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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Repressão policial no Dia Nacional de Lutas no Rio

Aqui no Rio de Janeiro, não aconteceram grandes greves, como em outras cidades, o que realmente parou foi parte do setor público (professores estaduais, universidades etc). A responsabilidade é das centrais e dos sindicatos, principalmente do ramo dos transportes, que voltaram atrás e desmarcaram as atividades que estavam planejando. 

Para nós, a explicação desse boicote é a seguinte: o Rio é a cidade mais afetada pelos megaeventos e, aqui, as mobilizações foram as mais radicalizadas, chegando ao auge da ocupação da ALERJ no dia 17/06. Por isso, os pelegos da CUT, CTB, Força Sindical, NCST etc acharam melhor não fazer uma greve que poderia sair do controle deles. 

Mesmo assim, o ato no final da tarde foi muito importante, contanto com cerca de 10 a 15 mil pessoas. Isso confirma uma tendência ao ascenso, desde que as mobilizações derrotaram os aumentos e a direita deixou de tentar influenciar as manifestações. 

Por isso, o ato teve a participação principal dos trabalhadores organizados nos sindicatos, com as palavras de ordem da esquerda, pela desmilitarização da polícia, pela estatização do sistema de transportes, contra as chacinas nas comunidades e as remoções. 

Mais uma vez, a polícia racista de Sérgio Cabral atacou essa manifestação, se colocando contra o movimento organizado dos trabalhadores. Quase no final da Av. Rio Branco, por causa de algum incidente envolvendo o Black Block, provavelmente com algum infiltrado policial lá dentro, começou a porradaria, que se estendeu até o final da passeata. 

Os pelegos da direção da CUT (PT e PCdoB) resolveram encerrar a manifestação. Pra piorar, ainda repetiram o discurso da Rede Globo, chamando os manifestantes que estavam resistindo de "vândalos e baderneiros e arruaceiros". Inclusive, a DS, da """esquerda""" do PT, depois chegou a exigir que a ABIN investigue o Black Block (!!!), mostrando o seu caráter de corrente traidora.

Depois da dispersão do ato, uma coluna de mais ou menos mil pessoas seguiu até o Palácio Guanabara, enfrentando uma repressão policial absurda, com direito até a Caveirão e canhão de água (os manifestantes fizeram uma paródia da música do Olodum: "tá com sede?/ bebeu água?/ olha olha olha a água mineral/ no cu do Cabral/ você vai ficar legal!").

Mesmo assim, não tem um dia no Rio de Janeiro mais sem alguma manifestação. No sábado, foi a vez do ato/escracho/zoação no casamento de Beatriz Perissé Barata, neta de Jacob Barata, dono de empresa de ônibus. Deve ter sido o ato mais engraçado da história, sob a revolucionária palavra de ordem "Pego ônibus lotado, me dá um bem-casado!"

Estamos felizes de nem ser mais possível acompanhar tantas manifestações que estão acontecendo. O próximos passos que vamos dar, e que convidamos todxs a participarem com a gente, vão ser 

1) Reunião da Plenária Contra o Aumento, no IFCS, na terça-feira às 18h. O primeiro ponto de pauta vai ser sobre a organização do Fórum, e estamos defendendo uma proposta com os companheiros da Oposição Operária, de organizar o Fórum nos locais de moradia, trabalho e estudo, com caráter permanente.

2) Preparar na UFRJ e na categoria bancária (onde estamos atuando) o novo Dia Nacional de Lutas, que vai ser em 30 de agosto. Dessa vez, temos que garantir assembleias no máximo de sindicatos, pra organizar a luta. Não vamos deixar os pelegos impedirem a gente de fazer uma greve geral na cidade.

6 comentários:

  1. A pelegada do PCdoB fez mais do que só repetir o discurso da globo, os caras tentaram entregar um militante pra PM (o PSTU Baixada até soltou uma nota denunciando) e desceram o sarrafo em qlqr um que tivesse com o rosto coberto.

    Aqui tem a nota do PSTU:
    http://pstubaixada.blogspot.com.br/2013/07/quem-reprime-e-policia.html

    E aqui uma denúncia de um dos que foram agredidos por gente do PCdoB / CTB (sob o "argumento" de que era anarquista!):
    https://www.facebook.com/photo.php?fbid=512756745459915&set=a.492761707459419.1073741827.100001767825754&type=1&theater

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  2. O PSTU fez a autocrítica sobre a criminalização aos anarquistas, que igualou com neonazistas?

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  3. São filhas da puta como esses da DS/PT que apoiaram, diretamente ou não, o golpe militar... Ainda aplaudem a ABIN. Depois a gente diz não saber daonde vem o fascismo. Traição? Não, é coerência de sindicaleiro biônico. É inimigo de classe mesmo.

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  4. e o PSTU irresponsável faz uma nota semanas antes, que dá coro à onda de criminalização do Black Bloc, desde a criminalização aos anarquistas à passividade política diante do enfrentamento. Teria dó ou acharia graça se não fosse tão trágico...

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  5. Essa denúncias sobre a violência contra os anarquistas são importantes, e faltaram mesmo no nosso artigo.

    Quanto ao PSTU, ele fez uma autocrítica sobre a criminalização dos anarquistas (vamos ver se é só da boca pra fora...):

    http://www.pstu.org.br/node/19514

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  6. Só uma retificação - o PSTU não criminalizou os anarquistas, mas denunciou ataques feitos por eles a um membro do PSTU. A questão é que o PSTU os criticou, generalizando. Daí a autocrítica.
    Os anarquistas não coadunam com esse tipo de postura, o de arrancar bandeiras de partidos ou de centrais sindicais nas manifestações. Essa atitude foi de algum grupo anarquista isolado.

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