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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

CARTA DENÚNCIA elaborada pela Delegação dos profissionais de educação participantes da caravana à Brasília de 24/10/1013


Reproduzimos aqui a carta dos companheiros do SEPE, que explica todos os passos dados pela direção majoritária do sindicato (PSOL-PSTU) para trair a greve


"ATENÇÃO: CARTA DENÚNCIA elaborada pela Delegação dos profissionais de educação participantes da caravana à Brasília de 24/10/1013 distribuída ontem na Assembleia da Rede Estadual. A direção central impediu a leitura da mesma!

Pela presente, nós profissionais da educação das redes estadual e municipal do Rio de Janeiro, estabelecemos um breve histórico de ações equivocadas de parte significativa da direção do sepe central, que culminou com a rendição da nossa categoria à negociação vergonhosa imposta pela intransigência dos governos estadual e municipal e acatada, subordinadamente e arbitrariamente, pela direção do nosso sindicato.

Citamos alguns dos fatos que fundamentam nossa posição:

12/08 – REDE ESTADUAL: direção não divulgou a reunião de negociação com o Pezão. A Categoria poderia ter ido, em peso, para pressionar o governo. Os poucos companheiros que souberam da reunião foram para o palácio acabaram massacrados pela polícia (sendo que alguns ficaram bastante feridos). Enquanto isso os membros da direção ficaram atrás dos policiais. Essa ação vergonhosa, foi amplamente divulgada através do Mídia Ninja (tendo cerca de 800 visualizações ao vivo). Por fim, enquanto os companheiros da base foram expulsos pela porta da frente, os membros da direção se retiraram covardemente pelos fundos.

14/08 - REDE ESTADUAL: Assembleia no Instituto de Educação não havia som no horário estabelecido. Quando finalmente o som chegou não houve tempo para as falas de avaliação.

14/08 - REDE MUNICIPAL (Ato ao Palácio da Cidade): Assim que concluímos o trajeto do Largo do Machado ao Palácio da Cidade, a Direção deu o ato por encerrado, sem resistir no local como de praxe em todos os atos.

23/08 - REDE MUNICIPAL- Uma assembleia extraordinária foi marcada no final de um ato, já esvaziado, com o objetivo de terminar com a greve,numa tentativa de manipulação do movimento.

26/08 - REDE MUNICIPAL: Assembleia extraordinária no Terreirão do Samba: Além de estarmos em espaço cedido pela prefeitura, a Direção do SEPE estava decidida a acabar com a greve em um dos momentos do seu auge para aprovar proposta rebaixada apresentada pelo governo.

30/08 - REDE MUNICIPAL: Assembleia na Fundição Progresso - o espaço foi reservado por tempo insuficiente, obrigando a categoria a se expor em praça pública. Não havia infraestrutura necessária (sem cobertura em dia de sol quente, sem carro de som e acomodações). A metodologia da votação deixou exposta a divisão da categoria resultando em mais manipulação.

14/09 - REDE ESTADUAL: Assembleia na Alerj: a direção alugou um carro de som pequeno, incompatível com a necessidade do espaço.

01/10 – REDE ESTADUAL: Assembleia tirou ato Unificado com o Município do Largo do Machado para o Palácio Guanabara seguindo para a Cinelândia. A direção do SEPE não levou a proposta de unificação para a Assembleia do Município e no dia do Ato desmobilizou a categoria da rede estadual para ir ao Palácio Guanabara. Por fim, o ato foi do Largo do Machado à Cinelândia.

AMBAS as REDES: A direção do SEPE em momento algum teve o cuidado de verificar se os calendários propostos em Assembleia eram compatíveis. As diversas atividades simultâneas impossibilitaram tanto a Unificação das Redes quanto a
participação de professores com matrículas tanto do Município quanto no Estado.

30/09 – REDE MUNICIPAL: Os companheiros acampados na Câmara e sitiados pela polícia solicitaram apoio e ainda assim a Direção tentou manter o ato na prefeitura, abandonando os companheiros, por algum tempo, à exposição policial.

AMBAS as REDES: Por conta dos atrasos do Conselho Deliberativo, as Assembleias chegaram a ter duas horas e meia de atraso. Isso desmobiliza a categoria, tanto para ir às Assembleias quanto para se envolver no debate, valorizar as avaliações e participar até o final das discussões e votações.

AMBAS as REDES: Dos 48 diretores do SEPE Central que recebem licença sindical (ou seja, não dão aula para desenvolver as atividades do sindicato), poucos são conhecidos pela categoria. A maior parte desses diretores não está presente nas reuniões e mobilizações 15/10

AMBAS REDES: Repudiamos a negociação feita por diretores do SEPE com a Polícia, encerrando “oficialmente” o ato às 19h30, abandonando os companheiros do Ocupa Câmara (que tanto contribuíram com a ocupação dos professores) e tantos outros professores e militantes para serem presos e reforçando a fala da mídia de criminalização da legitima revolta popular que vivenciamos.

REDE MUNICIPAL: A direção Central não marcou nenhuma Assembleia extraordinária para discutir a ida a Brasília com a Rede Municipal

REDE ESTADUAL: Durante toda a Greve, a direção não produziu nenhum material mais desenvolvido sobre as questões da rede estadual.

AMBAS REDES: O site do SEPE não cumpriu seu papel de manter a categoria informada sobre todos os passos da greve. Diversas informações ou não foram para o site, ou foram com atraso. Sendo que algumas foram colocadas de forma a desmobilizar a categoria, como foi o caso do informe jurídico da liminar sobre o corte de ponto.

CARAVANA À BRASÍLIA
A direção do SEPE Central não acatou a decisão em Assembleia do Estado da participação do Comando de Greve na mesa de negociação do STF. Além disso, a categoria não pode decidir sobre quais diretores participariam da reunião, tendo sido informada apenas após a chegada em Brasília. O roteiro colocado pela direção sequer incluiu o STF no ato realizado em Brasília, ficando essa mesma direção, a todo o tempo, preocupada em deixar a categoria distante fisicamente do local da reunião. A organização dos ônibus foi feita de tal forma, que boa deles foram vazios mesmo tendo pessoas querendo ir. Os ônibus foram alugados , inclusive, para saírem de Brasília antes do termino da audiência no Supremo! Isto, impossibilitou que a categoria, que enfrentou cerca de quarenta horas de viagem e arcou com todas despesas de alimentação, pudesse receber os informes imediatamente ao término da audiência. Por fim, a negociação realizada levou em conta apenas as punições arbitradas pelos executivos estadual e municipal e não a pauta das duas redes. Por todo o exposto acima nós repudiamos a Direção Central do SEPE/RJ pela sua postura de boicote sistemático aos movimentos grevistas de 2013, principalmente aos iniciados em 8 de agosto. Apresentamos ainda como propostas: Fim do aparelhamento de partidos ou organizações realizado na administração da nossa entidade . Solução imediata dos problemas de comunicação, ou seja, solucionar a postagem/atualização do site de forma precária; não comunicação por redes sociais (como Facebook); e falta de uma publicação regular (jornal ou revista

Delegação dos profissionais de educação participantes da caravana à Brasília de 24/10/1013"

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