QUEM SOMOS NÓS

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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

terça-feira, 25 de março de 2014

Marcha Antifascista no Rio de Janeiro


Na tarde nublada deste último sábado (22) ocorreu no Rio de Janeiro foi convocada em pelo menos 22 cidades do Brasil reedição (ou pelo menos tentativas) da famigerada “Marcha (ré) da família” (elitista) “com Deus” (só se for Mamom) pela “liberdade” (!???! o.0), em lembrança ao mesmo ato a meio século atrás que desembocou no Golpe Empresarial-Militar de 64.

Enquanto a passeata coxinha-milica avançava da candelária em direção ao desComando Militar do Leste para lá fazerem sua principal reivindicação chave (intervenção militar, leia-se novo golpe militar), o contra-ato daqueles que tem memória das atrocidades do tenebroso regime militar se concentravam em frente à Central do Brasil ensaiando suas palavras de ordem e observando a imersão de P2s.

A marcha conservadora apesar de não ter sido numérica mente grande (cerca de 150 se desconsiderarmos os ativistas fardados), deu sinais de que os elitistas, olavetes e alguns militares estão começando a sair de sua zona de conforto, com a mesma tática de outrora, que é criando uma paranoia vermelho-fóbica e com um alto grau de desinformação política a ponto de classificar de comunista a política social petista tão rasa e recuada seguidora disciplinada da cartilha neoliberal. Somado ao verde-amarelismo dos Bragança balançava também nas cores azul e branco o sanguinário sigma, indicando que o perigo proto-fascista está cada vez menos tímido. Perigo que a esquerda tem que asfixiar antes que se alastre a desinformação e o catastrofismo distorcido que propõe uma solução que a até de trinta anos atrás se mostrou deficiente nos aspectos humanitários, sociais, culturais, e também econômicos, quando após praticamente falirem o país e pela pressão de incansáveis militantes, os milicos depois de sugarem e venderem boa parte da riqueza e suor nacional  resolveram “largar o osso” fazendo a democracia burguesa novamente nascente ter que “rebolar” para controlar índices de econômicos e sociais.

Cabe dizer que a “marcha burguesa” atual e do meio século atrás sustentam grande hipocrisia em tão evidente já em seu próprio título! Se reinvidicam DA FAMÍLIA, mas é bem sabido que muitos milicos usavam torturavam família de militantes de esquerda, muitas vezes na frente do mesmo, não respeitando nem mesmo crianças ou mulheres grávidas!; COM DEUS, mas diziam que eram cristãos enquanto “abençoavam” as covardias que os golpistas cometiam à balde.  PELA LIBERDADE, liberdade nos atos de tortura e demais atrocidades praticadas pelos militares que até hoje estão impunes e muitos deles com cargos políticos.

Infelizmente a marcha anti-fascista puxado pela FIP e alguns setores que compõem o Fórum de Lutas (PCB,CL,RR,RS-CF) ficou mingüado em uma centena, justamente por dois grandes desfalques do PSOL e PSTU.  Este último “por acaso” tem a desculpa de ter uma série de encontros nacionais acontecendo em São Paulo nesse fatídico fim de semana, mas não mostraram o mínimo de esforço para mandar meia dúzia de seus quadros para ajudar a compor a contra-marcha ou pelo menos se somar ao contra-ato de São Paulo. Quanto ao PSOL, sem ter compromissos desta ordem, não “deu as caras” nem para sair no meio do ato como costumeiramente fazia a dois anos atrás no Fórum de Lutas Contra o Aumento das Passagens. Lamentável esse chá de sumiço de organizações que se dizem revolucionárias, mas com a mínima sombra de enfrentamento contra os nossos algozes, não são capazes de mandar minimamente seus militantes para fazer um bloco classista contra o inimigo (ainda pequeno) traiçoeiro. Será que se esqueceram do ataque fascista acontecido em junho na marcha do milhão da retratação do Jabour no qual foram obrigado a abaixar suas bandeiras e calar o carro de som? LER, OPOP, MPL também se ausentaram das fileiras antifascistas aqui no Rio. Quem também fez muita falta e que poderia ser bem útil para atrapalhar a marcha dos coxinhas seriam os Black Blocs, que infelizmente não formaram sua coluna combativa.

Por volta das 17h , quando o bloco da esquerda finalmente conseguiu se centralizar, partimos da central, em direção à Estátua doCú de Caxias na intenção de seguir à Candelária para lá desfecharmos nosso ato. Mas ao passar rente ao gramado que somado ao cordão dos “robocops” do choque estavam protegendo e protestando com os conservadores, houve provocação de ambos os lados, até que um velho barrigudo irado, “furou” o bloqueio dos seus colegas fardados, e atacou um manifestante que tinha camisa amarrada ao rosto e tentou arrancar a bandeira vermelha . O velho golpista foi agredido e mais direitistas investiram contra os militantes, até que a polícia que a priori estava assistindo o início de confronto, irrompeu correria para cima dos anti-fascistas chegando a deter alguns na central do Brasil. Um militante da Unirio teve seu braço direito ferido e outro, camisa rasgada. Isso mesmo, o choque descaradamente não tentou minimamente ao menos fingir uma ética militar e se colocaram como soldados protetores e armas dos golpistas. Após esse incidente, a esquerda novamente se reagrupou em frente à Central e os diversos grupos ficaram avaliando se novamente tentariam seguir rumo à Candelária ou seguir para outro ato que estava acontecendo também no Centro, o Ocupa Dops.

Foi um erro ceder à provocação dos baba-ovo de milico, em vista da diferença numérica era evidente e pela possibilidade da costumeira hostilidade dirigida da polícia, que como relatado acima, foi o que se confirmou. Outro fator que influenciou na falta debilitou uma maior combatividade e resistência da esquerda foi a falta de uma liderança organizativa, fez com que quase nossa marcha fosse dispersa na perseguição da polícia. Nosso ato se encerrou com queima simbólica da bandeira nacional (infelizmente não foi uma das roubadas dos “filhos da pátria amada mãe gentil” de quem tem dinheiro).

Parabéns aos camaradas do Rio de Janeiro, e de outros Estados, em especial São Paulo que em pleno sábado compareceram e não deixaram passar em branco a vergonhosa marcha anti-histórica não esqueceram que: foram 10 mil torturados, 10 mil exilados e pelo menos 400 mortos por discordar do governo. Até hoje, 144 pessoas estão desaparecidas nesse retrocesso antidemocrático que quebrou o Brasil. O ato de São Paulo teve pelo menos o dobro do tamanho da Marcha da direita, com mais de mil manifestantes. No resto do país, a maioria dos atos não chegou a dez pessoas cada um!

Avante todos ao ato do dia 1º abril para denunciar, para levar e não apagar da memória de muitos essa parte vergonhosa de nossa história que não deixaremos se repetir, e para atrapalhar as festividades do que os velhotes torturadores e sua cria tem a ousadia de chamar o desastroso golpe (patrocinado pelo tio Sam) de revolução! Fascistas, não passarão!!!

Pela:

- Quebra do sigilo das forças armadas para investigar os crimes da ditadura!
- Fim da Justiça Militar” Julgamento por Tribunal Popular! Expulsão dos culpados das Forças Armadas!
- Revogação da lei da anistia para militares. Anistia só para quem resistiu à ditadura!
- As Forças Armadas são a espinhal dorsal do Estado burguês! Elas têm que ser destruídas e substituídas por um exército popular, não-profissional e não-aquartelado

FoiceMartelo sempre erguida no Brasil! Lugar de fascista é na ponta do fuzil!

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