QUEM SOMOS NÓS

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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

domingo, 5 de agosto de 2012

Eleições Municipais no Rio de Janeiro: Candidaturas dos trabalhadores contra as milícias e empresários!




Ninguém agüenta mais o playboy do Eduardo Paes (PMDB), que está expulsando os pobres da cidade para preparar os Megaeventos!

Eduardo Paes representa a continuidade política de vários governos da direita na prefeitura do Rio, sempre com a mesma fórmula: destruição da saúde, abandono da rede municipal de educação, porrada nos camelôs e sem-tetos, e obras de fachada ou até mesmo sem utilidade nenhuma, com o objetivo de favorecer a indústria do turismo e as empreiteiras, em vez das necessidades reais dos trabalhadores.

Em todas as tragédias recentes que aconteceram na cidade, Eduardo Paes estava sempre no mesmo lugar: em Paris, se divertindo com o dinheiro público e recebendo regalias de várias empresas que vão ganhar milhões com as obras da Copa e das Olimpíadas.

Eduardo Paes apoia o governo Sérgio Cabral (PMDB), responsável pela militarização das favelas (mantendo o tráfico de drogas) com as UPPs, envolvido em grandes escândalos de corrupção, como o da empresa Delta e dos seus negócios com Eike Batista, e ainda Sérgio Cabral atacou várias categorias em greve, prendeu 439 bombeiros durante a greve de 2011. Ou seja, eles dois são inimigos declarados de qualquer trabalhador.

A grande vergonha disso tudo é que o PT, partido que diz que representa os trabalhadores,
e a CUT a maior central sindical do país e controlada por este,além da UNE dirigida pelo PCdoB, ainda apóiam Eduardo Paes, e tem militantes fazendo parte do governo.

É uma vergonha, mas não é nenhuma surpresa, porque o governo Dilma, que está organizando a Copa do Mundo e as Olimpíadas, tem tomado medidas muito parecidas de ataque aos direitos dos trabalhadores.

Não é surpresa pra ninguém que os ataques de todos os governos atingem principalmente as mulheres, os negros e os nordestinos, que são as parcelas da classe trabalhadora que vivem nas comunidades em piores condições, que são a maioria dos terceirizados e as maiores vítimas da violência policial etc.

Depois de todas as lutas contra o Choque de Ordem, contra as remoções, das greves em defesa dos serviços públicos, os trabalhadores precisam de uma expressão política das suas reivindicações.

Nós, do Coletivo Lênin, sabemos que as eleições são um jogo de cartas marcadas, controladas pela mídia e pelo poder econômico. Por isso, elas não conseguem mudar a sociedade. Mesmo que um governo que realmente esteja do lado dos trabalhadores seja eleito, ele será derrubado pelas Forças Armadas, que também têm ligações permanentes com os grandes empresários.

Mas, mesmo assim, devemos aproveitar toda a discussão sobre política que acontece durante o período eleitoral para explicar pacientemente aos trabalhadores a necessidade de uma política independente e contrária à classe dominante. E por isso, deferente de muitos que militam conosco, inclusive na FIST(Frente Internacionalista dos Sem-Teto), nós não defendemos o voto nulo por princípio em todas as eleições, pois sempre que existir alguma candidatura que expresse, mesmo que parcialmente, as lutas dos trabalhadores. Ao mesmo tempo, nós combinamos a defesa dessas candidaturas, quando existem, com a denuncia do papel do Estado e das instituições eletivas.
Muito melhor que só votar contra Eduardo Paes é avançar a organização dos trabalhadores e divulgar a necessidade da luta revolucionária contra o capitalismo.


Marcelo Freixo (PSOL) poderia cumprir esse papel?

A grande novidade dessas eleições no Rio é a candidatura de Marcelo Freixo (PSOL), um candidato de esquerda, identificado com a luta pelos direitos humanos e contra as milícias ou grupos de extermínio apoiados pelo Estado. A grande maioria dos militantes dos movimentos sociais está fazendo campanha para ele, inclusive contra a orientação dos seus partidos, como é o caso de setores do PT e do PDT.

A popularidade do Freixo é baseada na sua luta contra as milícias da Zona Oeste, que são verdadeiras quadrilhas que dizem que defendem a população, mas na verdade praticam o extermínio das pessoas que cometem qualquer crime nas suas áreas, e ao mesmo tempo exploram vários negócios ilegais e extorquem e ameaçam a população trabalhadora por sua “proteção”.

Para nós, muito mais importante que a quantidade de votos que um candidato possa ter, é o seu papel de denunciar a própria farsa que são as eleições e mostrar um caminho da luta para os trabalhadores em resposta a essa farsa.

Infelizmente, isso não é feito pela campanha de Marcelo Freixo. Essa campanha é muito baseada na sua imagem como parlamentar combativo, mas não tem propostas claras que coloquem as reivindicações dos trabalhadores em primeiro lugar.

Mesmo a sua luta contra as milícias não é acompanhada da denúncia do papel da polícia, instituição racista que diz que serve para proteger, mas só protege os ricos e dá dura nos pobres.Marcelo Freixo nem mesmo é contra as UPPs, deixando claro que acredita fielmente na numa “Reforma da PM”.

Tudo isso acontece porque Marcelo Freixo e seu partido, o PSOL, acreditam que é possível mudar a sociedade a partir de reformas do Estado. Para nós, ao contrário, é impossível fazer o Estado atual virar um instrumento do povo. É preciso substituí-lo pelo governo direto dos trabalhadores, através das suas assembléias de luta, o que só pode acontecer num processo revolucionário.


Voto crítico no PSTU e PCB! Lutar para criar o um verdadeiro Partido Revolucionário dos Trabalhadores!

Nas eleições desse ano, no Rio, o PSTU como candidato a prefeito sendo o Cyro Garcia e o PCB como candidato a vereador sendo Hiram Roedel, são os únicos partidos que participam do processo eleitoral com candidaturas que representam as reivindicações dos trabalhadores.

O PSTU e o PCB defendem várias reivindicações do movimento, como:

- a luta contra as remoções;
- a reestatização das empresas privatizadas, sob controle dos trabalhadores;
- não pagamento da dívida interna, com o objetivo de investir em saúde e educação;
- não a criminalização dos movimentos sociais.

Por isso, achamos que o PSTU e o PCB merecem o nosso voto nessas eleições, e a nossa participação na sua campanha eleitoral. Mesmo assim, temos várias críticas à política do ambos. Na campanha, as principais são as seguintes:

- Tanto o PSTU quanto o PCB não deixa claro que o seu programa não é um "programa de governo", e sim um programa de luta, que só pode ser realizado se for levado adiante pelo movimento, através da mobilização direta dos trabalhadores contra o Estado e o Capitalismo;

- Tanto o PSTU quanto o PCB se consideram partidos revolucionários. Mas na verdade nós do CL não acreditamos que exista um partido revolucionário organizado no Brasil (somente pequenos grupos dispersos dentro e fora das organizações).

O Partido Revolucionário deverá ser construído através da fusão entre essas várias organizações revolucionárias que estão dispersas. Nós vemos a participação nas eleições como um momento em que podemos explicar aos trabalhadores a necessidade de lutar contra o sistema aliado a necessidade da construção dessa organização como a única ferramenta capaz de levar as lutas legítimas da classe trabalhadora contra os ataques dos governos e por melhorias econômicas para um patamar superior de lutas coordenadas de transição para o socialismo.

9 comentários:

  1. Qual é a de vcs? Apoiando quem participa dessa farsa da democracia burguesa. O Marcelo Freixo e outros candidatos que se dizem representantes dos trabalhadores podem até atender ás necessidades do povo,mas o sistema é podre,amordaça os que lutam pelos direitos do povo,portanto devemos ignorar ás eleições que não mudam nada na vida do povo pobre apenas o bolso da burguesia e do latifundio que fica cheio,o coletivo lenin deve ser combativo assim como outros movimentos,como o MEPR e concientizar a juventude,os trabalhadores a boicotar ás eleiçoes,se mobilizar,lutar pela REVOLUÇÃO!!!

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  2. Anônimo,

    os comunistas não devem deixar de participar de nenhum processo em que exista debate político entre os trabalhadores. E, durante as eleições, os setores mais organizados da classe trabalhadora (geralmente os que se organizam em sindicatos e movimentos populares) discutem sobre quais são as alternativas. Como não existe uma situação revolucionária no momento no Brasil, devemos usar o espaço de discussão aberto pelo período eleitoral para fazer o que tentamos fazer com a nossa declaração e a nossa participação no movimento: politizar os trabalhadores, explicando a necessidade da organização política de classe, e da luta pelo socialismo.

    Se no processo eleitoral existem partidos que levantam, mesmo que parcialmente, esses temas, nós podemos e devemos dar apoio crítico a eles (ou seja, apoiar, mas sempre mostrando as nossas discordâncias políticas), como forma de politizar os trabalhadores que estão pensando nas alternativas do processo eleitoral. Ao mesmo tempo, temos que deixar claro que a solução radical dos problemas sociais não vai acontecer através das eleições, e sim através da luta revolucionária.

    Quando a gente deixa de fazer essa discussão, como o MEPR (que você citou), mesmo parecendo mais "radical", na verdade, está atrasando o processo de politização dos trabalhadores. Os trabalhadores não avançam politicamente a partir de lindas declarações radicais no papel, mas sim através da sua própria experiência com todos os partidos. Quando você fala que todos eles são todos a mesma coisa (até mesmo colocando no mesmo saco os partidos burgueses e os de trabalhadores), você só reafirma a ideologia burguesa atrasada que está na consciência dos setores mais despolitizados da classe trabalhadora de que "político é tudo igual" e que não o movimento não tem que se envolver com política (porque a maioria do povo identifica política com eleições).

    É só você ver: geralmente os setores sindicalizados e que têm experiência de luta são quem vota no PCB ou no PSTU, enquando as pessoas da massa (não os militantes) que votam nulo são os que odeiam a política em geral.

    O sistema é podre, mas nós não podemos ignorar as disputas que acontecem dentro dele. Seria a mesma coisa que não participar de uma greve porque ela não é contra o capitalismo, e só serve para conseguir melhorias dentro do sistema.

    O Coletivo Lênin é combativo. A maior prova de que ignorar as eleições é aparentemente radical, mas oportunista na prática, é o próprio MEPR, que "boicota" as eleições, mas ao mesmo tempo defende uma revolução democrática burguesa no Brasil, inclusive com setores da média burguesia (ou seja, mantendo o capitalismo, se limitando à luta pela terra para os camponeses e expropriação dos monopólios imperialistas). Ou seja, um programa reformista de "revolução por etapas", disfarçado com frases radicais.

    Pra terminar, sugerimos que você leia esse texto do Lênin, onde ele explica a necessidade dos comunistas participarem do processo eleitoral, para avançarem a consciência de classe dos trabalhadores e fazerem propaganda da luta pela revolução:

    http://www.marxists.org/portugues/lenin/1920/esquerdismo/cap04.htm#topp

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  3. Lenin experimentou de tudo um pouco(sem maldade,politicamente)e,no final das contas, como aconteceu a revolução? Apertando xy e confirma? Não. Foi fazendo uma insurreição liderada por militantes práticos, com anos de partido, trabalhando pela organização,educação e ampliação do do próprio partido.

    No decorrer da história, a democracia burguesa se mostrou a maneira mais eficiente de controlar as massas. A eleição é um tipo de fetiche, as pessoas se sentem "participando" e, se nada muda, é porque participaram mal(não votaram direito), ou porque o ser humano não tem jeito. E o sistema segue vivo, sem que ninguém queira derrotá-lo, mas no máximo, mudá-lo com o poder mágico do "XY + APERTE O VERDE".

    A politica está desmoralizada. Quer moral com os trabalhadores? Experimente não pedir votos a eles. De cara, vão achar você uma pessoa mais séria.

    Chega de enganação. O caminho da liberdade é a Revolução.

    ps: sim,sim,sim,lênin era a favor de participar das eleições e jesus morreu na cruz, ok,ok,ok...mas o comunismo não é uma religião, nada aqui é sagrado e inegociável...A participação nas eleições atualmente não é coisa de gente séria, quer lênin se revire no tumulo ou não.

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  4. O problema é que o Lênin continua morto, mas os trabalhadores continuam votando no "menos pior". E, na maioria das vezes, quando não votam, é porque não querem saber de política. Por isso muitas pessoas (por exemplo, no movimento sem-teto) vão desconfiar menos de você se você não pedir votos. Mas isso não é positivo, é porque elas separam a luta no movimento da luta política.

    Esse argumento da ilusão pode ser usado pra qualquer coisa, inclusive greves salariais. A resposta a ele é simples: não podemos escolher o terreno onde atacar, precisamos estar em todos os espaços onde existe luta de classes para avançar a consciência.

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  5. Claro que a luta sindical,estudantil, movimentos de oprimidos contra opressores são essenciais e educam, sou totalmente solidário. Os bancarios tiveram melhorias aí na PLR e no salário, não é mesmo? Que bom!

    O legal da greve é que ela é um "mano a mano" com a burguesia, o trabalhador acaba sendo protagonista em sua própria luta, diferente da magia do "XY + CONFIRMA" e até daqui a quatro anos otário...Sem contar que a maioria das conquistas reais, as migalhas e os cala bocas, foram conquistados via greve. Foi inclusive a participação do partido bolchevique na organização de greves por toda a russia que cultivou um relacinamento "partido-povo" fundamental na revolução (relacionamento que era mantido e trabalhado também por jornais clandestinos e circulos de estudos).Eleições para o parlamento da ordem, embora Lênin tenha sido favorável a participação,no fim das contas, não teve porra de peso nenhum.

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  6. De qualquer maneira, boa sorte aos colegas. A esquerda nunca foi homogênea. Só espero que na próxima ruptura de ordem(crise geral), as várias tendências se unam para derrubar a burguesia.

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  7. Eleição não! Revolução Sim!
    Legitimar as eleições, legitimar o parlamento hoje, neste país atrasado, semifeudal e semicolonial, é dar as maos para a burguesia.

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  8. A gente não legitima as eleições, quem faz isso é toda a mídia, a justiça, os partidos etc A gente participa delas à medida que a grande maioria dos trabalhadores vai votar.

    O brasil de forma alguma é semifeudal. Isso é uma teoria errada, sustentada pelo antigo PCB, que só pode ser usada hoje por quem quer defender a tese centrista de revolução democrática no Brasil.

    Revolução Sim! Mas, numa conjuntura em que não existe nenhuma possibilidade a curto ou médio prazo de revolução no país, não podemos nos abster de mostrar aos trabalhadores uma orientação classista, nos sindicatos, movimentos populares, meios de comunicação e também nas eleições.

    "Mesmo que não fossem "milhões" e "legiões", e sim uma simples minoria bastante considerável de operários industriais que seguisse os padres católicos e de trabalhadores agrícolas que seguisse os latifundiários e camponeses ricos (Grossbauern), poderíamos assegurar sem, vacilar que o parlamentarismo na Alemanha ainda não caducou politicamente, que a participação nas eleições parlamentares e na luta através da, tribuna parlamentar são obrigatórias para o partido do proletariado revolucionário, precisamente para educar os setores atrasados de sua classe, precisamente para despertar e instruir a massa aldeã inculta, oprimida e ignorante. Enquanto não tenhais força para dissolver o parlamento burguês e qualquer outra organização reacionária, vossa obrigação é atuar no seio dessas instituições, precisamente porque ainda há nelas operários embrutecidos pelo clero e pela vida nos rincões: mais afastados do campo. Do contrário, correi o risco de vos converter em simples charlatães".

    (Lênin, Esquerdismo, doença infantil do comunismo)

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  9. Sobre semifeudalidade e caráter semicolonial do Brasil:

    http://www.coletivolenin.blogspot.com.br/2012/02/o-brasil-e-um-pais-semicolonial-ou.html

    http://coletivolenin.blogspot.com.br/2012/02/defender-o-mst-lutar-pela-revolucao.html

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