QUEM SOMOS NÓS

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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Ato heroico em memória de Zumbi dos Palmares, Amarildos e Amarildas; e contra a transfobia.

 

               Na noite desta quinta-feira, um dia após o feriado da Consciência Negra, manifestantes de diversos movimentos sociais se reuniram na Candelária às 17h e marcharam pela Avenida Presidente Vargas até o busto de Zumbi dos Palmares para relembrar a luta histórica contra o racismo e a transfobia.
 

            As pessoas não foram muitas, mas a força foi imensa. Apesar da presença provocadora da polícia do ato, que escoltou o ato do início ao fim, os manifestantes não se acovardaram. A maior parte das falas denunciou, a plenos pulmões, pra quem quer que estivesse passando, o papel racista, assassino, defensor da propriedade privada da corja que é a Instituição da PM.
 
            Com direito à vaia para a estátua de duque de Caxias, os manifestantes entoaram: “Não acabou... Tem que acabar... Eu quero o fim da polícia militar”; “Sem hipocrisia, essa polícia mata preto todo dia”; “O povo unido é o povo forte... Não teme a luta, não teme a morte”; “Todo camburão tem um pouco de navio negreiro”; entre outras.
 
            Além disso, muito foi dito contra a agressão às pessoas trans (muitas vezes praticadas pela própria polícia) que sofrem agressões físicas e psicológicas no dia a dia de suas vidas pelo simples exercício da sua liberdade de escolha de gênero.
 
            Ao final do ato, numa atitude simbólica, emocionante e corajosa, os manifestantes acenderam velas em frente da estátua de Zumbi, em lembrança de todos os lutadores e lutadoras, moradores e moradoras de comunidade, que foram assassinados covardemente pela polícia, por estarem lutando por uma sociedade mais justa ou pela sua simples cor de pele, local de moradia ou gênero.
 
            O Coletivo Lenin esteve presente do início ao fim do ato, pois concordamos que a luta contra o racismo e a transfobia é não só justa, mas revolucionária. Isso acontece porque o capitalismo não pode mais existir sem a segregação de grupos da classe trabalhadora em postos de trabalhos mal pagos e sem mínimas possibilidades de luta contra os patrões. Não existe capitalismo sem preconceito e sendo assim, o preconceito racial e de gênero só terá fim com o início da libertação da classe trabalhadora e com fim do capital.
 
            Exatamente por isso, saudamos a luta de todos os companheiros e companheiras que estão sempre na luta contra a polícia assassina e contra os preconceitos divisionistas da classe trabalhadora. Que o dia de hoje e a coragem do povo trabalhador que saiu às ruas sejam a verdadeira celebração do dia da consciência negra e do combate à transfobia.
 

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