QUEM SOMOS NÓS

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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

domingo, 16 de agosto de 2015

FRENTE COMUNISTA DOS TRABALHADORES: QUEM SOMOS E PELO QUÊ LUTAMOS

FRENTE COMUNISTA DOS TRABALHADORES: QUEM SOMOS E PELO QUÊ LUTAMOS

1) A FCT se constrói como uma aliança internacional de trabalhadores comunistas sob a perspectiva da reconstrução da IV Internacional e da revolução permanente. A FCT tem como órgão principal o jornal Folha do Trabalhador e possui também nos blogs e perfis em redes sociais de seus membros meios de difusão de suas concepções políticas.

2) A FCT está hoje presente em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará. É uma organização com tendências. Foi constituída pela Liga Comunista, Coletivo Lenin, Tendência Revolucionária e blog Espaço Marxista após outubro de 2014, ainda com o nome de Comitê Paritário. Internacionalmente, a FCT tem relações com o Comitê de Ligação pela IV Internacional, tendência internacional composta também pelo Socialist Fight britânico e pela Tendência Militante Bolchevique argentina.

3) Nós da FCT fazemos uma análise internacionalista para entender a conjuntura no Brasil, baseada na geopolítica e na economia política mundiais. Acreditamos que a crise capitalista de 2008 que teve como epicentro os EUA e Europa abriu uma nova situação mundial. A recessão das metrópoles abriu espaço para a projeção comercial da China e Rússia. Duas economias capitalistas cujas tarefas nacionais burguesas foram resolvidas com revoluções sociais e ditaduras proletárias. Dispondo de grandes recursos energéticos e humanos as burguesias destes dois países avançaram sobre o recuo econômico dos EUA e UE, atingidos pela recessão aspiram converter-se em potencias imperialistas.

4) A atual articulação golpista no Brasil é movida diretamente pelo imperialismo, a exemplo dos golpes já impostos em outros países da América Latina, como Honduras e Paraguai). As experiências recentes “bem-sucedidas” ou parciais na Líbia, Síria, Ucrânia, demonstram que o imperialismo não se furta de recorrer ao armamento de mercenários, bandos fascistas e massacres sangrentos para impor seus objetivos. Trata-se de um contra-ataque para recuperar o terreno perdido após a crise de 2008 para o bloco capitalista Eurásico, nucleado a partir da expansão comercial da China e da Rússia. Trata-se de uma nova guerra fria que atravessa todos os atuais conflitos de envergaduras mundiais, como a reorientação da tática dos EUA em relação a Cuba, tentando simultaneamente cooptar a burocracia dirigente do Estado operário com o fim do bloqueio e acelerar a restauração capitalista.

5) A presença de um núcleo burguês em contrapeso aos EUA potencia lacunas em todo o sistema mundial, e objetivamente cria contradições que podem ser vantajosamente exploradas para a causa do proletariado internacional e todos os povos oprimidos sem por isso deixarmos de fazer a defesa intransigente da independência de classe e não depositarmos expectativas que qualquer fração da burguesia mundial possa realizar as tarefas históricas progressivas a serviço do progresso da humanidade. A FCT luta por uma FRENTE ÚNICA ANTIIMPERIALISTA, unindo BRICS, bolivarianos, Estados Operários remanescentes, nacionalismo árabe, movimentos islâmicos e Irã, africanos e “terceiromundistas”- sempre que estiverem sob ataque e/ou em contradição com o imperialismo.

6) Mesmo que a primeiro momento o Golpe de Estado no Brasil se apresente como um ‘golpe parlamentar’, um impeachment para estrangular uma Dilma cada vez mais isolada, qualquer que seja sua forma inicial, o resultado do processo será de maior repressão militar e policial contra a esquerda em geral e a população trabalhadora e oprimida nacional, para derrotar qualquer foco de resistência à recolonização imperialista do Brasil.

7) Diante desta ameaça, é necessário construir uma ampla frente única antifascista com as organizações de massas com objetivos práticos de organização comum de manifestações e do combate à direita, sem que isto signifique defender politicamente o governo Dilma ou o PT. Esta frente não implica em qualquer tipo de renúncia ao combate contra o governo burguês do PT. Apenas alteramos a forma de combate para demonstrar que a reação se fortaleceu porque o governo do PT lhe pavimentou o caminho. Não estabelecemos com os nossos aliados circunstanciais “programas” comuns, organismos permanentes, nem renunciamos a criticá-los.

8) Quanto mais acossado pelas pressões da direita e do imperialismo, o atual governo do PT mais ataca os direitos elementares da classe trabalhadora, única força política que organizadamente poderia esmagar a direita golpista. Por isso, estrategicamente impulsionamos a construção de uma oposição operária e comunista de combate a política anti-operária do governo Dilma e de um partido para lutar pela Revolução e o Socialismo!

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