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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Manifestação contra o aumento das passagens no Rio! Reunião dia 09/01 às 16h na Candelária!


Hoje (dia 04/01) aconteceu uma manifestação de 200 pessoas contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro. Elas passaram de R$ 2,50 para R$ 2,75. A passeata saiu da Candelária e foi até a Central do Brasil, cantando várias palavras de ordem ("Não tenho carro/ E o ônibus tá caro!", "Da Copa do Mundo eu abro mão/ Quero o dinheiro em transporte e educação", "O meu dinheiro não é capim/ Eu quero passe livre sim"). A grande maioria da população aprovou o ato, e chegou a aplaudir em alguns momentos.


Para um ato na primeira semana do ano, nas férias escolares, e convocado pela Internet dois dias antes (!!!), o número de manifestantes foi uma vitória. E muito mais, é o prenúncio de muitas lutas que vêm por aí durante o ano, conforme a crise mundial vai aumentando os seus efeitos no Brasil.

Participaram vários partidos, movimentos e entidades estudantis (PCdoB, MEPR, PSTU, PSOL, UBES, UNE, ANEL, LER, além dos anarquistas e de nós do CL). Foi uma verdadeira frente única, onde todos se uniram e puderam expressar as suas posições. Ou seja, não existiu aquele sectarismo contra as organizações de esquerda que tanto têm se espalhado no movimento, como conseqûência da derrota que foi o fim da URSS.  

Mais importante ainda, foi marcada uma reunião para decidir sobre os rumos do movimento contra o aumento das passagens, com possibilidade de um novo ato, na

Segunda-feira dia 09/01, às 16h, na Candelária.

Esse é o momento de aumentarmos mais ainda a mobilização, com o apoio de todos os sindicatos, entidades estudantis e demais movimentos sociais que conseguirmos trazer para essa luta! 


Abaixo está o panfleto que distribuímos durante o ato.
ATENÇÃO: Esse é o TEXTO do panfleto, se você quiser ele ilustrado e diagramado em pdf é só pedir por email que a gente manda.



Pela anulação do aumento das passagens! Derrotar a FETRANSPOR!


Aproveitando as comemorações do ano novo, foi liberado um reajuste de 10% nas passagens de ônibus. O gasto com transporte durante um mês, só da casa para o trabalho, já chega a um quinto do salário mínimo. Isso se você só pegar um ônibus na ida e um na volta!

Faz parte da preparação para a Copa e as Olimpíadas. Transformar o Rio numa cidade para turistas, onde a maioria dos moradores pobres e trabalhadores não têm espaço, é o objetivo dos governos municipal, estadual e federal.

Não podemos aceitar isso tudo calados! Com muita organização, podemos reverter o aumento das passagens. Isso já aconteceu em algumas cidades nos últimos anos, como Florianópolis, Vitória, Belém e Porto Velho. Mas sempre foram necessárias grandes manifestações e enfrentamento contra os governos.

Precisamos unir os estudantes com os trabalhadores para ir às ruas contra mais esse aumento. É preciso lutar dentro dos grêmios, sindicatos e outros movimentos sociais para criar plenárias democráticas. Só assim poderemos organizar a luta contra as empresas de ônibus da FETRANSPOR e os governos que as protegem.

Além disso, o movimento contra as empresas de ônibus deve apontar para um objetivo maior. Essa é a única maneira dele ter continuidade e atrair o conjunto dos trabalhadores. Para nós, esse objetivo deve ser a estatização do sistema de transportes, sob controle da população. Para garantir a tarifa zero, financiada por impostos sobre os lucros das grandes empresas, e investir em meios de transporte alternativos, que usem energias renováveis.

14 comentários:

  1. ta errado, segunda é a reunião e não o ato. Então agora o coletivo lenin apoia as bandeiras do mov passe livre?

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  2. Oque foi tirado coletivamente no final do ato foi que segunda seria reunião, não tem ato...

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  3. Zé e Roberto, realmente a gente explicou errado o que vai acontecer na segunda. Vai ter uma reunião pra deliberar sobre o movimento, e provavelmente depois vai ter um ato. Vamos corrigir isso na postagem.

    Zé, a gente defende a estatização do sistema de transporte sob controle da população e tarifa zero desde 2006, quando surgiu o CCI. O que a gente não defende é o apartidarismo e a rejeição às entidades em nome da "horizontalidade". Tudo isso é uma forma de setores pseudoanarquistas aparelharem a luta pelo passe livre.

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  4. Aqui tem um artigo que a gente fez em 2008 sobre o movimento secundarista carioca, com as mesmas palavras de ordem sobre a questão dos transportes e da matriz energética:

    http://coletivolenin.blogspot.com/2009/04/crise-de-direcao-no-me-secundarista.html

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  5. A Juventude Marxista também está ajudando a convocar a reunião. http://juventudemarxista.blogspot.com/

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  6. R$ 2,75 é a coisa do inferno, vamos melhorar da nossa população situada em alguns dias e alguns momentos!!!!!!!

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  7. Por que não fazer logo o ato na segunda e fazer uma divulgação pelo facebook convocando toda a população a participar?? O mundo é outro, não está na hora de sermos mais objetivos e claros?? As pessoas mais carentes tem pressa, não se esqueçam disso!! É de fato necessário o intervalo de quase uma semana entre um ato e outro?? Parabéns pela iniciativa, mas gostaria que considerassem meus questionamentos e se possível que eles possam ser respondidos. Obrigado.

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  8. Antônio Henrique, a proposta de reunião na segunda foi decidida democraticamente no ato passado. Durante essa reunião, poderão ser feitas várias propostas, inclusive aproveitar a quantidade de gente reunida no local pra transformar a reunião em um novo ato na mesma hora.

    Sobre o fato de existir um intervalo e quase uma semana, além disso ter sido decidido no ato também, temos que lembrar que a grande maioria dos trabalhadores não têm disponibilidade de se manifestar várias vezes na semana. Se a gente entrar numa dinâmica assim, é provável que os atos diminuam e fiquem girando em torno de meia dúzia de pessoas que não trabalham. Mais importante que a quantidade dos atos é que eles sejam realmente de massa, com muita gente, pra poder criar impacto.

    Todos os seus questionamentos podem ser feitos na reunião de segunda. Por isso, convidamos mais uma vez você pra estar lá, onde vamos poder conversar melhor sobre tudo isso.

    Saudações Comunistas!

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  9. É muito importante a participação da Juventude Marxista, somando no ato!

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  10. CL, eu li um material em 2007 sobre os transportes, incluindo a questão aérea com a greve dos aeroviários, quando vocês participavam do comitê pró-Movimento Passe Livre, que foi abortado no mesmo ano após o andar da carruagem em que vocês e outros militantes defendiam que o MPL deveria ser dissolvido e formar um movimento maior pra tratar de "questões mais profundas da juventude trabalhadora". Eu já não concordava com essa proposta pois ali havia muitas posições divergentes para serem "ganhas" ou disputadas pra se fazer uma frente, minha opinião na época. E sem falar da falta de foco que isso teria ao não priorizar a questão do transporte público. Hoje penso diferente. Poderia existir essa frente e sem perder o foco. Mas o desenrolar dos fatos mostrou que esse foco foi perdido e nem a proposta de discutir transporte foi feita, levando a dissolução do pró-MPL. Não se trata de uma crise de corrente teórica, mas sim da formação politica dos militantes das correntes envolvidas, seja o CL, os anarquistas ou psolistas. Não houve um trabalho de fato, enfim.

    E também sempre achava que o CL considerava o "tarifa zero", proposto pelo ex-petista Lúcio Gregório(criado na gestão de Luiza Erundina do Municipio de São Paulo, quando era secretario de transportes), como um projeto reformista. Que de fato é. Mas deve ser uma bandeira de luta, por ser progressista e aplicável, claro, somente com o polêmico imposto progressivo, que não seria aplicado no Brasil nem com uma guerra civil de burgueses contra burgueses(que não aconteceria). Exatamente pela logica capitalista atual, a necessidade de valorização imediata via especulação traz a impossibilidade do capitalismo aplicar o imposto progressivo e muito menos ter um estado como promotor de politicas publicas universais. A crise do capital impõe um desafio maior, que pra aplicar a solução contra o aumento das passagens, a tarifa zero, é preciso uma mobilização geral que apoie a taxação contra os mais ricos, atingindo a mercado imobiliário e as empresas em crescimento no Brasil. Contrapor isso ao discurso de crescimento economico vai ser super-dificil, mas vale a pena o desafio. O aumento abusivo nas passagens, além dos 10 centavos (que nós, que o CL fazia parte, do extinto pró-MPL, já denunciavamos que a tendência era piorar), já dá elementos de denuncia, falta partir pra pratica.

    aqui um link sobre a tarifa zero no wikipédia, vale a pena, eu vi e gostei.
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Tarifa_Zero

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  11. Outra coisa é que o MPL bem anti-apartidário, tanto que correntes divergentes podiam ter voz, veto e voto em todas os propostas. Tanto que nos dissolvemos por ser coerentes com isso ;)

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  12. corrigindo, ERA bem anti-apartidário...o comite não existe mais

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  13. Zé, muito boa mesmo a tua análise sobre a crise do MPL no Rio de Janeiro. Enriqueceu muito a postagem. Foi bem isso o que aconteceu, sendo que, da nossa parte, teve o agravante de que a gente não teve perna pra manter a nossa intervenção lá.

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  14. Estamos organizando também uma plenária para organizar atos unificados contra o aumento da passagem, eh importante que todos convoquem seus militantes e amigos para debater a proposta e para divulgar os diferentes atos existentes. Está marcada para terça 18hs na UERJ. mais informações: http://www.facebook.com/events/414281188637593/414661951932850/?notif_t=plan_mall_activity

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