda para dissolver a PM?” “Dissolve a PM agora sua prostituta” “Sua negra vagabunda”.
Depois de ter batido e cuspido na Cleide várias vezes, o agressor acabou se afastando.
O acontecimento não faz parte de uma mera casualidade, de um ataque isolado de um desiquilibrado, mas revela os crescentes ataques contra a liberdade de expressão no Brasil, assim como acontece com os demais direitos democráticos.
Por que o fim da Polícia Militar?
A defesa das chamadas “políticas de segurança”, defendida pela direita e pela quase totalidade da “esquerda” nacional não é outra coisa senão o fortalecimento do braço armado do Estado capitalista e, consequentemente, da burguesia. Medidas como o aumento do efetivo policial e o aparelhamento das polícias militares necessariamente se voltam contra a população. A única maneira de garantir uma verdadeira segurança para a classe operária só pode acorrer com a dissolução da PM e a constituição de milícias populares para proteger os trabalhadores dos ataques do braço armado do Estado.
Até a própria ONU (Nações Unidas), que é um órgão controlado pelo imperialismo, tem se posicionado pelo fim da Polícia Militar, tal o escandaloso grau de violência e o alto índice de mortes causadas pelas PMs brasileiras. E o problema não reside na insuficiência do treinamento dos policiais, uma vez que o problema se encontra na estrutura da instituição e não na conduta individual de determinados membros da corporação. Isto fica ainda mais claro quando observamos a atuação da PM na história e na forma de agir que sempre segue a mesma tendência truculenta.
A morte de diversos jovens nas favelas e nos bairros da periferia, principalmente em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, fez com que esta se tornasse também uma das principais bandeiras dos movimentos sociais. No campo, o assassinato de camponeses diretamente pela polícia, ou por jagunços a serviços dos latifundiários, acobertados pela polícia, são rotineiros. O movimento estudantil também tem entrado em confronto em reiteradas ocasiões, com a polícia devido à presença da polícia em várias universidades.
Pelas bandeiras de luta da classe operária
Pelo fim das ocupações das comunidades operárias do Rio de Janeiro e de todo o País (UPP’s) pela PM e tropas federais, realizadas para defender os interesses dos especuladores imobiliários e outros tubarões capitalistas e para intensificar o terror contra a população pobre.
Acabar com a máquina de guerra e terror contra a população pobre e negra que é a Polícia Militar.
Pela dissolução da PM e de todo o aparato repressivo.
Abaixo a ditadura civil, pelos direitos democráticos dos trabalhadores e da população oprimida. Pelo direito irrestrito de greve; pela plena liberdade de organização sindical; pelo fim da censura, liberdade de expressão; pela liberdade para todos os presos políticos, fim dos julgamentos fraudulentos; pela punição para os assassinos dos trabalhadores.
Pelo direito da população a se armar. Substituição da polícia e do exército permanente e controlado pelo Estado por um sistema de milícias populares.
Contra a constituição golpista, por uma assembleia Nacional Constituinte, livre e soberana, onde as organizações sociais estejam representadas.
Por um partido operário, revolucionário e de massas (do qual o PCO é O MAIS IMPORTANTE NÚCLEO E O ÚNICO PARTIDO QUE DEFENDE DE MANEIRA CONSCIENTE ESSA PERSPECTIVA, que impulsiona esta política de forma consciente e organizada) que organize a vanguarda da classe operária e dos seus aliados e impulsione a mobilização dos explorados em direção à derrubada da ditadura capitalista e a sua substituição por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo e pela conquista do socialismo em escala internacional.
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