QUEM SOMOS NÓS

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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Solidariedade com os moradores do Pinheirinho!



Nós estamos sobrecarregados com as atividades do movimento contra o aumento das passagens. Então, não tivemos perna para fazer uma campanha de solidariedade à Ocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), que está sob ameaça de despejo.


O Pinheirinho é uma das maiores ocupações da América Latina, com cerca de 9 mil pessoas. Foi feita em 2004, na mesma época que foi feita a Chiquinha Gonzaga, aqui no Rio, e o exemplo do Pinheirinho foi uma inspiração para muita gente da Chiquinha, na época.

Existe uma ameaça real de reintegração de posse a qualquer momento. A prefeitura anunciou um "Protocolo de Intenções", ontem. Os moradores precisam avaliar com calma pra ver se não é uma armadilha.

Nós tentaremos mobilizar a FIST com todas nossas forças para mais essa campanha de solidariedade do movimento sem-teto.  


Links:

"Porque querem esmagar o Pinheirinho", no site do PSTU (o PSTU é a corrente que dirige o Pinheirinho):


http://pstu.org.br/movimento_materia.asp?id=13783&ida=2


"Preparados para o confronto, moradores do Pinheirinho se armam", sobre a lindíssima autodefesa que os moradores estão organizando:

http://www.vnews.com.br/noticia.php?id=112044


"Moradores do Pinheirinho protestam no Paço Municipal de novo", sobre os protestos apoiados pela CSP-CONLUTAS e outros sindicatos:

http://www.vnews.com.br/noticia.php?id=111804
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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Para onde vai a União Européia?

As mobilizações dos trabalhadores varreram a Europa em 2010 e 2011. Porém, por falta de uma alternativa política que fosse considerada viável pela grande massa, elas não levaram a vitórias permanentes.

Na Itália, a queda de Berlusconi gerou o governo de transição de Mário Monti. Na Grécia, depois da renúncia de Papandreou, assumiu também um governo "técnico", imposto pela União Européia. Na Espanha, as eleições, depois do movimento dos Indignados, deram o governo à direita, o Partido Popular. Em Portugal, a direita (PSD) continua no governo.

Todos os governos europeus estão com a mesma política fiscal (ou seja, a política sobre os impostos gastos estatais), o corte nas despesas públicas (principalmente em salários), pra sobrar algum dinheiro no orçamento que possa ser usado como garantia de pagamento das dívidas com os banqueiros, inclusive os do Banco Central Europeu.

Essa é a forma que os Estados têm de compensar o aumento dos gastos durante o começo da crise mundial (2008), que serviu para impedir que a queda do consumo derrubasse mais ainda a taxa de lucro. Se a taxa de lucro caisse ainda mais, o que foi uma grande recessão poderia ter se tornado uma depressão estilo 1929!

Todos esses recursos de intervenção do Estado na economia, como aumento do crédito, subsídios (auxílio) para o consumo, compra, pelo Estado, de ações de empresas em crise, que foram formulados pela primeira vez pelo economista inglês John Keynes, na década de 1930, servem para estabilizar o capitalismo, mas sem resolver a sua contradição principal, a superprodução.

As crises de superprodução são cíclicas no capitalismo, porque o sistema não pode se manter sem uma expansão constante do mercado, ao mesmo tempo em que o crescimento da produção ultrapassa essa expansão várias vezes, criando mercadorias que o mercado não consegue absorver.

Por isso, as medidas keynesianas acabam se esgotando mais cedo ou mais tarde, obrigando a burguesia a recorrer a medidas neoliberais (cortes de salários e benefícios, privatizações etc) para conter os problemas criados pela própria intervenção estatal, principalmente a inflação e o déficit no orçamento do Estado.

Esse movimento de pêndulo torna totalmente sem sentido as exgências da esquerda reformista, que quer sempre medidas keynesianas para "distribuir a renda e gerar empregos". Depois da fase aguda da crise, manter a política keynesiana diminui o crescimento da economia, porque o Estado sugaria os lucros das empresas, que poderiam ser investidos.

Nesse ano, o resultado das medidas keynesianas do Banco Central Europeu é que os PIGS (Portugal, Itália, Grécia e Espanha, segundo a "brincadeira" xenófoba em inglês) se endividaram até o pescoço para manter o nível de consumo, e agora estão cortando o que podem - principalmente na folha de pagamentos. Todos esses governos têm o mesmo objetivo: salvar a qualquer custo o Euro, que é o único caminho para que o imperialismo europeu tenha influência real sobre o mundo.


O papel da União Europeia

A construção da União Europeia é um processo de várias décadas, que começou em 1951, com a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, para coordenar a produção dessas mercadorias. Ela se transformou em 1957 na Comunidade Econômica Europeia, que aboliu as tarifas de importação entre os seis países-membros.

Ao mesmo tempo, a Europa começou a se fortalecer diante da crise di imperialismo americano. E ficou claro que os países europeu não tinham como fazer frente aos EUA isolados. Por isso, a partir dos anos 1990 foram tomadas medidas para avançar na unificação dos países, sem chegar a criar um Estado multinacional, ou seja "Estados Unidos (capitalistas) da Europa".

As medidas principais foram o Tratado de Maastricht, em 1992, que criou o Euro e formalizou a União Europeia. E o Tratado de Lisboa, de 2007, que é uma espécie de constituição, estabelecendo várias normas para unificar a legislação e a política econômica dos países-membros, o que inclui uma série de ataques aos direitos sociais dos países onde havia mais conquistas. Hoje, a UE tem 27 países-membros.

Dentro do capitalismo, a concorrência impede que as burguesias nacionais europeias se unifiquem completamente dentro de um Estado. Por isso, a União Europeia sempre teve uma estrutura "incompleta", e vai continuar a ter, a não ser que mudanças drásticas (guerras, catástrofes) façam um dos países ter hegemonia total no continente.

O capitalismo entrou há mais de cem anos na época imperialista, onde blocos de países concorrem e guerreiam pelo controle do mundo. A União Europeia é um bloco concorrente aos EUA e às tentativas de criar um bloco asiático, em torno do Japão ou da China. Mas ainda não tem poder militar e econômico suficientes para tentar uma nova redivisão do mundo. E a Rússia e a China, países subimperialistas (associados ao imperialismo, mas com laços de dependência a ele), têm menos condições ainda - por enquanto! O que não quer dizer que não existem chances de guerras regionais muito destrutivas. Agora mesmo, as tensões entre Israel e Irã podem levar a uma guerra no Oriente Médio com armas nucleares, nos próximos meses. Mais uma vez, repetimos as palavras de Engels: É socialismo ou barbárie!  


A crise do Euro e as saídas possíveis


Depois de fazer essa retrospectiva, chegamos ao assunto da crise do Euro. Bem, um dos passos mais importantes para uma unificação econômica é ter uma moeda comum entre os países. Sem isso, qualquer política econômica pode ser afetada ou revertida se um dos governos fizer o contrário.

Mas criar uma moeda não é tão simples É preciso uma coordenação mínima das economias dos países. Por isso, o Tratado de Lisboa, de 2007, teve que complementar o de Maastricht. Hoje, a grande crise da União Européia é o dilema entre gastar dinheiro com os países em crise, ou não gastar e ameaçar a estabilidade do Euro. O fim do Euro faria a unificação da Europa regredir (do ponto de vista da classe dominante) 20 anos.

A classe dominante da Alemanha, que é a maior potência do bloco, está querendo fazer o mínimo possível pra "se esforçar" ajudando o empresariado da Grécia. O resultado de tanta muquiranagem e miserinha é que o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF), criado em 2010 para emprestar até 440 bilhões de Euros para os países em crise, e que já atendeu à Irlanda, Portugal e Grécia, ainda não conseguiu impedir a extensão da crise.

Mais ainda, os empréstimos do EFSF cobram juros altos dos países devedores, para pagar os que estão colocando dinheiro nele, e são vinculado a várias medidas que os países devedores precisam tomar, acabando com a sua autodeterminação na gestão da própria economia.

O maior perigo é a crise se expandir para  a Itália e a Espanha, que são muito maiores que os países afetados até agora. Aí, seria literalmente um poço sem Fundo! Nesse cenário, existiria um risco real do Euro acabar. Mas, como vimos, toda a política da buruguesia imperialista europeia é para salvar o Euro, e impedir o retrocesso que seria para eles.


Qual deve ser a alternativa dos trabalhadores?

As burguesias imperialistas do continente sabem muito bem qual é a saída para se manterem no poder. Por isso, têm defendido a União Europeia com todas as forças.

Mas, dentro do movimento dos trabalhadores, quem faz esse papel são os partidos socialdemocratas. Desde a destruição da URSS, a própria ideia de que é possível uma sociedade socialista foi desacreditada dentro do movimento. As direções majoritárias passaram a defender que o máximo possível é lutar por melhorias dentro do sistema, e que qualquer coisa além disso fracassaria como o stalinismo fracassou. A socialdemocracia, como agente do imperialismo no movimento, defende e votou a favor dos tratados que criaram a UE.

Os partidos stalinistas foram praticamente todos destruídos desde a década de 1990. Os poucos que ainda têm alguma importância, como os da Grécia e Portugal, são violentamente contra a União Europeia e pela saída do Euro. Mas fazem isso porque defendem o retorno às moedas e governos nacionais.

Esse também é o caso da corrente lambertista, que se reivindica trotskista (a seção deles no Brasil é a corrente petista O Trabalho, mas eles também têm uma corrente de milhares de militantes na França, o CCI/POI, e grupos com uma pequena influência na Espanha, Alemanha e Inglaterra, sempre dentro dos partidos socialdemocratas). Para entender melhor as nossas críticas a eles, leia A Tragédia do Lambertismo, no nosso blog.

Além de isso significar uma "volta ao passado" que é impossível, essa política está dentro da linha de colaboração de classes do stalinismo, que defende nesse caso um programa de frente popular com os nacionalistas burgueses. Muitas vezes, essa proposta é defendida por partidos de extrema-direita, como a Frente Nacional francesa, e o Partido Nacional Britânico.

A única saída para a contradições da União europeia é para a frente! Um dos poucos aspectos progressivos da unificação é que ela permite uma internacionalização das lutas muito mais direta. Os trabalhadores, que estão resistindo com greves gerais e ações radicalizadas, precisam de uma proposta de poder. Essa proposta, para corresponder aos seus interesses, só pode ser os Estados Unidos Socialistas da Europa, uma federação de todos os povos e minorias nacionais (bascos, bretões, catalães, árabes etc), governada pelos trabalhadores a partir de suas organizações de luta.



Como palavras de ordem socialistas nesses processos de luta, os trabalhadores podem generalizar algumas propostas que já têm sido feitas pelas alas mais radicais do movimento. Por exemplo, defender

- a coordenação das greves gerais em escala continental,
- a redução da jornada de trabalho até acabar o desemprego,
- o controle das empresas falidas pelos trabalhadores
- e todos os direitos de cidadania para os imigrantes.

É impossível vencer sem organização. Além de seus sindicatos, centrais, organizações estudantis e de massas em geral, é preciso de partidos independentes da burguesia para organizar a luta política.

E aí é que está o maior problema dos movimentos atuais. Como já falamos, o caso da eleição da direita na Espanha mostra a idiotice do apartidarismo de movimentos como o dos Indignados.

Mas esse não é o único problema. A solução mais aceita na esquerda europeia é a formação de partidos anticapitalistas, que juntem todas as correntes à esquerda da socialdemocracia. Esses partidos não têm uma definição estratégica rígida a favor do reformismo ou da revolução.

O maior exemplo deles é o NPA (Novo Partido Anticapitalista) na França, mas também existem outros, como o Bloco de Esquerda português (bem mais à direita, parece até a DS!), o Partido de Esquerda alemão, a Aliança Vermelha e Verde dinamarquesa (que apoia o governo socialdemocrata) e a Syriza (Coalizão da Esquerda Radical) grega.

A maior corrente que luta para construir esse tipo de partidos é o SU (Secretariado Unificado da Quarta Internacional), que representou a unificação de quase todos os trotskistas na década de 1960. Desde o começo, o SU, ao mesmo tempo em que fez muitas contribuições políticas importantes (como a análise do capitalismo no pós-guerra), defendeu várias concepções oportunistas. A maior delas era a de que  castrismo é uma corrente revolucionária, apesar do PC cubano nunca ter permitido uma verdadeira democracia socialista em Cuba e várias vezes ter recuado diante do imperialismo. Para o SU, seria correto criar partidos com essas correntes.

A partir dos anos 1980, o SU sofreu o reflexo das várias derrotas que aconteceram na década (Irã, Polônia, Inglaterra etc), e passou a defender uma concepção de partido completamente liquidacionista. Já não queria unificar todas as correntes que considerava revolucionárias, e sim colocar no mesmo partido os reformistas de esquerda e os revolucionários. Por isso, por exemplo, a seção brasileira do SU, a DS, dizia que o PT era o partido que poderia fazer a revolução no Brasil, apesar de ter setores reformistas, como a Articulação.

A política dos partidos anticapitalistas é uma nova versão da mesma proposta do SU. Mas o problema, como vimos no exemplo do PT, é que os reformistas empurram esses partidos cada vez mais para a direita, e para a estratégia eleitoralista deles. É o caso, por exemplo, do NPA, que está gastando a maior parte da sua energia agora discutindo quais serão as suas alianças na eleição francesa desse ano.

Além disso, a pressão do reformismo acaba se refletindo até nas correntes dos partidos anticapitalistas que se consideram revolucionárias. Atualmente, por exemplo, o SU tem defendido a palavra de ordem de "Uma Europa Social", ou seja, de que é possível reformar a União europeia para ela aceitar as reivindicações dos povos.

Por isso, defendemos um partido formado sim por várias tendências, porque existe uma fragmentação muito grande da esquerda revolucionária, mas centralizado (leninista), em que todas as tendências sejam revolucionárias. Ou seja, que todas elas priorizem a luta direta, que rejeitem qualquer teoria de revolução por etapas, que defendam a destruição do estado burguês e sua substituição por um governo direto dos trabalhadores e sejam contra a restauração do poder da burguesia em Cuba e na Coreia do Norte.

Existem algumas correntes na Europa que estão lutando para construir partidos assim, algumas deles fazendo entrismo dentro dos partidos anticapitalistas, com o objetivo de ganhar militantes para a política revolucionária. Desejamos discutir com essas correntes, na perspectiva de criar organizações revolucionárias que estejam na luta por uma nova Internacional Comunista Revolucionária.
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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Catracaço contra o aumento das passagens!

Como nós tínhamos divulgado, aconteceu hoje uma reunião do movimento contra o aumento das passagens, no Rio de Janeiro. Logo depois, teve um ato, o "catracaço", em que os manifestantes pularam as roletas dos ônibus pra protestar e dialogar com a população. Mais uma vez, a população apoiou o ato, porque está revoltada com o aumento das passagens e o preço abusivo de tudo na cidade, por causa da especulação com a Copa e as Olimpíadas.

A quantidade de gente foi um pouco menor do que na quinta-feira passada, foram mais ou menos 100 pessoas. Mas esse problema pode ser revertido porque foi votado um CALENDÁRIO DE LUTAS.

A proposta é que a gente tente construir atos semanais na Candelária nas quartas-feiras,porém começando nessa sexta o primeiro ato, seguidos de reuniões para avaliação nas segundas-feiras.


Ato violento ou pacífico, uma falsa polêmica criada pra rachar o movimento

Infelizmente, a unidade entre todas as correntes que nos estusiasmou tanto no ato passado já acabou! O PCdoB (que fez campanha para Eduardo Paes e Sérgio Cabral), o PSOL, o PCB e o PSTU inventaram um debate totalmente tendencioso.

Eles queriam votar na reunião que todos os atos seriam pacíficos. Diziam que isso era pra evitar que correntes como o MEPR (Movimento Estudantil Popular Revolucionário, maoísta) fizessem ações diretas isoladas nas passeatas. Felizmente, eles perderam a votação, e tiveram que discutir o que realmente importa, o calendário de lutas!

Nós já criticamos o MEPR e outros grupos e indivíduos algumas vezes por algumas ações radicalizadas que foram isoladas da base que estava se manifestando. Como não havia preparo nem consciência de que ia acontecer uma ação radicalizada, isso acabou levando os atos à dispersão e a serem presas fáceis da polícia. Não vamos nem dar exemplos, por uma questão de segurança, porque este não é o melhor espaço para fazer esse tipo de crítica, já que pode ser lido por qualquer um.

 Mas seria ridículo ser contra toda a violência em manifestações. Quando a base já espera um enfrentamento, e o comando se organiza para isso, a violência é um meio válido para atingir os objetivos do ato. Por exemplo, foi o caso do ato contra a privatização da Telebrás, em 1998, quando os manifestantes tentaram inviabilizar o leilão. Ou o ato contra o Vestibular na greve de 2001 na UFRJ, para impedir a realização da prova. Ou quando o MLST (Movimento pela Libertação dos Sem-Terra) depredou o Congresso em 2006, exigindo ser recebido pelo governo. Esses são apenas três exemplos de que um ato de massas pode usar a violência de forma inteligente.

Mas o PCdoB governista, o PSOL, o PCB e o PSTU condenam a violência em praticamente qualquer caso. Eles têm alguns motivos diferentes para isso (por exemplo, o PSOL pra não se "queimar" como partido legal e parlamentar, o PSTU para não perder o seu apoio na burocracia sindical, e o PCB pra não "ficar mal" com o PSOL), mas todos os motivos têm a mesma base: eles têm ilusões graves sobre o papel do Estado burguês. Apesar de falarem o contrário, não entendem na prática que o Estado é um mecanismo de dominação de classe e repressão, o que qualquer morador das periferias sabe. Eles sempre acham que vão conseguir "fazer pressão" para que o Estado cumpra as suas promessas de direito à manifestação.

Por isso, não adianta só rejeitar a proposta desses partidos, que querem antes dos atos decidir que eles não vão ser radicalizados. Temos que entender que essa proposta serve para aplicar uma política: romper a frente única, e rachar o movimento contra o aumento das passagens. O objetivo do PCdoB, PSOL, PCB e PSTU é expulsar os setores mais radicais (MEPR, os anarquistas e o CL) para transformar os atos em um palanque para as próximas eleições parlamentares e estudantis!

Ao contrário, devemos manter todos os setores no movimento, e o nível de violência a ser usado deve ser definido por um comando eleito e revogável para as manifestações, baseado nas condições concretas de cada caso.


Ficamos devendo as fotos e vídeos

Nós ainda não vamos postar os vídeos e fotos porque ainda temos que desfocar os rostos dos manifestantes, já que esse ato foi mais radicalizados e publicar isso pode atrair a repressão. Nós identificamos na reunião um P2 que costuma seguir o movimento há algum tempo!

Mas quando fizermos isso, vamos postar tudo no nosso perfil do facebook!
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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Manifestação contra o aumento das passagens no Rio! Reunião dia 09/01 às 16h na Candelária!


Hoje (dia 04/01) aconteceu uma manifestação de 200 pessoas contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro. Elas passaram de R$ 2,50 para R$ 2,75. A passeata saiu da Candelária e foi até a Central do Brasil, cantando várias palavras de ordem ("Não tenho carro/ E o ônibus tá caro!", "Da Copa do Mundo eu abro mão/ Quero o dinheiro em transporte e educação", "O meu dinheiro não é capim/ Eu quero passe livre sim"). A grande maioria da população aprovou o ato, e chegou a aplaudir em alguns momentos.


Para um ato na primeira semana do ano, nas férias escolares, e convocado pela Internet dois dias antes (!!!), o número de manifestantes foi uma vitória. E muito mais, é o prenúncio de muitas lutas que vêm por aí durante o ano, conforme a crise mundial vai aumentando os seus efeitos no Brasil.

Participaram vários partidos, movimentos e entidades estudantis (PCdoB, MEPR, PSTU, PSOL, UBES, UNE, ANEL, LER, além dos anarquistas e de nós do CL). Foi uma verdadeira frente única, onde todos se uniram e puderam expressar as suas posições. Ou seja, não existiu aquele sectarismo contra as organizações de esquerda que tanto têm se espalhado no movimento, como conseqûência da derrota que foi o fim da URSS.  

Mais importante ainda, foi marcada uma reunião para decidir sobre os rumos do movimento contra o aumento das passagens, com possibilidade de um novo ato, na

Segunda-feira dia 09/01, às 16h, na Candelária.

Esse é o momento de aumentarmos mais ainda a mobilização, com o apoio de todos os sindicatos, entidades estudantis e demais movimentos sociais que conseguirmos trazer para essa luta! 


Abaixo está o panfleto que distribuímos durante o ato.
ATENÇÃO: Esse é o TEXTO do panfleto, se você quiser ele ilustrado e diagramado em pdf é só pedir por email que a gente manda.



Pela anulação do aumento das passagens! Derrotar a FETRANSPOR!


Aproveitando as comemorações do ano novo, foi liberado um reajuste de 10% nas passagens de ônibus. O gasto com transporte durante um mês, só da casa para o trabalho, já chega a um quinto do salário mínimo. Isso se você só pegar um ônibus na ida e um na volta!

Faz parte da preparação para a Copa e as Olimpíadas. Transformar o Rio numa cidade para turistas, onde a maioria dos moradores pobres e trabalhadores não têm espaço, é o objetivo dos governos municipal, estadual e federal.

Não podemos aceitar isso tudo calados! Com muita organização, podemos reverter o aumento das passagens. Isso já aconteceu em algumas cidades nos últimos anos, como Florianópolis, Vitória, Belém e Porto Velho. Mas sempre foram necessárias grandes manifestações e enfrentamento contra os governos.

Precisamos unir os estudantes com os trabalhadores para ir às ruas contra mais esse aumento. É preciso lutar dentro dos grêmios, sindicatos e outros movimentos sociais para criar plenárias democráticas. Só assim poderemos organizar a luta contra as empresas de ônibus da FETRANSPOR e os governos que as protegem.

Além disso, o movimento contra as empresas de ônibus deve apontar para um objetivo maior. Essa é a única maneira dele ter continuidade e atrair o conjunto dos trabalhadores. Para nós, esse objetivo deve ser a estatização do sistema de transportes, sob controle da população. Para garantir a tarifa zero, financiada por impostos sobre os lucros das grandes empresas, e investir em meios de transporte alternativos, que usem energias renováveis.
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