Essa série de atos é importante para mostrar que existe uma classe trabalhadora em Israel, mesmo que ela, até agora, não tenha evoluído para a contestação do capitalismo e do sionismo. Apesar dos protestantes se identificarem como "classe média", e de defenderem o "Estado judeu", como é mostrado na reportagem, as palavras de ordem são do interesse da classe trabalhadora (redução dos alugueis, melhores serviços públicos etc). Na luta, e com a intervenção de uma organização revolucionária, os trabalhadores israelenses podem avançar para uma consciência revolucionária e contrária ao sionismo.
No ato mais recente, algumas pessoas até mesmo levantaram a palavra de ordem de redução do orçamento militar. E, do alto do carro de som, alguns militantes falaram sobre a questão palestina e contra o preconceito contra os árabes. O próprio fato do movimento se inspirar na revolta de janeiro no Egito já mostra que existe alguma distância em relação ao chauvinismo tradicional da política israelense.
O maior perigo agora é se o governo criar alguma situação que leve a uma guerra com algum país vizinho, para desviar a atenção do povo.
O nosso ponto de vista é completamente diferente das organizações, como o PSTU e PCO, que consideram que os trabalhadores israelenses se beneficiam materialmente do massacre do povo palestino, e que devem ser expulsos do território onde então, para criar uma "Palestina laica, democrática e não racista".
É por isso que defendemos a união dos trabalhadores palestinos e israelenses para destruir o Estado de Isreal e criar uma Federação Socialista, onde os dois povos tenham direito à autodeterminação.
Por isso, desafiamos essas correntes (e a LBI e a LC, que também sustentam que a população israelense é uma espécie de "exército de ocupação") a fazerem uma análise concreta desses atos. O mais provável é que elas ou vão ignorar completamente o fato (como estão fazendo até agora), ou vão dizer que o ato é reacionário porque não defende imediatamente o fim do estado de Israel através da luta de massas (ou seja, não defende diretamente um programa revolucionário).
http://www.publico.pt/Mundo/protesto-em-israel-leva-400-mil-pessoas-a-rua-e-atinge-ponto-alto_1510406
QUEM SOMOS NÓS
- Coletivo Lênin
- Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Protesto em Israel leva 400 mil pessoas à rua e atinge ponto alto
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