As ilusões dos moradores das favelas cariocas no Exército estão acabando. Agora, tudo mundo já sabe que as UPPs não acabam com o tráfico, que ele continua por baixo dos panos, pra não queimar a imagem do Rio para as Olimpíadas e a Copa. E essa expressão "Comando Verde" foi uma verdadeira obra-prima revolucionária, porque mostra exatamente o papel do Exército e da polícia nas comunidades: mais uma tropa de ocupação contra o povo.
- Fora exército das favelas cariocas!
- Criar Oposições Classistas nas Associações de Moradores, que combinem a luta por serviços públicos (saúde, educação, saneamento etc) e pelos direitos humanos com palavras de ordem anticapitalistas (dissolução da polícia, autodefesas, expropriação dos empresários que lucram com o tráfico, quebra do sigilo das forças armadas etc).
Fonte: Terra Notícias (reparem nos comentários, pra ver a mentalidade fascista de parte da classe média carioca)
Dez meses após a ocupação da Força de Pacificação, moradores do Complexo do Alemão fizeram a primeira manifestação contra ação do Exército, responsável pela segurança da região. Eles acusam os soldados de terem agido com violência domingo contra um grupo de moradores em bar, quando quatro militares e cinco locais ficaram feridos. Em outra comunidade pacificada, a Cidade de Deus, também houve confusão domingo. PMs foram atacados após baile funk. Um policial e três moradores foram feridos.
No Alemão, foram estendidas oito faixas nas comunidades contra a Força de Pacificação. "O povo do Alemão é humilhado pelo Exército. Sai o Comando Vermelho, entra o Comando Verde", dizia uma, em alusão à facção criminosa que dominava a comunidade antes da pacificação. Outra, pendurada na Estrada do Itararé, tinha os seguintes dizeres: "governador trocou seis por meia dúzia. A ditadura continua".
Na hora em que uma das faixas era colocada, um caminhão com soldados passou. Um soldado tinha um artefato nas mãos. O Major Bouças informou que o Exército não vai retirar faixas. "Não interferimos na vida das pessoas. Garantimos que a lei seja cumprida". No início da noite, manifestantes protestaram na Estrada do Itararé.
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito para investigar a atuação dos militares. Duas procuradoras foram ao complexo nesta segunda-feira e conversaram com o general Cesar Leme Justo, comandante da Força de Pacificação.
Moradores contaram, durante o protesto, que passam por humilhações de soldados, que interferem até nas festas de aniversário. ¿Temos toque de recolher e pedimos autorização para tudo¿, reclamou outro morador
"A Secretaria de Segurança se precipitou ao colocar o Exército no Alemão. O Exército tem outra função. Tiveram treinamento para entrar na favela, mas não sabemos até que ponto. As UPPs cumprem bem seu papel no que diz respeito ao controle territorial armado, mas falta canal permanente de interlocução com os moradores", analisou o sociólogo Inácio Cano.
Armas não letais ferem moradores
No domingo, militares usaram tiros de borracha, bombas e spray de pimenta contra moradores. Uma mulher atingida mostrou o ferimento nas costas. A confusão começou, segundo a Força de Pacificação, quando dez militares tentaram abordar dois homens em atitude suspeita na localidade Alvorada.
"Não sei dizer o que faziam, mas a comunidade impediu a detenção dos dois. Por volta das 17h, eles assistiam a um jogo de futebol bebendo. Bebem muito e cometem excessos", explicou o Major Bouças, oficial de Relações Públicas da Força de Pacificação.
Moradores contaram que os soldados chegaram atirando e jogando bombas. Segundo alguns, traficantes expulsos deram ordens para que, em caso de problemas, eles partissem para o confronto com o Exército.
Pedras e garrafas nos PMs
Na Cidade de Deus, a confusão começou na Praça dos Apartamentos, após um grupo que estava no baile funk jogar pedras e garrafas nos PMs da UPP, na madrugada desta segunda-feira. O sargento André Luiz foi ferido por uma pedra e vidro da sede foi quebrado. Dois moradores teriam sofrido ferimentos leves. PMs contaram que foram separar um briga.
Comandante das Unidades de Polícia Pacificadora, coronel Robson Rodrigues garantiu que não é preciso mudar o policiamento. Após problema no Morro do Turano, equipes passaram a filmar ações nas comunidades pacificadas. "Adquirimos armas não letais e dialogamos com a comunidade. Não podemos achar que está tudo errado", disse. O oficial prometeu que não acabará com o baile e vai analisar imagens para identificar agressores.
No Alemão, foram estendidas oito faixas nas comunidades contra a Força de Pacificação. "O povo do Alemão é humilhado pelo Exército. Sai o Comando Vermelho, entra o Comando Verde", dizia uma, em alusão à facção criminosa que dominava a comunidade antes da pacificação. Outra, pendurada na Estrada do Itararé, tinha os seguintes dizeres: "governador trocou seis por meia dúzia. A ditadura continua".
Na hora em que uma das faixas era colocada, um caminhão com soldados passou. Um soldado tinha um artefato nas mãos. O Major Bouças informou que o Exército não vai retirar faixas. "Não interferimos na vida das pessoas. Garantimos que a lei seja cumprida". No início da noite, manifestantes protestaram na Estrada do Itararé.
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito para investigar a atuação dos militares. Duas procuradoras foram ao complexo nesta segunda-feira e conversaram com o general Cesar Leme Justo, comandante da Força de Pacificação.
Moradores contaram, durante o protesto, que passam por humilhações de soldados, que interferem até nas festas de aniversário. ¿Temos toque de recolher e pedimos autorização para tudo¿, reclamou outro morador
"A Secretaria de Segurança se precipitou ao colocar o Exército no Alemão. O Exército tem outra função. Tiveram treinamento para entrar na favela, mas não sabemos até que ponto. As UPPs cumprem bem seu papel no que diz respeito ao controle territorial armado, mas falta canal permanente de interlocução com os moradores", analisou o sociólogo Inácio Cano.
Armas não letais ferem moradores
No domingo, militares usaram tiros de borracha, bombas e spray de pimenta contra moradores. Uma mulher atingida mostrou o ferimento nas costas. A confusão começou, segundo a Força de Pacificação, quando dez militares tentaram abordar dois homens em atitude suspeita na localidade Alvorada.
"Não sei dizer o que faziam, mas a comunidade impediu a detenção dos dois. Por volta das 17h, eles assistiam a um jogo de futebol bebendo. Bebem muito e cometem excessos", explicou o Major Bouças, oficial de Relações Públicas da Força de Pacificação.
Moradores contaram que os soldados chegaram atirando e jogando bombas. Segundo alguns, traficantes expulsos deram ordens para que, em caso de problemas, eles partissem para o confronto com o Exército.
Pedras e garrafas nos PMs
Na Cidade de Deus, a confusão começou na Praça dos Apartamentos, após um grupo que estava no baile funk jogar pedras e garrafas nos PMs da UPP, na madrugada desta segunda-feira. O sargento André Luiz foi ferido por uma pedra e vidro da sede foi quebrado. Dois moradores teriam sofrido ferimentos leves. PMs contaram que foram separar um briga.
Comandante das Unidades de Polícia Pacificadora, coronel Robson Rodrigues garantiu que não é preciso mudar o policiamento. Após problema no Morro do Turano, equipes passaram a filmar ações nas comunidades pacificadas. "Adquirimos armas não letais e dialogamos com a comunidade. Não podemos achar que está tudo errado", disse. O oficial prometeu que não acabará com o baile e vai analisar imagens para identificar agressores.
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