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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

CARTA DENÚNCIA elaborada pela Delegação dos profissionais de educação participantes da caravana à Brasília de 24/10/1013


Reproduzimos aqui a carta dos companheiros do SEPE, que explica todos os passos dados pela direção majoritária do sindicato (PSOL-PSTU) para trair a greve


"ATENÇÃO: CARTA DENÚNCIA elaborada pela Delegação dos profissionais de educação participantes da caravana à Brasília de 24/10/1013 distribuída ontem na Assembleia da Rede Estadual. A direção central impediu a leitura da mesma!

Pela presente, nós profissionais da educação das redes estadual e municipal do Rio de Janeiro, estabelecemos um breve histórico de ações equivocadas de parte significativa da direção do sepe central, que culminou com a rendição da nossa categoria à negociação vergonhosa imposta pela intransigência dos governos estadual e municipal e acatada, subordinadamente e arbitrariamente, pela direção do nosso sindicato.

Citamos alguns dos fatos que fundamentam nossa posição:

12/08 – REDE ESTADUAL: direção não divulgou a reunião de negociação com o Pezão. A Categoria poderia ter ido, em peso, para pressionar o governo. Os poucos companheiros que souberam da reunião foram para o palácio acabaram massacrados pela polícia (sendo que alguns ficaram bastante feridos). Enquanto isso os membros da direção ficaram atrás dos policiais. Essa ação vergonhosa, foi amplamente divulgada através do Mídia Ninja (tendo cerca de 800 visualizações ao vivo). Por fim, enquanto os companheiros da base foram expulsos pela porta da frente, os membros da direção se retiraram covardemente pelos fundos.

14/08 - REDE ESTADUAL: Assembleia no Instituto de Educação não havia som no horário estabelecido. Quando finalmente o som chegou não houve tempo para as falas de avaliação.

14/08 - REDE MUNICIPAL (Ato ao Palácio da Cidade): Assim que concluímos o trajeto do Largo do Machado ao Palácio da Cidade, a Direção deu o ato por encerrado, sem resistir no local como de praxe em todos os atos.

23/08 - REDE MUNICIPAL- Uma assembleia extraordinária foi marcada no final de um ato, já esvaziado, com o objetivo de terminar com a greve,numa tentativa de manipulação do movimento.

26/08 - REDE MUNICIPAL: Assembleia extraordinária no Terreirão do Samba: Além de estarmos em espaço cedido pela prefeitura, a Direção do SEPE estava decidida a acabar com a greve em um dos momentos do seu auge para aprovar proposta rebaixada apresentada pelo governo.

30/08 - REDE MUNICIPAL: Assembleia na Fundição Progresso - o espaço foi reservado por tempo insuficiente, obrigando a categoria a se expor em praça pública. Não havia infraestrutura necessária (sem cobertura em dia de sol quente, sem carro de som e acomodações). A metodologia da votação deixou exposta a divisão da categoria resultando em mais manipulação.

14/09 - REDE ESTADUAL: Assembleia na Alerj: a direção alugou um carro de som pequeno, incompatível com a necessidade do espaço.

01/10 – REDE ESTADUAL: Assembleia tirou ato Unificado com o Município do Largo do Machado para o Palácio Guanabara seguindo para a Cinelândia. A direção do SEPE não levou a proposta de unificação para a Assembleia do Município e no dia do Ato desmobilizou a categoria da rede estadual para ir ao Palácio Guanabara. Por fim, o ato foi do Largo do Machado à Cinelândia.

AMBAS as REDES: A direção do SEPE em momento algum teve o cuidado de verificar se os calendários propostos em Assembleia eram compatíveis. As diversas atividades simultâneas impossibilitaram tanto a Unificação das Redes quanto a
participação de professores com matrículas tanto do Município quanto no Estado.

30/09 – REDE MUNICIPAL: Os companheiros acampados na Câmara e sitiados pela polícia solicitaram apoio e ainda assim a Direção tentou manter o ato na prefeitura, abandonando os companheiros, por algum tempo, à exposição policial.

AMBAS as REDES: Por conta dos atrasos do Conselho Deliberativo, as Assembleias chegaram a ter duas horas e meia de atraso. Isso desmobiliza a categoria, tanto para ir às Assembleias quanto para se envolver no debate, valorizar as avaliações e participar até o final das discussões e votações.

AMBAS as REDES: Dos 48 diretores do SEPE Central que recebem licença sindical (ou seja, não dão aula para desenvolver as atividades do sindicato), poucos são conhecidos pela categoria. A maior parte desses diretores não está presente nas reuniões e mobilizações 15/10

AMBAS REDES: Repudiamos a negociação feita por diretores do SEPE com a Polícia, encerrando “oficialmente” o ato às 19h30, abandonando os companheiros do Ocupa Câmara (que tanto contribuíram com a ocupação dos professores) e tantos outros professores e militantes para serem presos e reforçando a fala da mídia de criminalização da legitima revolta popular que vivenciamos.

REDE MUNICIPAL: A direção Central não marcou nenhuma Assembleia extraordinária para discutir a ida a Brasília com a Rede Municipal

REDE ESTADUAL: Durante toda a Greve, a direção não produziu nenhum material mais desenvolvido sobre as questões da rede estadual.

AMBAS REDES: O site do SEPE não cumpriu seu papel de manter a categoria informada sobre todos os passos da greve. Diversas informações ou não foram para o site, ou foram com atraso. Sendo que algumas foram colocadas de forma a desmobilizar a categoria, como foi o caso do informe jurídico da liminar sobre o corte de ponto.

CARAVANA À BRASÍLIA
A direção do SEPE Central não acatou a decisão em Assembleia do Estado da participação do Comando de Greve na mesa de negociação do STF. Além disso, a categoria não pode decidir sobre quais diretores participariam da reunião, tendo sido informada apenas após a chegada em Brasília. O roteiro colocado pela direção sequer incluiu o STF no ato realizado em Brasília, ficando essa mesma direção, a todo o tempo, preocupada em deixar a categoria distante fisicamente do local da reunião. A organização dos ônibus foi feita de tal forma, que boa deles foram vazios mesmo tendo pessoas querendo ir. Os ônibus foram alugados , inclusive, para saírem de Brasília antes do termino da audiência no Supremo! Isto, impossibilitou que a categoria, que enfrentou cerca de quarenta horas de viagem e arcou com todas despesas de alimentação, pudesse receber os informes imediatamente ao término da audiência. Por fim, a negociação realizada levou em conta apenas as punições arbitradas pelos executivos estadual e municipal e não a pauta das duas redes. Por todo o exposto acima nós repudiamos a Direção Central do SEPE/RJ pela sua postura de boicote sistemático aos movimentos grevistas de 2013, principalmente aos iniciados em 8 de agosto. Apresentamos ainda como propostas: Fim do aparelhamento de partidos ou organizações realizado na administração da nossa entidade . Solução imediata dos problemas de comunicação, ou seja, solucionar a postagem/atualização do site de forma precária; não comunicação por redes sociais (como Facebook); e falta de uma publicação regular (jornal ou revista

Delegação dos profissionais de educação participantes da caravana à Brasília de 24/10/1013"
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sábado, 26 de outubro de 2013

Greve na Educação: 2013, o ano que não terminou (Denise Oliveira)


O ano de 2013 é,  para todos que estão na luta, o ano mais importante do século XXI. Ano que entrou para história, e tenho muito orgulho de estar fazendo parte dessa história.

Desde abril, o Rio de Janeiro está nas ruas, primeiro pela causa indígena- Aldeia Maracanã, a primeira grande vitória contra esse (des) governo insano do PMDBosta,  e seus (des)governador, o completamente insano, Sergio Cabral, e (des)prefeito Eduardo Paes.

Entre junho/julho outros (des)governadores e (des)prefeitos de outros estados brasileiros, resolveram aumentar as passagens dos coletivos, e aí as ruas se encheram. A (des)presidenta sofreu na pele toda a ira da população, não refém dos seus fajutos planos populistas de assistência (ou melhor) de fazer do povo seu refém eleitoral.

As manifestações de junho/julho perpassaram ao aumento de simples passagens, e passaram a cobrar por melhorias na saúde e na educação.

Em agosto, mais precisamente no dia 08, as redes estadual e municipal do RJ entraram em greve, justamente pela melhoria no sistema educacional, para cobrar desses (des) governador e prefeito mais respeito ao profissional da educação e à população, que se vê confinada a receber as piores orientações educacionais e,  assim, continuar refém de planos que de nada a fazem crescer. Logo a seguir (10/08) entrou a rede Faetec, também em greve.

À nossa greve esteve presente a truculência do estado, na figura da Polícia Militar, braço armado da repressão as insatisfações populares. Afinal, desde a República Café com Leite, que os problemas sociais, são tidos como caso de polícia. O ápice dessa violência se deu entre os dias 28/09 e 01.10. Não que não tivesse ocorrido em outros momentos, como 04 e 10.09 quando os profissionais da rede estadual respectivamente ocuparam a SEEDUC e a ALERJ, nesses dois momentos a repressão foi grande, porém a desocupação da Câmara de Vereadores e a total falta de vergonha desse governo em aprovar o Plano de Cargos e Salário da rede municipal, fizeram desses dias, algo que jamais se tinha visto numa democracia. A verdadeira face violenta do governo, na sua insanidade de passar a todo custo um projeto que irá destruir todo o futuro da juventude carioca.

Porém, como toda moeda tem duas faces, essa repressão descabida aos profissionais da educação na Av. Rio Branco, que se tornou uma praça de guerra, não saiu barato ao governador e prefeito. Estampamos as capas dos principais jornais pelo mundo a fora, e a comissão de Direitos Humanos e a OAB foram duras com toda essa violência. Mas, também a população tomou ciência do que estava acontecendo. Não estavam batendo e atirando bombas de lacrimogêneo em baderneiros mascarados. Mas sim na professora do meu filho!

É neste contexto, que percebo o quanto a nossa greve foi vitoriosa. Mesmo com poda pressão (ameaças de corte de ponto, processos administrativos e multas pesadas ao SEPE), a nossa greve revelou ao pai do aluno o quanto ele esta sendo enganado, ludibriado em seu direito de ser gente, de ganhar conhecimento, de se tornar livre de PACS e Bolsa Família.

No dia 15.10, dia do professor, uma gigantesca passeata, com 70/80 mil pessoas na Av. Rio Branco, o governo enlouquecido, pois o bater não surtiu efeito. Então toda loucura do insano que  temporariamente esta à frente do governo do RJ, se fez valer mais uma vez. Criminalizar o movimento, voar no acampamento da Câmara de Vereadores, e prender 150 pessoas, para amedrontar quem ainda insiste em estar nas ruas, cobrando o que é de direito. Mas uma vez não deu certo. Continuamos e continuaremos na rua!

Nesse dia, diante de tanta pressão, o (des) governo federal entra em ação, na figura de um sinistro-ministro, Luis Fux, endividado politicamente até os ossos, com esses insanos do RJ. Esse sinistro-ministro acena com um acordo. Na verdade, não era acordo, e sim chantagem. Uma chantagem que o nosso sindicato, guiado por pessoas traidoras, motivadas por seguir carreira política, aceitaram de pronto.

A traição veio em cheio sobre a categoria: ou a greve acaba, ou vamos processar, demitir e cobrar a dívida do sindicato. A categoria, ainda assim resistiu, mas a assembléia de  24.10, lotada de pessoas estranhas à categoria, acabou vencendo na votação. Voltaremos às salas de aula sim, mas a tarefa agora é outra.
Destruiremos o SAERJ, colocaremos o RJ no pior lugar de ranking dentre os estados e colocaremos em pior lugar ainda no mundial. Vocês tem bombas, chantagens, e um bando de pelegos safados que só pensam em suas aspirações política. Nós, professores que estamos em sala de aula, temos a população. Não temos bombas, balas de borracha , teaser(arma que dá choque elétrico), ou as bolas vermelhas que queimam as pernas(não sei o nome daquilo, mas tomei uma na canela), mas temos a palavra, a honra e a população do nosso lado.

Volto na segunda feira, 28.10 às salas de aula, a SEEDUC cortou o ponto facultativo na esperança de esvaziar a passeata dos servidores públicos, mas só esqueceu de um detalhe, somente quem trabalha nesse dia à noite não poderá ir, todos que trabalham manhã ou tarde(meu caso) estaremos lá. Quem não trabalha nesse dia também estará. Essa passeata é aberta a toda população, e sairá da Candelária após às 18 horas. Ou seja, mais uma jogada suja que não reverterá a favor desses canalhas que pensam que podem conosco.
A greve das três redes acabou sim, mas engana-se quem acha que sairemos das ruas, que sairemos da luta, que não infernizaremos, governo e sindicato vendidos.

A luta continua, capitalismo a culpa é sua!

Por: Denise Oliveira, Prof. Docente I-História- Rede Estadual de Educação, 26/10/2013
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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Debate e lançamento de campanha pelo fim da PM, dia 30/10 (quarta-feira), 18h na UERJ


Debate público sobre a repressão e a necessidade do fim da PM. Lançamento do abaixo assinado da campanha. Fora Cabral - Abaixo a repressão

Nós estamos ajudando a organizar essa atividade. Participe e divulgue!

https://www.facebook.com/events/670931532932008/?previousaction=join&ref_newsfeed_story_type=regular&source=1
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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Após grande ato vitorioso no Rio, Globo criminaliza e pacifistas concordam.



No dia 15/10, aconteceu mais uma gigantesca passeata no centro do Rio de Janeiro. O eixo central foi o apoio aos profissionais da educação que, em greve, enfrentam a imbecil intransigência dos governos fascistóides de Cabral e Paes. Esse, porém, não era o único conteúdo. O Fora Cabral e o fim da PM também eram levantados em faixas e palavras de ordem.

Após a chegada à Cinelândia, o ato enfrentou violenta repressão dos capangas legalizados do Cabral (conhecidos como PMs) que, mais uma vez, utilizou-se da suja guerra química através de bombas de gás com prazo de validade vencido ou com alta concentração. Fizeram também uso dos já conhecidos P2 infiltrados e também de armas letais (balas de verdade) contra os manifestantes. Porém, a resistência demonstrada deixou clara a disposição de luta que segue nas ruas.
Contrariando os prognósticos dos pacifistas, que diziam que as ações diretas contra o Clube Militar e a Câmara de Vereadores feitas na semana passada, afastariam as pessoas das manifestações, essa foi igual ou maior que a última. Chegou a reunir mais de 50 mil pessoas.


Polícia do Cabral parte para o confronto

Os grupos que adotam a tática do black bloc permaneceram organizados em sua coluna, porém, sem tomar qualquer iniciativa de confronto ou radicalização em qualquer prédio ou empresa. Mesmo assim  a PM agiu com violência, o que levou à necessidade de ações de auto defesa nas quais os manifestantes queimaram uma viatura e um ônibus da polícia.

A Rede Globo, sustentáculo midiático da ditadura Cabral, tem divulgado mentiras dizendo que “baderneiros mascarados” iniciaram ações de “vandalismo” e isso obrigou a PM a agir. Mentira! Foi a PM quem partiu para o confronto contra o ato e contra as barracas do Ocupa Câmara, que estavam na Cinelândia desde junho. A PM, nessa repressão brutal, fez mais de 200 presos políticos e a Globo tem ajudado em uma campanha suja para tentar criminalizar os manifestantes e o movimento.

PSTU: um desserviço à luta e uma grande ajuda à repressão

Infelizmente, mais uma vez, o PSTU fez coro com a Globo e ajudou na criminalização. Em nota divulgada no dia 16/10, o PSTU afirma:

mais uma vez após o encerramento do ato, a Cinelândia virou uma praça de guerra, com PM’s atirando bombas de efeito moral e disparando tiros com armas letais e Black Bloc’s arremessando pedras e quebrando bancos, orelhões, etc....Essas ações isoladas dos chamados Black Bloc’s prestam um desserviço ao movimento. E não contribuem para aglutinar mais pessoas em defesa da greve da educação.

Ao dizer que o confronto foi responsabilidade de uma “ação isolada” dos Black Blocs, o PSTU faz coro com a campanha criminalizadora da Rede Globo. Dizemos e mais uma vez afirmamos: a PM tomou a iniciativa de agredir manifestantes legítimos que, até aquele momento, não haviam feito qualquer ação direta. O Pacifismo do PSTU, que tem necessidade de atacar os grupos que não fogem do confronto, tem sido um inestimável serviço à repressão que precisa que cada vez mais pessoas e organizações concordem com a versão da Rede Globo.

Um outro erro frequente é dizer que as ações radicalizadas tem sido feitas exclusivamente pelos Black Blocs. Essa é uma tática para tentar enquadrar todo e qualquer manifestante que participe da resistência como se fosse pertencente a um grupo isolado. Também nisso o PSTU tem prestado uma inestimável ajuda à repressão.

Não causa espanto que mais uma vez o PSTU tenha essa atitude. Já durante a passeata, o auto intitulado comando (que não foi eleito pelos amplos setores que ajudaram a construir o ato)  tentava censurar utilizações de faíscas inofensivas nas atividades de agitação. Isso prenunciou o que acabou de fato acontecendo quando se chegou à Cinelândia: o ato terminado às pressas, devido à pressão de sindicalistas do PSTU e do PSOL.

Estamos em uma luta muito dura contra governos de milicianos e suas  polícias. Temos muitos presos políticos, desaparecidos e vários ameaçados de morte. Portanto, não podemos tolerar nenhuma criminalização por parte da Globo e dos governos e, muito menos, por parte de setores contrarevolucionários que se dizem nossos aliados.

Exigimos a imediata libertação dos presos políticos e defendemos a retomada das passeatas contra a Rede Globo na porta da sua sede. Por outro lado, não censuramos as vaias recebidas pelo PSTU em momentos da passeata. Foram uma justa resposta de organizações de trabalhadores contra um partido que, cada vez mais, tem colaborado com os inimigos da classe.

Lista dos presos políticos do Rio de Janeiro: Ninguém fica para trás!
5ª DP (Mem de Sá)
JAIR SEIXAS RODRIGUES (BAIANO) – Quadrilha ou bando
WALLACE VIEIRA GONÇALVES – Tentativa de furto
SERGIO HENRIQUE DE SOUZA LOPES - Tentativa de furto

12ª DP (Copacabana)
VICTOR GONÇALVES RIBEIRO DE SOUZA – Incêndio
DANIELA SOLEDAD DOS SANTOS BARBOSA – Incêndio
OMAR AMARAL FONTENELLE - Formação de quadrilha ou bando e corrupção de menores
WANESSA GUGLIEMI ROJAS - Formação de quadrilha ou bando e corrupção de menores
BRUNO PHELIPPE DOS SANTOS MIRANDA - Formação de quadrilha ou bando e corrupção de menores

17ª (São Cristóvão)
DOUGLAS SILVA PONTES – Formação de quadrilha ou bando
MATHEUS DA SILVA PONTES – Formação de quadrilha ou bando

19ª DP (Tijuca)
YAGO MIGLINONICO ALBANO SANTANA - Lesão corporal /Formação de quadrilha ou bando/ Corrupção de menores
MARCELO ESTEVÃO SÁ CARDOSO - Lesão corporal / Formação de quadrilha ou bando / Corrupção de menores

25ª DP (Engenho Novo)
ELISA DE QUADROS PINTO SANZI (SININHO) – Formação de quadrilha ou bando
FELIPE MACHADO FILGUEIRAS – Formação de quadrilha ou bando
ERNESTO FUENTES BRITO– Formação de quadrilha ou bando
RENATO TOMAZ DE AQUINO – Formação de quadrilha ou bando
ROBSON CORRÊA DOS SANTOS JUNIOR – Formação de quadrilha ou bando
VINICIUS CLEMENTE BAHIA – Formação de quadrilha ou bando
PATRICK LISBOA DE OLIVEIRA – Formação de quadrilha ou bando
BRUNO RIAN DELPHINO – Formação de quadrilha ou bando
FERNANDO ALEXANDER DA SILVA REIS LIMA – Formação de quadrilha ou bando
HENRIQUE COSTA PIRES – Formação de quadrilha ou bando
CLEITON FELIX DA SILVA – Formação de quadrilha ou bando
ALESSANDRO MOREIRA DE SOUZA – Formação de quadrilha ou bando
LEONARDO DE LIMA VIEIRA – Formação de quadrilha ou bando
BRUNO CAMPOS NUNES – Formação de quadrilha ou bando
RODRIGO CAMPOS CASTELLO BRANCO – Formação de quadrilha ou bando
GUSTAVO HENRIQUE DOPCKE – Formação de quadrilha ou bando
WILLIAN AUGUSTO DOS SANTOS CAMPOS – Formação de quadrilha ou bando
ADRIANO GOMES DA SILVA – Formação de quadrilha ou bando
KLEBER DE OLIVEIRA MIRANDA JUNIOR – Formação de quadrilha ou bando
IGOR CAVALCANTE MEDINA – Formação de quadrilha ou bando
JONATHAN WERDAM PIMENTA – Formação de quadrilha ou bando
TALES FABRICIO AGNES PEREIRA – Formação de quadrilha ou bando
RODRIGO PACHECO DOS SANTOS FELISBERTO – Formação de quadrilha ou bando
DENYS MENEZES SILVEIRA JACAUNA – Formação de quadrilha ou bando
RAPHAEL DE OLIVEIRA VARELA – Formação de quadrilha ou bando
THIAGO MARTINS DA SILVA – Formação de quadrilha ou bando
WALLACE PEREIRA DE SOUSA – Formação de quadrilha ou bando
FELIPPE COUTO LOURINHO MASSAL – Formação de quadrilha ou bando
PHILLIPE FRANCA DE LIMA – Formação de quadrilha ou bando
CIRO BRITO OITICICA – Formação de quadrilha ou bando
WALLACE PEREIRA DA SILVA – Formação de quadrilha ou bando
EDNEI DA SILVA COELHO – Formação de quadrilha ou bando

37ª DP (Ilha do Governador)
RAPHAEL DA CUNHA LIMA – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
FRANCISCO WELLINGTON LIMA PEREIRA –Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
ADELSON LUIS FERREIRA DA SILVA - Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
RUY RIBEIRO BARROS – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
ABADIAS VITORIANO GUAJAJARA –Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
LUIS HENRIQUE DA SILVA RODRIGUES – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
DIEGO LUCENA TAVORA – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
CLEITON JOSÉ TOMAS ALVES – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
HELCIO RAMOS MORAIS – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
BERNARDO MAGALHÃES LOPES DE SOUZA – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
JIVAGO BARROS NOVAES – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
CLAUDEVAN ALVES DOS SANTOS – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
ALLAN MANUEL MOUTEIRA - Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
LUAM GODINHO COSTA - Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
PAULO ROBERTO DE ABREU BRUNO – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
PEDRO ASSIS COSTA MARTINS - Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
GERD AUGUTO CASTELLOES DUDENHOEFFER – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
LUCAS PESTANA RABAY – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
BRUNO VINICIUS SILVA DOS SANTOS – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
MARCIO LOPES DA ROCHA - Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando

NINGUÉM FICA PRA TRÁS!''


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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Abaixo à repressão! Contra a polícia assassina e racista e a mídia empresarial que criminalizam as lutas!

 
Nas últimas semanas, a polícia começou uma operação de criminalização sem precedentes na democracia parlamentar, caracterizada principalmente pela prisão de cinco pessoas identificadas com a tática dos Black Blocks e, desde terça-feira, dia 03/09, pela determinação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro da proibição do uso de máscaras nas manifestações.
 
Durante uma manifestação chamada de Baile de Máscaras, na frente do Teatro Municipal, várias pessoas foram detidas, algumas até mesmo que não estavam usando máscaras. A imprensa empresarial, principalmente a Rede Globo, em toda a sua cobertura criminalizou os manifestantes, chamando eles de "mascarados".
 
Foram feitas acusações caluniosas, como a de formação de quadrilha, que poderia ser aplicada corretamente só no caso do próprio governo estadual, com o miliciano Pezão e outros bandidos, como Sérgio Cabral e o Professor Uoston.
 
O Rio acompanha a cidade de Recife, que foi a primeira a criminalizar o uso de máscaras em manifestações, há mais ou menos duas semanas. O uso de máscaras é uma medida mínima de proteção dos manifestantes contra a violência policial, já que os porcos fardados costumam marcar a cara das pessoas para ameaçar depois.
 
A polícia alegou que encontrou objetos que poderiam ser usados como armas contra as pessoas. Como todos deveriam saber, o uso de instrumentos para a autodefesa contra a polícia, que geralmente não usa identificação nos atos, é uma forma totalmente legítima e correta de ação, sem nenhum objetivo criminoso, como, por exemplo, ganhar licitações fraudadas de linhas de ônibus ou dar o patrimônio público para as empresas fantasmas do especulador Eike Batista.
 
Inclusive a polícia acusou um dos supostos integrantes do Black Block de pedofilia, porque ele, segundo o Jornal Hoje, tinha fotos de crianças no computador! De acordo com esse critério, praticamente todo mundo poderia ser acusado de pedófilo. Isso para não falar na possibilidade real das fotos terem sido simplesmente plantadas no computador, prática mais do que comum usada pela polícia criminosa contra os manifestantes.
 
Qualquer um que faz parte dos movimentos sociais há algum tempo, sabe que todas essas técnicas covardes são usadas pela polícia sempre que possível para dividir e desarticular o movimento e amedrontar os manifestantes que lutam por causas justas. Ultimamente, no entanto, a repressão aos atos tem sido mais frequente e mais covarde, compondo um cenário que mostra uma crescente fascistização da sociedade, debaixo de formas democráticas, enquanto se preparam os megaeventos e o crescimento econômico do capitalismo no Brasil começa a desacelerar. Nessa nova fase, os revolucionários devem estar muito mais preparados.
 
O fato de que muitos dos presos foram identificados pela Internet mostra o quanto é perigoso o uso do Facebook para a organização das manifestações. Como já falamos antes, os novos meios de comunicação prestam uma ajuda insuperável, mas eles devem ser usados para divulgar as lutas, enquanto a organização deve continuar a ser presencial, o que dificulta a infiltração policial e a espionagem, e mantém o segredo do que não pode ser divulgado publicamente.
 
É preciso não esquecer que a polícia que reprime na rua é a mesma polícia que extermina a população negra e pobre na favela, a mesma polícia que faz parte das milícias, que tortura, mata e dá sumiços em milhares de Amarildos da Baixada à Zona Sul, do Centro à Zona Oeste do Rio (e nos outros estados do Brasil também). É preciso não se esquecer disso para não se esquecer da necessidade cada vez mais urgente de se auto defender destes bandidos, nas ruas e favelas. Só assim, se organizando coletivamente poderemos defender nossos direitos de se manifestar e de viver.
 
Dessa forma, temos que saudar a tática dos Black Blocks, que é a primeira experiência de autodefesa do movimento em muitos anos. Além da importância da organização de autodefesa, os black blocks trouxeram de volta para dentro do movimento o debate real sobre ações radicalizadas do movimento; (coisas que muitas organizações só defendem no papel). Essas ações, na maioria das vezes, são ferramentas fortes na luta contra o Estado, seja pela diminuição das passagens, seja pela derrubada do Cabral. Apesar de excessos que aconteceram (como atacar pequenos comerciantes e pontos de ônibus), achamos importantes e justos as ações políticas que aconteceram em alguns atos.
 
Temos críticas a serem feitas, mas, ao invés de criminalizar e atacar os Black Blocks por causa de nossas discordâncias, como fazem algumas organizações oportunistas e pacifistas, fazendo coro com a polícia e a Globo, temos que propor maneiras de avançar.
 
Para nós, os Black Blocks para funcionar melhor, evitar a infiltração de P2 e alguns excessos, deveria ser uma autodefesa de massas e uma expressão das passeatas. Para isso é necessário fazer parte da comissão de segurança dos atos, em conjunto com os movimentos que organizam as lutas.
 
Infelizmente, muitos setores dos blacks blocks não enxergam essa necessidade. Isso se dá por causa da maioria de seus integrantes se alinharem com um discurso anarquista que não vê a necessidade de organizar coletiva e centralizadamente os manifestantes nos atos, que muitas vezes é contra lutar ao lado de partidos políticos, mesmo que da classe trabalhadora; e que enxerga as ações radicalizadas com um fim em si próprio, o que leva muitas vezes a achar que um ato só é vitorioso quando há enfrentamento com a polícia.
 
É preciso lembrar que a falta de interesse em seguir deliberações dos espaços democráticos não é uma crítica dirigida somente contra o black block. Muitas organizações e partidos políticos muitas vezes, nas quais o movimento mais precisava de união e força, como no ato da final da copa das confederações, simplesmente não compareceram ao ato, ignorando a deliberação de uma assembléia de mais de 2000 pessoas.
É preciso entender que a nossa tarefa mais importante no momento é derrotar a repressão brutal contra os movimentos organizados. Para isso, precisamos da união de forças de todos os sindicatos, todos os movimentos populares e estudantis e todas as organizações políticas da esquerda combativa contra as medidas fascistas dos governos. O que está em jogo é o direito à manifestação de todo o povo! Juntos somos fortes!
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O pós-morenismo: quando os morenistas abandonaram a defesa das nações oprimidas.

       
     Nós, do Coletivo Lênin, temos, desde a nossa ruptura com o PSTU, em 2006, feito uma crítica global da concepção política defendida por quase todas as correntes que vieram da LIT, o morenismo.

     O morenismo é uma expressão especificamente latino americana de uma tendência que dominou a Quarta Internacional na década de 1950 e que, finalmente, levou à sua fragmentação, que continua até hoje. Essa tendência, que nós chamamos de pablismo (por causa do nome do dirigente que a formulou, Michel Pablo), se baseava na ideia de que seria praticamente impossível que os trotskistas tirassem a direção dos movimentos de massas dos partidos stalinistas, socialdemocratas e nacionalistas. E que, portanto, o que os trotskistas deveriam fazer era tentar tensionar esses setores para que eles fossem à esquerda e tomassem posições revolucionárias, chegando ao poder.

     Essa explicação deve parecer familiar para quem conhece a história do PSTU (mas também da CST e do MES) nos últimos trinta anos: primeiro na sombra do PT, eternamente exigindo que o partido rompesse com a burguesia com quem ele se aliou desde 1987. Depois, na sombra do PSOL, esperneando quando o partido recebeu financiamento da burguesia ou se coligou com partidos burgueses, mas sempre apoiando e formando frentes eleitorais com ele.

     Mas a característica que diferenciou o morenismo de todas as outras correntes pablistas era a sua stalinofobia. Moreno defendia que o stalinismo era completamente contrarrevolucionário, ou seja, nunca poderia tomar nenhuma medida progressiva. Portanto, logicamente, qualquer movimento contra o stalinismo só poderia ser progressivo.

     Foi essa posição, completamente fora da realidade, e beirando o anticomunismo, que fez a LIT apoiar com todas as forças as contrarrevoluções que restauraram o capitalismo na URSS e no Leste europeu. Hoje em dia, as organizações morenistas não defendem Cuba e Coreia do Norte contra a restauração do capitalismo, com o argumento de que as concessões feitas pela burocracia já significam a restauração e que nesses países já existem ditaduras capitalistas, portanto, não existe mais o que defender.

     Na prática, por exemplo, o PSTU fez coro com a direita na campanha racista e anticomunista contra a vinda dos médicos cubanos, mesmo que usando argumentos "sofisticados" para dizer que o que estava em jogo não era hostilidade contra Cuba, e sim uma simples questão de direitos trabalhistas.

     Se a CST e o MES, mesmo com algumas posições semelhantes, não chegam nunca às conclusões reacionárias que o PSTU, não se pode dizer o mesmo do MRS. O MRS, que é a corrente que mais reivindica o morenismo, rompeu com o PSTU em 2006, por causa da formação da Frente de Esquerda. Eles parecem ter uma memória muito falha, porque dizem que foi na época que eles romperam que o PSTU se tornou um partido oportunista, esquecendo toda a trajetória, que vai desde caracterizar o movimento Diretas Já como uma revolução democrática vitoriosa (!?), até não dizer que a candidatura de Lula em 1989 (quando eles eram uma corrente do PT) era uma Frente Popular e muitos etc.

     O MRS (na sua intenção de ser mais morenista que o próprio PSTU), sempre se caracterizou por levar as posições absurdas do PSTU até as suas últimas consequências. Por exemplo, eles também são contra a vinda dos médicos cubanos e criticam o PSTU porque não defendeu, nas assim chamadas "jornadas de junho", a palavra de ordem de Fora Todos! (isso num momento em que a direita estava tentando usar as manifestações para atacar o governo do PT).

     No movimento sindical, o MRS tem uma posição de CSP-CONLUTAS "puro sangue", ou seja, contra frentes com outros setores fora da central. No papel, parece uma posição de esquerda, mas na prática é uma demarcação burocrática pela central, em vez de levar em conta a política, e que só serve para fortalecer o aparato da CSP-CONLUTAS.
     Mas justiça seja feita com a memória do Moreno: mesmo com todos os problemas, ele sempre esteve do lado dos países coloniais e semicoloniais na luta contra o imperialismo. Na verdade, o próprio morenismo surgiu como corrente política em contato com o nacionalismo peronista argentino, e o que podemos criticar é que, muitas vezes, o que havia era capitulação às posições nacionalistas, como por exemplo, na formação do PSRN (Partido Socialista pela Revolução Nacional) com setores peronistas.

     Mas, depois do fim da URSS, as correntes morenistas levaram a sua capitulação ao campo imperialista à sua conclusão lógica e fizeram o que nem o próprio Moreno fez na vida: apoiar intervenções imperialistas em nome da "democracia". Se já existiam sinais disso durante as guerras que destruíram o Estado Operário iugoslavo (a LIT fez uma campanha de "ajuda operária à Bósnia" junto com setores da socialdemocracia europeia que estavam defendendo a guerra contra a Sérvia), nos últimos anos a máscara caiu de vez.

     A crise mundial que começou em 2008, como não poderia deixar de ser, levou a uma grande instabilidade social. Infelizmente, numa situação de crise do movimento dos trabalhadores, a revolta das massas acaba, muitas vezes, sendo canalizada por setores de direita, principalmente quando elas estão em conflito com governos que têm conflitos pontuais com os países imperialistas.

     Isso foi o que aconteceu no caso da oposição líbia. As primeiras lutas espontâneas contra a ditadura de Muammar Khadafi que surgiram inicialmente com demandas justas e democráticas, sendo, portanto de caráter progressivo; infelizmente, foram rapidamente controladas por setores alinhados com os EUA e a França. Eles criaram o Conselho Nacional de Transição (CNT) e passaram a exigir uma intervenção da OTAN contra o próprio país.

     Numa situação dessas, qualquer revolucionário não teria outra opção a não ser defender uma frente única antiimperialista, inclusive com o governo Khadafi, para impedir que a Líbia se transformasse num país mais subordinado ainda às grandes potências.

     A atitude de todas as correntes morenistas brasileiras (PSTU, CST, MES e MR) foi exatamente o contrário: eles continuaram a apoiar a derrubada de Khadafi, mesmo com toda a evidência, inclusive jornalística, de que eles estavam sendo financiados e armados pela OTAN, e comemoraram quando o CNT chegou ao poder, como se isso fosse uma vitória da "revolução" líbia. O MR (atual MRS) perdeu qualquer contato com a realidade, e chegou até mesmo a falar que existia dualidade de poderes e que uma greve geral tinha acontecido na Líbia!

     Tudo isso em nome da "democracia" formal e do apoio acrítico aos movimentos de massas, independente do conteúdo deles. Essa posição traidora se contradiz inclusive com a trajetória da LIT, que esteve do lado da Argentina contra a Inglaterra na Guerra das Malvinas, em 1982, dizendo claramente que não se tratava de uma luta de uma ditadura contra uma democracia, e que era questão de princípio apoiar a nação oprimida, mesmo que o seu governo fosse o regime militar de Galtieri.

     Agora, a próxima vítima dos imperialismos americano e europeu é a Síria, onde eles apoiam o Conselho Nacional Sírio (qualquer semelhança com o CNT da Líbia não é mera coincidência), cuja corrente principal são os fundamentalistas da Irmandade Muçulmana. O Exército Livre da Síria, que é o braço militar da luta contra a ditadura de Bashar Al-Assad (apoiada, por enquanto, pelo imperialismo russo) tem sido armado e financiado pelos aliados dos EUA no Oriente Médio, o Qatar e a Arábia Saudita.

     Com uma análise de conjuntura que parece ter saído de um delírio completo, o PSTU chega a exigir que todos os governos do mundo mandem armas para a oposição síria! Uma mostra de pura ingratidão do PSTU, como vimos, porque os EUA já estão fazendo isso, usando os seus aliados como testas-de-ferro! 

     O MES e a CST, mesmo que não caiam no extremo de oportunismo do PSTU, também apoiam a derrubada de Assad, sem dizer que isso só seria positivo se a classe trabalhadora tomasse o poder nas suas próprias mãos. Não entendem que se o CNS e o exército livre da Síria tomassem o poder seria completamente desastroso e que, nesse momento e na ausência de uma direção da classe trabalhadora, significaria a instalação de um regime fundamentalista sunita, que acabaria com os poucos elementos laicos do Estado sírio e perseguiria as minorias religiosas (xiitas, cristãos e alauítas).

     Mas o recorde do oportunismo pertence ao MRS, que se lamenta no seu último jornal que o imperialismo ainda não tenha se decidido pela intervenção militar:

     "Por isso, setores como o Partido Trabalhista britânico e parte dos conservadores desse país, assim como muitos democratas e republicanos nos EUA, titubeiam e francamente relutam em fazer qualquer coisa contra Assad." (Correio dos Trabalhadores, 55)
    
 Lênin chamava a socialdemocracia europeia, que apoiou a Primeira Guerra Mundial, de social-imperialista, ou seja, socialista em palavras, imperialista nos atos. Não existe melhor definição hoje em dia para o que se tornaram as correntes morenistas.
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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Mais de 50 mil pessoas no Rio! Molotovs na Câmara Municipal e no Clube Militar!


O ascenso continua no Rio de Janeiro! A repressão boçal contra os professores no dia 1/10 colocou gasolina na fogueira da cidade, no meio da onda de protestos contra os governos Sérigo Cabral e Eduardo Paes, que continua desde junho, com tantos atos que nós nem conseguimos acompanhar ou participar de todos.

O ultraje contra a PM assassina e racista, na mesma semana em que foram indiciados os responsáveis pela morte do Amarildo, e a unidade cada vez maior dos movimentos, que foi ajudada pela reunião de quarta-feira passada, levaram hoje às ruas mais de cinquenta mil pessoas, no maior ato desde junho - e sem coxinhas, quase sem bandeiras verdeamarelas, com um conteúdo claramente de esquerda.

O ato saiu da Candelária e chegou na Cinelândia aos gritos de "Cabral, eu não me engano/ seu coração é miliciano", "A verdade é dura/ a Rede Globo apoiou a ditadura", "Não acabou/ tem que acabar/ Eu quero o fim da Polícia Militar", "Sem hipocrisia/ A PM mata pobre todo dia". Lá, o SEPE, dirigido pelo PSTU e PSOL, dispersou, deixando os setores mais radicalizados na Câmara, que foi merecidamente pixada e alvejada com coqueteis molotov.

Infelixmente, os setores à frente do ato não pensaram numa tática para a ocupação da Câmara. Isso poderia ser a chave para exigir a revogação do Plano de Carreira do governo Paes, e poderia reabrir as negociações sobre o Plano do SEPE.

Depois da radicalização na Câmara, a PM fez o seu trabalho, jogando várias bombas de gás lacrimogêneo e indo pra cima dos manifestantes. Durante a dispersão, os manifestantes, não somente do Black Block, continuaram a destruir símbolos odiados do Estado, como vários bancos (uma ação que os pelegos do PT e PCdoB, que dirigem o sindicato dos bancários, e que estão fazendo uma greve muito fraca, nunca tiveram a coragem de fazer), e o melhor da noite: o Clube Militar, que todo ano comemora o aniversário do Golpe de Primeiro de Abril de 1964.

O problema é que a repressão acabou destruindo o ato, o que levou a algumas pessoas isoladamente a cometerem excessos, como apedrejar ônibus e lojas, o que será certamente explorado pela mídia golpista (Globo, Record, Bandeirantes e outras merdas) para jogar a população contra o ato. Mas, apesar disso, não devemos perder de vista o principal: o ato foi uma imensa vitória dos movimentos sociais, e o apoio do povo à luta dos professores tem tudo para relançar uma jornada de lutas, unitária, sem as mãos sujas da direita, que permita derrotar o Plano de Carreira de Paes, e que nos deixe arrancar mais reivindicações populares desse governo racista e ditatorial.

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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Mais de 100 pessoas presentes debatem a unificação das lutas no Rio de Janeiro!


(relatório da REUNIÃO - RIO, de 02 de outubro, realizada na UERJ, nós discordamos da caracterização do governo do PT como Frente Popular e de que ele não consegue mais conter as lutas)


A reunião que ajudamos a convocar foi um sucesso. Além do número significativo de presentes, a reunião se mostrou muito representativa.

Contamos com a presença de diversos segmentos que se encontram hoje nas ruas da nossa cidade: estudantes secundaristas, universitários da UERJ e UFRJ, professores em greve, da ativa e aposentado, do município, estado, e da rede privada, saúde, petroleiros, bancários, Midia Livre, Software Livre, Black Blocs, Movimento Não Vou me Adaptar - UFRJ, CONCA, Favela não se Cala, Ocupa Câmara- Rio, Ocupa Câmara Niterói , Ocupachat, Comitê da Copa e Olimpíada, Assembleia da Grande Tijuca, Coletivo Zona Sul/Fórum de Lutas, Fórum de Lutas contra o aumento das passagens, FIP, Frente Ampla Cultural, Militância Digital, Central de Vídeo Ativismo, Banda 2 Extremos, Luta Educadora, Coletivo Pão e Rosas, Coletivo Construção, Coletivo Autonomia Sempre, Coletivo Lênin, SEPE , ANEL, Direitos Humanos, Mandato Janira Rocha, Mandato Jefferson Moura, MEPR, Reage Socialista, PCB, PSTU, LSR-PSOL, CRS-PSOL, e LER-QI.

O debate girou em torno a análise de conjuntura, avaliando o que foi a jornada de junho, a explosão como insatisfação generalizada e com as condições objetivas, o fim da contenção da Frente Popular, o momento atual que mesmo não sendo igual a junho, já é bem superior ao momento anterior, e a necessidade objetiva que temos de unificar as lutas, deixando as diferenças em segundo plano, e procurando coesionar os lutadores para grandes lutas que temos pela frente: A defesa da Educação Pública, Gratuita e de Qualidade e a necessidade de Barrar o Leilão do Pré Sal.

Tiramos como prioridade pra uma primeira unificação o dia 07 de outubro, como tarefa pra todos nós de divulgarmos, mobilizarmos nossos setores, prepararmos faixas, cartazes, e se possível uma agitação na Central do Brasil nesta 6ª feira 04/10. Tendo claro que a luta pela Educação Pública, levada hoje pela greve dos profissionais de educação, nos representam, e deve ser o combustível que precisamos para unificação e o avanço das mobilizações.

Tiramos a necessidade de combater unificadamente o Terrorismo de Estado implantado em nossa cidade, apoiarmo-nos mutuamente em nossas lutas, e nos mobilizarmos para o dia 17 de outubro, onde está sendo sinalizada como greve nacional dos petroleiros.

Compusemos um Grupo de Trabalho (GT), que se mantém aberto a novas incorporações, para este, montar uma proposta de uma nova plenária para dia 09/10 na UERJ.

Foi levantado como encaminhamento para próxima plenária a necessidade de debater a realização de um Encontro Nacional das Ruas de todo o Brasil.

Saudações de Luta,
REUNIÃO – RIO para Unificação da Lutas, 02/10/2013 – realizada na UERJ

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