Nos últimos dias, após as fortes chuvas que castigaram a cidade e desabrigaram milhares de trabalhadores do Estado do Rio, começou uma intensificação da política de Choque de Ordem de Eduardo Paes (PMDB) em aliança com o governo Estadual de Sérgio Cabral (também PMDB). Milhares de trabalhadores negros e pobres foram ou estão para ser expulsos de suas casas, com a desculpa de que essas se encontram em zonas de risco. Oras, é justamente por ser uma zona de risco que esses trabalhadores lá foram morar, pois a especulação imobiliária expulsa para as piores áreas aqueles que não tem condições de pagar caros aluguéis ou comprar uma casa própria em um bairro bonitinho da Zona Sul.
Além disso, também temos assistido a mais instalações de UPPs em várias comunidades, tirando-as do controle do tráfico para colocá-las sobre os fuzis de PMs. Bela mudança, não? São os próprio moradores que devem, através de assembléias democráticas, decidir o futuro de suas comunidades! E para piorar, ainda têm ocorrido incêndios criminosos, como o do camelódromo da Central, onde vários trabalhadores autônomos perderam o seu ganha-pão. E não podemos ser tolos a ponto de achar que foi um “acidente”, uma vez que o lugar onde as barracas ficavam está nos planos da “reforma urbana” de Eduardo Paes, que só vai favorecer os empresários e banqueiros que financiaram sua campanha à Prefeitura.
Em sua resistência para não ficarem desabrigados, moradores de diversas comunidades vêm sendo esmagados pela repressão da polícia racista, que inclusive já contou com o apoio das Forças Armadas em Niterói, deixando mais do que claro a quem eles servem. E enquanto o pau come, parlamentares eleitoreiros se deliciam com a oportunidade de posarem de “defensores dos pobres e dos direitos humanos”, ganhando assim novos centros de votação na base ao iludirem o trabalhador com audiências públicas na câmara de vereadores ou na assembléia dos deputados. Acontece que essas audiências públicas não ajudam em nada o trabalhador, uma vez que os parlamentares estão a serviço dos capitalistas que os colocaram no poder, e não a serviço dos trabalhadores explorados. Por isso rechaçamos companheiros do movimento, como Marcelo Freixo (PSOL), que mais uma vez tenta desviar as mobilizações para discussões dentro dos palácios do governo.
Mas se o governo nada fará pelo trabalhador desabrigado, qual é a solução? A solução é continuar a resistência e lutar de forma mais organizada ainda! Devemos formar assembléias comunitárias nos locais afetados pelas chuvas para poder mobilizar os moradores e, junto com as organizações do movimento sem-teto e sindical, vencer a política de extermínio de Eduardo Paes, Sérgio Cabral e Jorge Roberto! Assim, convocamos todos a defenderem o seguinte projeto de ação:
- Nenhuma confiança na polícia racista dos patrões! Abaixo as ilusões nos governos, nos parlamentares e na justiça, pois estes só representam os interesses dos empresários e banqueiros!
- Organizar assembléias democráticas em cada comunidade, como as que já existem em diversas ocupações urbanas, para impulsionar a luta dos trabalhadores desabrigados! A luta é uma só! Unir o movimento de desempregados, camelôs, sem-teto e sindicatos para fortalecer a resistência ao extermínio dos pobres e negros!
- Exigir a taxação progressiva sobre as empresas para custear um plano de obras que garanta moradia para todos os sem-teto e desabrigados! Pela ocupação das comunidades e de prédios fora de uso até que as moradias estejam prontas!
Cabral investiu com tudo na segurança e hoje temos a diminuição da taxa de homicídios, famílias das comunidades livres de traficantes, cada vez mais as UPPs sendo instaladas(ontem começou na Zona Norte no morro do Borel), 93 casas foram entregues aos desabrigados vítimas do morro do Bumba. Esse último realmente é espetacular, tendo em vista que desabrigados do desastre em Santa Catarina, nem todos receberam suas casas ainda.
ResponderExcluirEsse é o governo de Cabral, que realmente mudou a visão do Rio lá fora e aqui.
Falar mal é muito fácil, mas que os outros governadores fizeram isso?
Com todo esse movimento das UPPs, muitas pessoas estão tendo a oportunidade de novos concursos e assim realizar um sonho, ter um trabalho digno e ajudando o Rio a melhorar a cada dia.
Aí você posta uma matéria falando mal de Cabral?? Dizendo de política de extermínio?! Não dá para entender.