Por L. Torres
Uma recente pesquisa da Fundação Perseu Abramo (Mulheres brasileiras nos espaços público e privado) mostrou que no Brasil cinco mulheres são espancadas a cada dois minutos. Porém, as garras do machismo não se restringem apenas às mulheres. No final do ano passado isso ficou claro, quando chegou à grande mídia uma série de ataques à GLBTTs pelo país, logo após as Paradas Gays, e inciados com uma agressão a um homosexual na Av. Paulista (SP), em plena luz do dia (confira artigo de novembro sobre o assunto aqui). Hoje, mais um caso de violencia (esse contra um travesti) chegou à grande mídia (confira aqui).
Nós do Coletivo Lenin sempre damos destaque para a questão das opressões específicas em nossos materiais, pois encaramos ser impossível acabar com tal realidade dentro dos limites do capitalismo (como acreditam muitos ativistas sinceros do movimento feminista e do movimento negro, por exemplo). Nossa visão se baseia no fato de que as opressões não estão simplesmente "pairando no ar" dentro da sociedade capitalista, essas ideologias possuem bases materiais mais do que reais, que não podem ser destruídas sem que antes se destrua a ordem burguesa.
Historicamente, as classes dominantes necessitaram recorrer a esse tipo de ideologia para criar castas super-exploradas entre as classes dominadas, com o intuito de organizar a produção de forma mais "lucrativa" (isso fica muito claro no caso da escravidão no século XIX, impossível de ser separada do racismo). No capitalismo então, as opressões cumprem um duplo papel: além de criarem tais castas (que variam de país para país de acordo com a opressão dominante), elas também dividem e deixam inseguros aqueles oprimidos pelo capital, dificultando asism a organização de sua resistência. É fácil observar, por exemplo, como que, no Brasil, os trabalhadores negros recebem menos em comparação com os de outra etnias, e como são empurrados para as categorias mais frágeis em termos de direitos trabalhistas (os funcionários de emrpesas terceirizadas, por exemplo, podem ser demitidos sem a menor dificuldade caso resolvam reclamar das suas condições precárias de trabalho), além é claro de cumprirem jornadas mais longas. O mesmo ocorre com as mulheres e GLBTTs.
Assim, uma vez que as opressões às mulheres, negros e GLBTTs estão ligados à uma necessidade da burguesia de aumentar seus lucros (através da super-exploração de setores da classe trablhadora), não há como separar a luta contra as opressões da luta contra o capitalismo. Por isso dizemos que os companheiros dos "movimentos feministas" e "movimentos GLBTT" estão equivocados ao defender que os mesmos sejam abertos à membros da pequena burguesia e mesma da burguesia, encarando o problema como uma simples demanda democrática. A libertação sexual só pode ser realizada pela classe trabalhadora, através da sua luta revolucionária pelo fim da opressão econômica do capital e da burguesia. Assim, a luta contra as opressões deve ser travada prioritariamente nos próprios espaços de trabalho, através de estruturas já existentes (como os sindicatos) e outras mais dinâmicas (como comissões organizadas por local de trabalho). Além da luta contra a opressão ideológica dentro das próprias fileiras da classe trabalhadora, é fundamental que o movimento operário também organize comissões de auto-defesa em casos de ameaça de violência física a algum trabalhador, seja ele negro, mulher ou GLBTT. Nesse artigo de uma organização dos EUA, a Liga Espartaquista (SL), é dado um belo exemplo do que estamos falando. Mas além da conscientização e da organziação das auto-defesas quando necessário, o papel fundamental que o movimento operário pode cumprir, mas esses "movimentos amplos" não, é o de levantar demandas que ataquem as bases materiais da opressão, como exigir salário igual para trabalho igual, nivelado a partir dos mais altos. Essa, por exemplo, é uma demanda que um movimento que conte com empresários em suas fileiras jamais poderá defender, já que significa um ataque direto aos lucros dos patrões.
E como a super-exploração desses setores pela burguesia é algo central para a continuação do funcionamento capitalista, dizemos que eles possuem um papel estratégico na luta pelo socialismo. É daí que tiramos nossa palavra de ordem de "Por um partido revolucionário com maioria de negros e mulheres", porque uma organização que não seja capaz de reunir os setores mais explorados pelo capital, não será capaz de levar à frente seu programa revolucionário, que será então apenas uma folha de papel sem significado.
Por último, é importante lembrar que o fim do capitalismo não significará o fim imediato das opressões. Suas raízes históricas são fortes a ponto de mantê-las existindo durante muito tempo, porém o fim de suas bases materiais reduz a questão à uma luta pela conscientização dos trabalhadores, apenas, e não mais uma luta estrturual contra um sistema inteiro. Pela libertação sexual das mulheres e GLBTTs! Pela revolução socialista!
en vez de ficar de viadagen divulguem coisas como esta que tem mais importancia social suas bichas imundas
ResponderExcluirhttp://mepr.org.br/noticias/nacional/657-mais-um-operario-atravessado-por-vergalhao-no-rj-retrato-das-condicoes-de-trabalho-e-do-massacre-.html
e isso que vcs bichas querem um munndo imundo de crimes seus nogentos
ResponderExcluirhttp://mepr.org.br/jep/40-jep-12/415-guerra-popular-viva-a-india-revolucionaria.html
ResponderExcluirchupa esta bpica
http://mepr.org.br/jep/40-jep-12/415-guerra-popular-viva-a-india-revolucionaria.html
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ResponderExcluirGUERRA POPULAR - VIVA A ÍNDIA REVOLUCIONÁRIA
JEP 12
A Índia é um país localizado na Ásia Meridional (faz fronteira com Paquistão, China, Nepal...) e comporta a segunda maior população mundial, com mais de 1,1 bilhão de pessoas.
Sua independência foi decretada oficialmente em 1947, mas na verdade, este período do pós-II Guerra Mundial representou apenas a passagem de sua condição de colônia inglesa à de semi-colônia.
Por isto mesmo, os problemas mais elementares do povo nunca foram resolvidos. As massas continuaram submetidas ao feudal sistema de castas, recebendo salários de fome e amargando as mais perversas mazelas sociais. Segundo dados oficiais: 27,5% da população total vive abaixo da linha da pobreza; quase 50% das crianças com menos de 5 anos são subnutridas; 34,9% da população acima de 15 anos é analfabeta; 69% da população não conta com saneamento básico; 33% das casas não têm energia elétrica.
Salta aos olhos, do exposto acima, a similaridade entre esse imenso país Asiático com o Brasil, gigante da América Latina. Similaridade essa diametralmente oposta, naturalmente, àquela apontada pelos monopólios de imprensa que os identifica como “emergentes”, ou até mesmo “potências do século XXI”, etc. Na realidade, as semelhanças repousam na condição semifeudal e semicolonial de suas economias, no seu desenvolvimento nacional calcado em um capitalismo burocrático, ou seja, apoiado no monopólio da terra e na dominação imperialista e em todo tipo de retrógradas relações de produção (o que na Índia, com a manutenção do regime de castas, fica ainda mais evidente). É notória também a completa ausência de democracia para as massas populares, democracia essa que somente pode ser conquistada através da Revolução de Nova Democracia, ininterrupta ao socialismo, dirigida pelo proletariado, através do seu Partido Comunista.
E é precisamente a existência desse Partid
E é precisamente a existência desse Partido, que dirige a invencível Guerra Popular há quatro décadas, o que tem permitido os avanços em todos os aspectos da vida do povo indiano, naquelas bases de apoio em que nasce um novo poder. Desde a alfabetização universal, passando pela abolição do anacrônico regime de castas, a expropriação dos latifundiários e distribuição das terras aos camponeses, a defesa dos direitos dos povos tribais, todas essas são conquistas do processo revolucionário. E sabemos que esse caminho trilhado atualmente pelo povo indiano é o único caminho possível para os povos se libertarem.
ResponderExcluirO Partido Comunista e o Levante de Naxalbari
O proletariado indiano conformou seu partido de vanguarda em 1925, sob impacto da Revolução Russa, que triunfara 8 anos antes, e em meio às lutas de libertação nacional que sacudiam a Índia.
Ao longo dos trinta anos seguintes o PCI participou crescentemente da vida política da Índia mergulhada nos conflitos da luta de libertação do domínio colonial inglês, propugnando o caminho revolucionário que pudesse conquistar a verdadeira independência nacional. Em meados da década de 1950 todo o movimento comunista internacional começava a viver um cenário bastante complexo impactado pelos resultados do 20º Congresso do PCUS, em 1956, que desencadeara a restauração capitalista naquele país. Este acontecimento provocou a mais contundente luta de duas linhas nas fileiras do movimento comunista ao nível mundial. Esta luta contra o revisionismo moderno foi vanguardeada pelo Partido Comunista da China, dirigido firmemente pelo Presidente Mao Tsetung. A defesa da linha proletária pelo PCCh repercutiu nos partidos comunistas de todo o mundo.
Na Índia esta luta ideológica teve seu maior expoente com a formação de uma fração à esquerda liderada por Charu Mazumdar, que promoveu uma justa ruptura no Partido e levou a cabo a reconstituição do Partido Comunista da Índia (Marxista-Leninista) – PCI (ML). Mazumdar e os demais autênticos comunistas indianos declararam que a direção do partido havia “traído a causa da revolução indiana, escolhendo o caminho do parlamentarismo e a colaboração de classes”, daí a inevitabilidade da cisão para impulsionar a revolução na Índia pela via da luta armada, sob forma de Guerra Popular Prolongada.
Ele tomou partido das posições defendidas por Mao Tsetung e, em contraposição às orientações do PCUS revisionista, formulou
Levante Popular em Lalgarh
ResponderExcluirA região de Lalgarh fica localizada no estado de Bengala Ocidental e foi sacudida em novembro de 2008, após a brutal repressão desencadeada pelo Estado contra as massas pobres. A ação sanguinolenta do Estado se deu em resposta ao ataque do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação, dirigido pelo PCI (M), que tentou aniquilar o ministro-chefe do estado. A ação ocorreu, com explosões de minas terrestres, no momento que este voltava da inauguração de uma usina siderúrgica em terras tribais – empreendimento amplamente rejeitado pelas massas de adivasis.
Os revisionistas do PCI (Marxista), que há anos governam Bengala Ocidental, do qual faz parte o distrito Lalgarh, capitanearam uma repressão ilimitada aos camponeses da região com prisões arbitrárias, torturas, desaparecimentos forçados e assassinatos. Contra a violência do Estado os povos tribais se levantaram em fúria numa onda de protestos e enfrentamentos com as forças do Estado que se alastrou também por outras zonas – no fim de novembro mais de 400 aldeias já participavam dos protestos. Tanto que no dia 1º de dezembro de 2008 cercaram a sede do partido revisionista incendiando-a e destruindo-a. Ação que levou os revisionistas do Pecedobê aqui a “condenar”, compartilhando os crimes e o medo das massas, comuns a todos os traidores e renegados.
Em meio a este processo foi formado o Comitê Popular Contra as Atrocidades Policiais que formulou uma Carta com 13 reivindicações, entre elas, a anulação de falsas acusações respondidas por pessoas do povo desde 1998; a indenização das vítimas da violência policial; e o pedido de desculpas do ministro-chefe pela brutalidade dos seus agentes policiais.
Em 27 de novembro de 2008 o governo teve que ceder à pressão do Comitê Popular e retirou seus 13 acampamentos policiais que ficavam instalados nas escolas e impediam os estudantes de terem aulas.
Em 7 de dezembro foi feito um acordo contemplando 10 pontos do Comitê Popular que garantiu o pagamento de despesas médicas aos camponeses feridos, a retirada das acusações contra manifestantes e a libertação de estudantes detidos durante os protestos.
Mesmo depois deste acordo os meses seguintes foram de muita mobilização e protestos populares. Vários intelectuais indianos declararam seu apoio ao movimento popular e também o movimento estudantil, secundarista e universitário, se somou nas manifestações de rua e na solidariedade aos adivasis.
mepr@mepr.org.br
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vem para o debate suas bichas
ResponderExcluirEsperamos que os companheiros do MEPR se expliquem sobre a atitude desse idiota racista e homofóbico (a gente apagou alguns comentários mais pesados, mas podemos reativar se vocês quiserem)!
As nossas divergências com o MEPR são em termos de programa e estratégia, não cabe nelas esse tipo de atitude fascista mal-disfarçada pelo rótulo do MEPR (que a gente duvida muito que se responsabilize pelas merdas que esse cara faz).
Deixo claro que essas mensagens de "STALINMURALHA ANTI TROTIKISBICHA" não são de um militante do MEPR, e sim de um provocador que se passa por militante do MEPR para caluniar a organização. Um provocador!
ResponderExcluirO MEPR é um movimento que se coloca contra todos os tipos de preconceito/discriminação. Qualquer pessoa pode participar, independente de opção sexual, religiosa, etc.
ResponderExcluirObrigado, companheiros do MEPR
A gente já imaginava que esse cara é realmente um provocador. As diferenças políticas entre o MEPR e o Coletivo Lênin são políticas, e devem ser debatidas politicamente, entre nossas organizações, que fazem parte do movimento dos trabalhadores. E isso não tem nada a ver com esse tipo de provocação fascista!