Para
fortalecer a nossa greve!!
A Juventude em Luta é um novo
movimento que surgiu nesse momento de luta grevista nas universidades. Somos um
grupo de estudantes e trabalhadores que entendem a necessidade de se organizar
tanto nas greves, quanto em outros momentos. A nossa luta é sempre agora.
Estamos chegando quase
em 2 meses de greve. E os professores em greve em mais de 50 universidades não
conseguiram sequer uma reunião com o governo. Os estudantes em greve em mais de
30 universidades, nem sequer são vistos pelo Governo ou pela mídia com suas
reivindicações.
A postura do Estado,
em qualquer lugar, em qualquer assunto que interessa a maioria do povo é muito
clara: descaso total, empurrar com a barriga. Enquanto Dilma e Globo enchem o
peito para falar “Viramos a sexta economia do mundo”, a educação e a saúde
continuam às moscas, piorando e piorando cada vez mais.
Como pode o Brasil
crescer gradativamente, e os serviços mais básicos ficarem cada vez piores? É
tudo simplesmente uma questão de prioridades. E a prioridade do Governo nunca foi o bem estar da maioria da população,
mas sim de enriquecer e sair em socorro de uma minoria de empresários e
banqueiros, principalmente nos tempos de crise econômica. Mesmo que para isso
precise cortar verba atrás de verba desses serviços, como vem acontecendo desde
2008, ou privatizar hospitais universitários, com o projeto cara de pau da
EBSERH, ou ainda mandar cortar os pontos dos grevistas, como aconteceu semana
passada.
Devemos estar
conscientes que para conquistar nossos direitos temos de lutar para aumentar
cada vez mais nossa greve, e não ficar esperando cair do céu um ato de bondade
desse Governo safado. Portanto, como estudantes que lutam por seus direitos,
não podemos deixar de denunciar o papel da direção majoritária da UNE, que
desde que o PT assumiu o governo, ao invés de liderar os estudantes nas suas
lutas, não tem feito nada a não ser destruir o movimento estudantil em prol da
política do governo.
Porém vemos nessa greve histórica da educação,
pela primeira vez em muito tempo, a constituição de um comando de greve, que é
eleito, desde as assembleias de base nas universidades, para dirigir a luta
pelas demandas históricas estudantis.
Infelizmente, um evento tão progressivo que poderia
dar frutos, que não mais se viam nascer no movimento estudantil nos últimos
anos, tem sido usado pelas correntes de maior peso presentes no movimento para
reproduzir a lógica de burocratizar qualquer espaço de discussão de base.
Dentre elas estão principalmente o PSTU e sua entidade particular, a ANEL; e
algumas correntes eleitoreiras do PSOL, e é claro, os pelegos, representados
pela direção majoritária da UNE, representada pela UJS (Juventude do PCdoB) e
pela juventude do PT.
Desde o início da mobilização grevista, assistimos às
dificuldades de organizar a luta real do movimento. Vimos a transformação de uma assembleia da UFRJ em
palanque de briga entre UNE e ANEL, e a repetição disso na primeira reunião do
comando nacional de greve estudantil realizado no Rio de Janeiro. Assistimos à
passagem de rodo dos representantes dessas correntes nas mesas, impedirem
estudantes independentes e de coletivos menores de incorporarem propostas de
reivindicações e até mesmo de falarem.
Entendemos que tudo isso são sinais de alerta para os estudantes que
estão realmente interessados em mais coisas, além de briga de aparatos e
discussões superficiais. Que estão interessados em se organizar e lutar por
seus direitos. Em discussão política de verdade e não só servir de legitimador
de práticas burocráticas que só servem para engessar o movimento.
Por isso, nós
da Juventude em Luta, fazemos um chamado a todos aqueles estudantes
independentes ou de outros coletivos, que venham construir conosco um movimento
estudantil consciente e combativo.
E para começar, achamos importante defender nesse
processo grevista de luta:
- Passe livre, xerox, livros, bandejão,
creche e moradia gratuitos em todos os campi. Mais bolsas de assistência
estudantil de acordo com a demanda dos estudantes.
- Discussão urgente sobre a necessidade
e a capacidade do fim do vestibular.
- Pelo fim da terceirização já! Pela
contratação imediata dos trabalhadores terceirizados.
- Debate e ações contra o machismo, o
racismo e a homofobia.
- Contra as privatizações dos hospitais!
Fora EBSERH!
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