Estamos nas ruas
contra o aumento e pela tarifa zero, contra o Eduardo Paes e o Sérgio Cabral e a máfia que os sustentam!
A
primeira vitória foi conquistada, com a revogação dos aumentos no Rio e em São
Paulo, e redução das tarifas em várias cidades do país. Mesmo assim, temos que
garantir que seja uma redução de verdade, e não subsídio do governo para as
empresas de ônibus, cortando dinheiro da saúde e da educação.
Os
atos de segunda-feira colocaram nas ruas uma multidão sem precedentes nas
últimas décadas. A luta inicial, que era pela redução das passagens, foi
englobada dentro de um clima de revolta geral com os rumos do país.
O
discurso da Globo, da Record e da mídia em geral mudou completamente na última
semana. Antes, diziam que era uma luta só por 20 centavos, que atrapalhava o
trânsito e que era vandalismo. Agora, a imprensa dos empresários está
“apoiando” as manifestações, pra melhor canalizar a luta para os seus objetivos
conservadores.
Vamos ver cada tática deles:
Jogar os manifestantes pacíficos contra os radicalizados: a
imprensa tem usado a violência indiscriminada de alguns provocadores para
condenar qualquer tipo de ação radical, mesmo que ela seja ataque instituições
inimigas do povo, como a ALERJ e a polícia. Ao mesmo tempo, a Globo “escolhe”
pessoas com esse tipo de ponto de vista, e apresenta eles como os “líderes do
movimento”, e apresenta na televisão falando em nome de todos.
Não
podemos esquecer que a polícia tem infiltrado gente nas passeatas pra quebrar
lojas, lixeiras, carros etc. Assim, eles querem jogar a população contra a
gente. Temos que ter todo o cuidado com esses provocadores.
Atacar os partidos e movimentos de esquerda com a demagogia do
apartidarismo: é básico da democracia o direito de todos a se
organizarem e defenderem seu ponto de vista sobre o melhor rumo para o
movimento. Foram as organizações de esquerda que começaram o movimento e que
têm estado presentes em todas as lutas populares.
A
tentativa de queimar bandeiras de partido, como aconteceu com o PSTU e o PCR,
tem que ser impedida por todos os meios necessários. Muitas vezes, os ataques
contra partidos de esquerda são feito por elementos de extrema-direita, como o
fascista do MV Brasil que queimou a bandeira do PSTU no Rio.
Esvaziar o conteúdo dos atos, levantando várias palavras de ordem vazias
e incentivando a demagogia nacionalista: depois de ficar anos e anos
atacando o PT com discursos vazios “contra a corrupção” (fingindo que as
privatizações não foram o maior escândalo de corrupção da história do país), a
direita quer que o movimento assuma essa bandeira, pra dar uma falsa imagem de
que essa é a vontade do povo.
O
uso de símbolos nacionalistas serve pra o mesmo objetivo: o Hino Nacional
(celebrando a falsa independência de 1822) e as bandeiras do Brasil passam a
falsa ideia de que todos os brasileiros têm os mesmos interesses. Sendo que a
desigualdade social que causou o movimento por si só já mostra que se trata de
uma luta das classes populares contra os grandes empresários, que estão
ganhando bilhões com os megaeventos.
TUDO O QUE A GLOBO, A VEJA E O PSDB QUEREM É DESVIAR A LUTA PARA UMA
CAMPANHA PARA ELES VOLTAREM AO GOVERNO. Depois de perderem três
eleições, eles querem se aproveitar das pessoas que começam agora a participar
das mobilizações e que, na maioria das vezes, têm pouca experiência política.
Já
existe um forte setor de direita nos atos, que tem atacado militantes de
esquerda (de novo hoje, em Niterói), e que quer diluir os protestos nas
saudades da ditadura e numa campanha velada contra o PT, os sindicatos e
movimentos organizados.
Nós,
do Coletivo Lênin, somos contra o governo do PT, mas porque ele favorece a
mesma classe dominante que sempre massacrou o povo. Por isso, fazemos oposição
classista ao governo, ou seja, oposição a partir dos interesses da
classe trabalhadora. É exatamente o contrário do que as viúvas da ditadura e do
governo FHC querem: eles querem voltar a roubar o patrimônio público, mas sem
manter os mínimos programas sociais do PT.
Por
isso, defendemos a formação de um Bloco Vermelho na manifestação, unindo todos
os partidos e movimentos de esquerda. Não podemos deixar que a direita
sequestre uma mobilização desse tamanho e desvie os verdadeiros objetivos.
- Tarifa Zero , financiada pelos
lucros das grandes empresas!
- Estatização das empresas de
ônibus!
- Contra as remoções! Retornada da
Aldeia Maracanã!
- Contra a lei medieval da cura
gay!
- Contra a privatização e a
terceirização na educação e na saúde!
- Fim da PM racista!
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