Na
nossa declaração do dia 21/06/2013, ao analisar a guinada de direita nas
manifestações, cometemos um erro sério, que afetou toda a declaração:
nós falamos como se um golpe contra o governo do PT fosse iminente.
Obviamente, foi uma caracterização impressionista (ou seja, baseada nas impressões causadas pelo ato de quinta, dia 20/06/2013,
mas sem
base numa análise concreta da realidade). A burguesia brasileira não
descarta a possibilidade de um golpe, por causa das suas diferenças com o
PT, que se enraízam na base social do partido. Negamos a tese,
defendida pelo PSTU, de que não existem diferenças sociais e políticas
entre o PT e a direita tradicional. Essa tese leva à política
oportunista, defendida pelo PSTU, de apoiar todo e qualquer movimento
contra o PT, já que nada poderia ser pior que o governo.
Porém, na
conjuntura atual, a hipótese de golpe é remota, pois
não é defendida pela grande maioria da burguesia brasileira, que tem
privilegiado a tática de arrancar concessões do PT (até porque o PT cede
todas as vezes em que é pressionado pela burguesia tradicional, como
com a isenção de impostos para as empresas para bancar a anulação do
aumento, obras multimilionárias para a copa e olimpíadas, remoções para
aumentar a especulação imobiliária, etc.).
P.S.: O Coletivo Lenin já havia mencionado em outras postagens o erro explicado na nota acima, mas por conta da grande demanda dos atos e outros movimentos que ocorreram nas últimas semanas, somada a algumas dificuldades de organização interna, não conseguimos publicar a nota acima mais cedo. Pedimos desculpas ao leitores e agradecemos a compreensão.
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