Fontes: PCO e SINTUSP
Reproduzimos aqui uma notícia dos companheiros do PCO e, logo depois, a declaração do SINTUSP. No recesso de final de ano, muitas organizações dão um intervalo no seu funcionamento e muitos militantes vão viajar. Por isso, precisamos mais ainda de DIVULGAÇÃO do que está acontecendo, e de SOLIDARIEDADE com os companheiros.
Covardia da burocracia universitária
Rodas derruba espaço estudantil na véspera do natal (PCO)
Rodas derruba espaço estudantil na véspera do natal (PCO)
Espaço estudantil, antigo canil, é derrubado nesse
sábado a mando de João Grandino Rodas. Como de costume ele ataca nas
férias para tentar impedir a resistência
23 de dezembro de 2012
23 de dezembro de 2012
Nessa sábado, dia 22 de dezembro o espaço dos estudantes, canil, foi derrubado. Esse é mais um ataque de Rodas à organização dos estudantes.
As férias são escolhidas para fechar espaços, expulsar estudantes e demitir funcionários. A laje construída no prédio dos cursos de Ciências Sociais e Filosofia da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) fechando um espaço dos estudantes foi construída nas férias. O objetivo foi impedir o acesso ao porão local de atividades dos estudantes.
Em 2011, dia 17 de dezembro, foram eliminados (termo da ditadura militar em que o aluno não pode mais ter nenhum vínculo com a instituição) seis estudantes.
O pretexto para a destruição do local é a construção da “nova eca”. A comunidade universitária não tem sequer o conhecimento do que serão estas obras. Os critérios e prioridades evidentemente não são os da maioria da universidade como é possível constatar no caso da reforma da ECA (Escola de Comunicação e Artes) e Instituto de Relações Internacionais, que serão construídos onde estão os barracões, local em que ocorrem atividades culturais e encontro de grupos como o Núcleo de Consciência Negra.
Esses núcleos não serão deslocados para outro lugar, mas foram simplesmente expulsos.
O espaço dos estudantes localizado na ECA, o Canil, local que foi abandonado pela burocracia universitária e os estudantes ocuparam para fazer atividades culturais e debates. A ocupação foi realizada no dia 3 de maio de 2006. Sua demolição chegou a ser iniciada em 2010, mas foi impedida por um grupo de estudantes.
Desta vez Rodas conseguiu demolir o local. Circulam poucos estudantes nesse período e a notícia só foi divulgada após a sua destruição.
Os estudantes reivindicam o “fora Rodas” assim que este foi indicado.
Ele foi colocado no cargo mesmo sendo o segundo na lista feita pelo Conselho Universitáiro. Rodas foi indicado para privatizar a USP e todos os seus passos comprovam este fato. Ele demitiu funcionários, expulsou estudantes, lacrou e demoliu espaço dos estudantes.
Rodas tentar quebrar a resistência dos estudantes único setor capaz de barrar seu plano de colocar a USP nas mãos da iniciativa privada.
Comunicado à imprensa sobre resultado dos processos contra estudantes e trabalhadores da USP (SINTUSP)
Hoje (21), a Reitoria da USP soltou comunicado em seu site (http://www.usp.br/imprensa/?p=27261)
informando o resultado dos trabalhos das Comissões Processantes nos
casos da ocupação do Bloco G, em 2010, e da ocupação da Reitoria em
2011. As punições sugeridas pelas Comissões Processantes vão de repreensões por escrito até suspensões de 15 dias. Até
o presente momento, nenhum estudante ou funcionário foi intimado
individualmente, portanto não temos informações de quantos estudantes e
funcionários serão punidos.
Também na manhã de hoje ocorreu reunião das entidades
representativas das 3 categorias da USP (professores, funcionários e
estudantes) com a Reitoria da USP para exigir que não houvesse nenhuma
punição, onde o Reitor João Grandino Rodas afirmou apenas que acataria o
parecer das Comissões Processantes. Diante deste
comunicado da Reitoria a Diretoria Colegiada Plena do Sindicato dos
Trabalhadores da USP exige a revogação imediata de toda e qualquer
punição a estudantes e trabalhadores em vista de, como denunciamos desde
o início, a Reitoria e o governo do estado de São Paulo terem
patrocinado processos e sindicâncias autoritários e inquisitoriais que à
luz do direito democrático são viciados e passíveis de nulidade.
Apesar de todo o vergonhoso processo, neste momento a Reitoria
pune para não desmoralizar seu falso discurso de que os estudantes e
funcionários da USP eram “vândalos”. Se a Reitoria, depois de toda a
sanha persecutória não pode cumprir seus objetivos de
demitir e expulsar os estudantes e funcionários que lutaram contra a
ocupação policial na USP, foi devido à campanha democrática, política e
jurídica, que
levamos adiante, contando com o apoio ativo e militante de intelectuais, juristas, professores e personalidades.
A tarefa do
movimento agora é não aceitar nenhuma destas novas punições e continuar
na luta pela reintegração dos 8 estudantes expulsos, pela reintegração
imediata de Claudionor Brandão (diretor do Sintusp), pela retirada de
todos os processos contra estudantes e trabalhadores e pelo fim da
perseguição política na USP, contando
com personalidades, juristas, professores, intelectuais, estudantes,
trabalhadores, entidades, movimentos sociais e de direitos humanos que
estiveram ao nosso lado nessa luta contra a perseguição política na USP e
pela anulação de todas as punições, pois aceitá-las seria sancionar que na universidade, o legítimo direito de manifestação e luta política dos estudantes, funcionários e professores sejam considerados “crimes de opinião” como nos tempos da ditadura militar, bem como o continuar
exigindo a revogação do famigerado
decreto do regime militar que dá guarida a esse regimento disciplinar
autoritário, que a Reitoria utiliza para fundamentar os processos e
sindicâncias que ainda vigoram contra estudantes, funcionários e toda a
Diretoria de nosso Sindicato.
Diretoria Colegiada Plena do Sindicato dos Trabalhadores da USP
Contato: Diana Assunção (11-981988469), Neli Wada (11-9748822760) e Magno de Carvalho (11-989354529)
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