Nesta quinta-feira passada, dia 17/11, foi realizado o ato antiimperialista em frente às embaixadas da França e EUA. Embora um ato de vanguarda, podemos dizer que estavam presentes militantes de organizações comprometidas de fato com a luta contra as brutais investidas do imperialismo nesse novo período de crise que se arrasta desde 2008. Foi uma corajosa demonstração de luta e de resistência em solidariedade aos trabalhadores do mundo inteiro que hoje são explorados, caçados e trucidados pela ganância e pelas armas da corja imperialista, que hoje se encontra desesperada por novos recursos, mercados e trabalhadores baratos, pela necessidade de “solucionar” a crise econômica alavancada pelo seu próprio sistema financeiro mundial.
Desde a queda de Kadafi a mídia burguesa vem anunciando aos quatros cantos do planeta mais uma “vitória da democracia”. Exaltam todo o processo, como se fosse uma vitória do povo Líbio a dominação imperialista por via dos mercenários do governo fantoche pró-imperialista do CNT, apoiados pelos bombardeios da OTAN, além da execução de Kadafi e outros prisioneiros que resistiram à recolonização imperialista na Líbia. Por trás do CNT estão as mãos sangrentas dos governos e corporações financeiras da França, Inglaterra, Itália, Alemanha e EUA, que necessitam retomar e explorar os recursos energéticos e as forças de trabalho de suas antigas colônias, sendo essa a única cartada do imperialismo para pagar suas contas e sair da crise.
Saudamos os camaradas da LC, PCB, RR, RC, NATE e Espaço Cultural Mané Garrincha, além de estudantes e trabalhadores de base, que estiveram juntos conosco na divulgação, preparação e realização do ato, que embora tenha sido de vanguarda, demonstrou a nossa disposição de luta para denunciar a carnificina imperialista aos olhos dos trabalhadores brasileiros, e alertar sobre o papel de sempre da mídia burguesa, a mesma mídia que ficou do lado dos militares no golpe de 1964 e que hoje defende descaradamente o imperialismo com notícias fantasiadas de “revoluções democráticas”, “rebeldes revolucionários” e vitórias da “democracia” no mundo árabe.
O protesto teve início em frente ao consulado da França, no centro da Cidade, onde foi aberta a faixa do Comitê Anti-imperialista e onde foram feitas as intervenções denunciando para os trabalhadores a farsa do imperialismo nos países árabes e norte da África, enquanto o consulado retirava as bandeiras da França e da UE do mastro; ao final foi feita uma caminhada até o consulado dos Estados Unidos, também no Centro, finalizando com palavras de ordem anti-imperialistas. Com certeza foi uma grande vitória conseguir reunir parte da vanguarda nacional que está sempre lutando do lado da classe trabalhadora nos seus locais de atuação, e ter a certeza da possibilidade de projetos futuros, onde possamos atuar em conjunto pela vitória dos trabalhadores contra o capitalismo nacional e internacional. Por isso acreditamos que em 2012 se fará mais necessário a expansão do comitê antiimperialista, originado São Paulo, para outras cidades, como a melhor forma de convergir a vanguarda comunista mais combativa em uma luta comum contra o avanço dos maiores inimigos da classe trabalhadora, que no ano que vem serão mais vorazes devido ao aprofundamento da crise econômica mundial.
Infelizmente, não compareceram alguns companheiros, como os camaradas da LBI, que propôs o ato no Rio, mas que na hora não esteve presente, e segundo os camaradas da própria LBI, foi devido à participação de seus militantes na greve dos estudantes da USP; mas de qualquer forma demonstrou que se a existência do ato fosse sua responsabilidade, ele simplesmente não aconteceria. Lamentamos ainda que outras organizações, como o PSTU e PSOL, que com seu oportunismo, traição e falta de senso de realidade se jogam no mesmo saco da mídia burguesa, e chamam a queda de Kadafi ,derrubado pelo imperialismo e seus lacaios, de revolução, demonstrando que não são melhores que a social-democracia traidora que apoiou as suas burguesias nacionais na 1ª Guerra Mundial em 1914.
Por fim, acreditamos que num momento de crise de direção da classe trabalhadora, e também do próprio movimento operário, é importante dizer que apesar dos contratempos, este foi só o primeiro passo, pois não iremos desanimar e estaremos presentes nas próximas lutas conjuntas com os camaradas que hoje compões a Frente Anti-imperialista. Ainda há companheiros com os quais podemos construir um novo horizonte de lutas contra a opressão de classe no capitalismo. Ninguém nos calará, quando nossa tarefa for gritar a verdade para a classe trabalhadora, independente de onde estivermos. O movimento operário tomará forças, a direção revolucionária se revigorará, e marcharemos juntos pelo fim da propriedade privada e das desigualdades sociais, rumo ao Socialismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário