Material de propaganda para o dia 08 de Março.
O Ato acontecerá no centro da cidade do Rio de Janeiro,
concentração na Candelária, às 16h.
Estejamos todos presentes em defesa da libertação feminina.
O 8 de Março é
um símbolo da luta diária que a mulher precisa enfrentar. O Coletivo Lenin está
aqui presente, pois reconhecemos a importância desse símbolo e principalmente
dessa luta. Mas também precisamos deixar claro que a situação da mulher na
classe trabalhadora não é provocada por uma guerra dos sexos. O capitalismo com
a sua lógica de dividir a classe trabalhadora, para simplesmente poder explorar
mais os setores mais oprimidos é o principal inimigo e precisam ser combatidos
nas ruas e nos locais de trabalho em primeiro lugar.
A propaganda
burguesa fez uma campanha muito forte pra tentar corromper o significado real
do 8 de Março. Por isso não podemos deixar de lembrar a origem desse importante
marco. A proposta do dia Internacional da Mulher apareceu na Internacional
Socialista em 1910. Mas o que de fato marcou a celebração no seu dia foi o fato
das operárias russas do setor têxtil terem tomado a vanguarda, entrando em
greve, inaugurando uma série de lutas que derrubaria o Czar Nicolau II. Este
episódio foi a Revolução Russa de Fevereiro. Por uma diferença de calendário, a
revolução de fevereiro (calendário russo) teve sua origem no dia que viria a
ser conhecido como dia internacional da Mulher, 8 de Março no calendário
ocidental.
Já estamos no
terceiro ano de governo Dilma, que foi apresentado como grande conquista por
colocar uma mulher como presidenta. E mesmo assim, praticamente nada mudou em
relação às mulheres. Da legalização do aborto não há notícia e mulheres
trabalhadoras que não podem pagar os preços caros de clínicas de aborto
continuam sendo vítimas de açougueiros, e quando sobrevivem ainda correm o
risco de serem tratadas como criminosas.
O governo nunca
se colocou em combate contra o fundamentalismo religioso, muito pelo contrário,
fez alianças nas eleições com partidos dirigidos por Igrejas (PR, PRB etc.). As
mulheres negras, lésbicas e transexuais são as mais atacadas pelo
fundamentalismo, que sataniza a sua cultura e, no caso das lésbicas e
transexuais, a sua própria existência. A terceirização, que só serve para
explorar negros e mulheres, avança cada vez mais, inclusive no setor público.
Isso quer dizer
que só ter uma mulher no comando do governo não muda nada. Precisamos de um
governo direto dos trabalhadores, comprometido em destruir as bases econômicas
que transformam as mulheres num grupo superexplorado da classe trabalhadora.
Para criar este governo dos trabalhadores é preciso a formação de um Partido
revolucionário.
É preciso
entender que a libertação das mulheres é uma questão de
extrema importância e necessariamente revolucionária, pois só é possível acabar
com o machismo, acabando com o capitalismo. Por isso é necessário que as
mulheres se organizem dentro dos movimentos sindicais, populares e estudantis,
sempre defendendo suas demandas, que entram em conflito com a exploração
capitalista; tais como:
- Trabalho
doméstico (alimentação, limpeza, creche etc.) transformado em serviços
públicos, controlado pelos trabalhadores.
- Fim da terceirização! Contratação imediata
dos trabalhadores terceirizados com os mesmos direitos trabalhistas. Salário
igual para trabalho igual!
- Legalização
do aborto
- Contra os
estereótipos machistas da família, escolas, mídia e religiões. Total liberdade
individual para a mulher escolher seu estilo de vida.
- Organização
de coletivos nos sindicatos, movimentos populares e movimento estudantil, que
carreguem as bandeiras das demandas das mulheres.
- Pela formação
de um partido revolucionário, que lute pela libertação feminina através da
Revolução Socialista.
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