No dia 09/04, o banco tinha prometido uma reunião com os representantes sindicais pra discutir sobre o novo plano de funções, que reduz salários e aumenta a carga de trabalho nas agências. Mas o próprio banco desmarcou a reunião, passando a dizer que o novo plano de funções é estratégico e, por isso, ele não vai negociar nada! Por causa disso, a CONTRAF-CUT decidiu organizar uma greve de 24 horas, pra exigir a reabertura das negociações.
As ameaças e mentiras da direção do banco
A atitude do banco está sendo cada vez mais agressiva diante das reivindicações, nos últimos anos. Hoje em dia, a pressão está tão grande por causa das metas, que a grande maioria dos comissionados não está fazendo greve.
Mas só quem luta consegue conquistas. A maior prova disso foi a última greve, em que os caixas tiveram algumas pequenas melhorias, enquanto a gerência média só teve o reajuste baixo e os Asnegs tiveram que engolir o novo plano de funções, que é totalmente o contrário do que estavam reivindicando.
E o clima de pressão do banco está cada vez pior. No boletim pessoal de segunda, o banco fez a ameaça de dar 308 (falta não abonada e não justificada) em quem for fazer greve. E, em muitas superintendências, está sendo espalhado o boato falso de que um dia de 308 significa perder a PLR!
Na verdade, em todas as greves, o banco dá o 308 imediatamente, e isso é revertido através da negociação do acordo. E vai ser o que vai acontecer, se a greve tiver força pra fazer o banco negociar. E, mesmo que ele mantenha o 308, isso significa o corte da parte proporcional a UM DIA da PLR, ou seja 1/180 dela.
Dessa vez, não é jogo de cartas marcadas, a greve é pra valer
Tudo isso está acontecendo porque essa greve não era uma daquelas previstas pelo banco, em que ele e a direção do sindicato tentam transformar tudo num teatro, pra dar um aumento um por cento acima da inflação.
Essa greve só aconteceu porque mais de 70% dos Asnegs não assinaram o novo plano, o que impediu o banco de chegar ao seu objetivo de corte de verbas.Dessa vez, não podemos esperar a “ordem natural das greves”: temos que resistir ativamente, senão teremos que engolir esse prejuízo!
Os sindicatos estão muito desacreditados, por causa do oportunismo das suas direções, que na grande maioria são vinculadas aos mesmos partidos do governo, que é nosso patrão. Mas não existe solução individual para problemas coletivos. Temos que correr o risco pra defender a nossa carreira contra as tentativas de redução de salário e assédio moral. Por isso, devemos encher a assembleia de segunda-feira e fazer a maior greve possível, para mostrar força e reabrir de fato as negociações.
Rodrigo Silva (delegado sindical PSO Rio Norte)
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