QUEM SOMOS NÓS

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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

domingo, 28 de julho de 2013

Autocrítica sobre a avaliação de golpe iminente (21/06/2013)

Na nossa declaração do dia 21/06/2013, ao analisar a guinada de direita nas manifestações, cometemos um erro sério, que afetou toda a declaração: nós falamos como se um golpe contra o governo do PT fosse iminente.

Obviamente, foi uma caracterização impressionista (ou seja, baseada nas impressões causadas pelo ato de quinta, dia 20/06/2013, mas sem base numa análise concreta da realidade). A burguesia brasileira não descarta a possibilidade de um golpe, por causa das suas diferenças com o PT, que se enraízam na base social do partido. Negamos a tese, defendida pelo PSTU, de que não existem diferenças sociais e políticas entre o PT e a direita tradicional. Essa tese leva à política oportunista, defendida pelo PSTU, de apoiar todo e qualquer movimento contra o PT, já que nada poderia ser pior que o governo.
 
Porém, na conjuntura atual, a hipótese de golpe é remota, pois não é defendida pela grande maioria da burguesia brasileira, que tem privilegiado a tática de arrancar concessões do PT (até porque o PT cede todas as vezes em que é pressionado pela burguesia tradicional, como com a isenção de impostos para as empresas para bancar a anulação do aumento, obras multimilionárias para a copa e olimpíadas, remoções para aumentar a especulação imobiliária, etc.). 

O golpe só se tornaria a tática dos setores hegemônicos da burguesia caso fosse preciso derrotar o movimento de massas, na situação em que houvesse um ascenso generalizado de lutas, com uma política claramente de esquerda, No entanto, atualmente, isto não é o caso.

P.S.: O Coletivo Lenin já havia mencionado em outras postagens o erro explicado na nota acima, mas por conta da grande demanda dos atos e outros movimentos que ocorreram nas últimas semanas, somada a algumas dificuldades de organização interna, não conseguimos publicar a nota acima mais cedo. Pedimos desculpas ao leitores e agradecemos a compreensão.

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