QUEM SOMOS NÓS

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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A casa onde surgiu a umbanda está sendo destruída pela prefeita de São Gonçalo!

URGENTE!

Não recebemos ainda notícias sobre os atos de ONGs, partidos de esquerda e associações religiosas contra esse ato extremo de opressão religiosa e racial. Mas nos dispomos a participar de todas as mainfestações de que pudermos, por todos os meios necessários.

A evangélica Aparecida Panisset (PDT, ex DEM e PP) não é uma fundamentalista religiosa, porque a atuação política dela não é sob um programa abertamente religioso. Ela é somente mais uma política tradicional burguesa e corrupta como o seu partido. Mas a "indiferença" dela a esse ataque à história e à cultura de todo o povo, principalmente à cultura negra, tem toda a aparência de ser uma medida eleitoreira para ganhar os votos mais reacionários dentro das igrejas evangélicas.

Nós do Coletivo Lênin combatemos todas as formas de usar a religião para estimular o conformismo e o pensamento anticientífico, e defendemos a total separação entre o estado e a religião e a completa liberdade de consciência para os indivíduos. Por isso mesmo, lutamos contra as tentativas por parte do estado de atacar as religiões minoritárias, quase sempre de matriz afrobrasileira, o que é uma combinação de racismo e opressão religiosa. 

Fonte: Extra

Casa onde nasceu a umbanda, em São Gonçalo, começa a ser demolida


A casa onde foi fundada a umbanda, no bairro de Neves, em São Gonçalo, começou a ser demolida nesta segunda-feira Foto: Bruno Gonzalez / Extra

Herculano Barreto Filho

A história do surgimento da umbanda, que começou a ser escrita numa casa centenária na Rua Floriano Peixoto, em Neves, São Gonçalo, está reduzida a escombros. O antigo terreiro de Zélio de Moraes, que abrigou as primeiras sessões da única manifestação religiosa 100% brasileira, em 1908, começou a ser destruído nesta segunda-feira. O berço da religião poderia ter sido salvo por um decreto da prefeita Aparecida Panisset — que é evangélica. Mas a prefeitura deixou que o imóvel fosse degradado pelo tempo, vendido e, finalmente, posto abaixo.

A fachada e a parte lateral do imóvel já foram derrubadas. A casa deve ser totalmente demolida até sexta-feira, segundo o mestre de obras Gilson Derbui, de 54 anos. Ele coordena a equipe de oito trabalhadores, entre pedreiros e ajudantes, que trabalha há quatro meses na obra.

— Essa casa está em ruínas. A madeira está cheia de cupim, e poderia ocorrer um desabamento a qualquer momento — afirma.

O terreno, que pertencia à família do fundador da umbanda, foi vendido no fim de 2010 ao militar Wanderley da Silva, de 65 anos, que irá transformar o local numa loja de alumínio. O novo proprietário não foi encontrado.

As paredes da sala, que já serviram de abrigo às manifestações religiosas, exibem contas de material de construção, rabiscadas a lápis pelos pedreiros que trabalham lá. Um dos quartos virou depósito, com sacos de cimento empilhados. Na área, um fogão aquece a marmita, o café e a comida para o cachorro Leão, que protege a obra nas madrugadas.

Até a reportagem do último domingo do EXTRA, o berço da umbanda era um patrimônio desconhecido por moradores e pedreiros.

— Fui criado aqui e nunca ouvi falar disso — garante o comerciante Antonio Almeida Ferreira, de 43 anos, que mora em frente ao local desde a infância.

O pedreiro Edno Correia da Silva, o Neneco, de 48 anos, é umbandista. E se supreende quando é informado que estava colocando abaixo o local onde a sua religião foi criada:

— Cheguei a me arrepiar.

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