QUEM SOMOS NÓS

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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Vamos derrotar os aumentos de passagem no Rio! Ato dia 20/05 na prefeitura!


A luta recomeça

O transporte no Rio de Janeiro ficou insuportável. Quem tem que acordar cedo pra trabalhar fica horas nos engarrafamentos, ou precisa enfrentar o metrô superlotado, as barcas e trens atrasados e sucateados.

O governo torra o nosso dinheiro na preparação da Copa e das Olimpíadas, e não faz nada pra melhorar o transporte. E agora, mais uma vez, o Eduardo Paes, que se elegeu com o apoio das milícias e da máfia da RIÔNIBUS/FETRANPOR, falou mais uma vez que vai aumentar o preço das passagens, agora pra R$ 3,05.

O Rio de Janeiro tem uma orla muito grande, que poderia ser aproveitada para o transporte por barcas. E a rede de trens e metrôs da cidade é muito pequena. Por exemplo, em São Paulo são várias linhas, que cobrem praticamente a cidade toda. Muitos não sabem, mas isso acontece porque a FETRANSPOR, a máfia que organiza as empresas de ônibus, compra a maioria dos vereadores, e eles sempre votam pra estagnar o transporte que não seja de ônibus, que é o mais caro e poluente, só pra não mexer nos lucros do setor.

É assim que funciona o sistema em que vivemos, o capitalismo. A camarilha do governo e das empresas estão cagando para população e a natureza, o que interessa é dar lucro pros milionários. É assim que funciona o Estado, os que são eleitos são quase sempre os que já têm dinheiro o suficiente pra bancar as campanhas, e assim vai governar pra favorecer a sua classe. Por isso, o movimento tem que se organizar, pra que os interesses dos trabalhadores, que dependem do transporte público, prevaleçam contra os dos empresários e do Estado.

Como organizar o movimento?

Nessa luta, muita gente nova apareceu, o que é uma coisa muito boa. Como essas pessoas, na sua maioria, nunca participaram de nenhum movimento social, muitas vezes não entendem como as coisas funcionam pra garantir a maior democracia e melhor capacidade de ação.

Pra começar, o movimento se organiza através de plenárias, onde todas as pessoas podem participar, com cada um tendo direito a um voto, e tudo sendo decidido por metade mais um. De vez em quando, é defendido que as coisas só podem ser decididas por consenso, ou seja, se todos concordarem. Isso só parece democrático mas, na verdade, é uma ditadura da minoria: se uma pessoa discordar de todas as outras, não tem consenso e nada é feito por causa de um só.

Tem surgido propostas para fazer o espaço do Facebook um espaço de organização e decisão, como uma plenária virtual, o que são propostas ruins, porque temos que organizar o movimento a partir das pessoas já comprometidas com a luta contra o aumento, e no face tem muita gente que bota a cara mas no hora não se compromete na vida real. Além disso o Facebook é uma porta aberta para P2 da polícia e agentes provocadores de todo tipo, e por isso compromete a segurança dos militantes e ativistas, como foi por exemplo na luta contra o aumento das Barcas ano passado e este ano, que a policia intimou os organizadores para deporem na DP antes mesmo de se realizarem as manifestações.

Por isso nas plenárias se decide como vão ser as atividades, o formato das manifestações etc. Podem participar não só os estudantes independentes, mas também todos os partidos, movimentos, sindicatos, grêmios, DCEs etc, que concordam com o ato, e que trazem as suas próprias propostas sobre como avançar a luta. As pessoas têm total liberdade pra se organizarem, se você não gostar dos partidos, só tem uma solução: chamar mais pessoas independentes do que a quantidade de militantes dos partidos.

Além disso, toda pessoa podem divulgar as suas ideias políticas, através de jornais, camisetas, bandeiras, cartazes etc. Inclusive quem faz parte de partidos. Se você é contra isso, o que você tem que fazer é divulgar o seu ponto de vista do mesmo jeito. Qualquer tentativa de excluir alguém do movimento ou de censurar só vai dividir e enfraquecer.

Só podemos derrotar o governo se tivermos o apoio do povo!

No final do ano passado, conseguimos reverter a proposta de aumento do ônibus. Mas não temos como impedir indefinidamente esse aumento se não tivermos uma estratégia real para derrotar o governo. A luta vai acabar se desgastando se não se tornar cada vez maior e se não trouxermos para o nosso lado a grande maioria da população.

A primeira condição pra isso é criarmos uma comunicação que consiga ser o mínimo de contraponto à televisão e aos jornais, que sempre vão queimar a luta dizendo que nós somos "baderneiros" e que estamos "atrapalhando o trânsito". As redes sociais são importantes, mas a maioria das pessoas que acessam as nossas campanhas já são favoráveis.. Temos que divulgar o movimento nos locais de estudo, trabalho e moradia, pra tentar alcançar as pessoas que ainda estão indiferentes.

Temos também que ter uma proposta de sistema de transporte que a gente possa mostrar pras pessoas como alternativa ao que está aí. Nós, do Coletivo Lênin, defendemos que é preciso lutar por um sistema de transporte público, que priorize os trens, barcas e metrô, gerando menos poluição. Que seja gratuito, o que é possível se ele for financiado por impostos sobre as grandes empresas. E que seja controlado pelos seus trabalhadores e pela população, através da eleição dos seus administradores.

Essa proposta não é impossível. Existem recursos para isso. Mas ela só pode ser realizada através de uma luta prolongada, unificando os estudantes e jovens em geral com os trabalhadores, principalmente do ramo de transportes. Temos que ganhar a população através de uma proposta que mostra uma alternativa de sociedade, que realmente favoreça os trabalhadores.

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